terça-feira, fevereiro 28, 2006
Já há uns tempos que queria aqui exprimir, expressar, expor, proferir, pronunciar... o meu desagrado para com a marca Sagres (ou seja, estou a dizer que estou muito chateada com a Sagres).
Sou uma adepta de corpo e alma desta marca (no corpo nota-se mais que na alma... bom e daí, para quem me apanhou já por aí a cantar em cima de mesas, a dançar em cima de colunas e a apalpar os rabos dos polícias a cavalo... espera... isto foi a outra gaja em Sitra, perdão!). Posso até dizer que para mim é uma lovemark...
E não é que os meus queridos anunciaram (lá está, há uns tempos para cá) que ia sair, maravilha das maravilhas, uma Sagres Bohemia 1835. Eh pá... isto é assim música para os ouvidos de uma bêbadona de cerveja como eu! Sagres + Bohemia + rara + edição limitada = Orgasmo Múltiplo. É matemático, não há cá enganos. Mas afinal... até há!
Lá insisti para se comprar... demorou mas lá a provei. Li o que estava escrito na garrafa (recomendado por não sei quem... ye ye cut the crap, não há nada como a prova do primeiro golo). Enfim... não estaria a escrever isto se tivesse achado aquilo divinal... bom e daí estaria, mas não teria começado por “Já há tempos que queria aqui exprimir, expressar, expor, proferir, pronunciar... o meu desagrado com a Sagres” duh...
Pensei, "és uma tosca... andas aqui armada em grande entendedora e afinal não sabes distinguir esta gloriosa Bohemia 1835 da Bohemia do comum mortal. Aliás, ainda achas que não é tão boa como a verdadeira Bohemia! És uma herética! Isto é uma blasfema!!!" Depois acalmei-me... e provei mais.
Lá bebi, degustei, e lá arrotei (cerveja é assim, dá-me gases... but then again what doesn’t), porque é assim que se bebe cerveja... e nada. Deixei que os outros membro da família provassem. Deixei que os meus amigos provassem e me contassem. Fui pesquisando, fiz um estudo de mercado digno da marktest... e cheguei à conclusão que de todas as pessoas por mim contactadas (parece que já cheiro aqui comentários de pessoas a dizer que é mentira, mas por mim acusem-se a sério, gostaria que me explicassem o que é que tem de tão especial, e iria vos incluir no meu estudo - os primeiros 10 ganham um conjunto de facas que cortam até pneus dos Jaguar como se fossem manteiga), ficaram na dúvida como eu, acerca deste suposto gosto maravilhoso da nova cerveja. Acho que fomos enganados, eu fui de certeza... e é uma pena!
Meus amigos... um minuto de silêncio para a Sagres Bohemia (então quando é daquelas de barril... ui ui). Agora, não inventem... estavam a ir tão bem! Ainda bem que o raio da cerveja é Edição Limitada... porque não vai fazer cá falta nenhuma.
“E tenho dito!” (Porcotte dixit)
segunda-feira, fevereiro 27, 2006
"Cagalhões? Não! Caralhões!!!"
Duas desgraçadas: Shoo e Porcotte... (note-se: as gajas mais giras do LFCL)
Penúltimo ano do secundário. (Dass... aquilo nunca mais acabava!)
Turma de Português. Seca... Morte! Ódio! Um calor de morte. (Mas mais que calor de morte era o hálito do professor a seguir ao almoço... estão a ver alguém que comeu ovos e bebeu vinho ao mesmo tempo, e que a seguir ainda bebeu um café e deixou fermentar umas horinhas? Agora imaginem que abre a boquinha ao vosso lado a rir-se... Já só por isso merecíamos um 20 Porcotte, fomos enganadas!!!)
Era Verão. (O que piorava o cheiro na sala, pois o nosso coleguinha chamado zé-cócó cheirava ainda mais intensamente a... hum... flores)
Havia uma festa organizada por alguns. As desgraçadas foram postas de lado. (SEM comentários - TRAUMAS psicológicos, só digo isto)
Só gente in do ano é que tinha palavra-passe. (Nós lá tentamos dizer umas... (já conhecem o estilo não?) mas gente "in" é mt'a frente... e nós eramos pobres, viviamos em anexos... não é como agora que arrotamos perfume e cagamos dinheiro)
O costume. Estávamos habituadas. Sempre fomos diferentes. (Aliens... et's... mt'a frente mais uma vez)
Boas e roliças... Para apalpá-las bem... (Olhem sim! É o que dá ser giras quando se é adolescentes... as invejosas odeiam-nos por sermos belas e boas e roliças e sermos apalpadas bem... (euh... ok...))
Como tal, ostracizadas. (Ostra. Pérola. Beldade. Odiadas. Rebeldes... ai... esqueçam, ainda roubo o Nobel à Porcotte!)
A organizadora era: a so called friend. Uma vaca, diga-se. (Que tinha que deixar de ter pena dela própria cá entre nós... não fosse ela a gaja que simulava desmaiar, até desmaiar mesmo só pelo gozo... e depois eu é que sou doente? Tá bem abelhona gorda!)
Porcotte vira-se para Shoo: "que cambada de cagalhões..." (FRASE GLORIOSA)
Referindo-se à vaca e às amigas que a tanto custo tentavam ascender na escada social. (chama-lhes amigas chama...)
Shoo responde: "Hãn? Caralhões?" (... MENTIROSA AHAHAHAH... ok... é verdade...)
No jeito buçal e peixeirão dela. Aos berros no meio duma aula. (LINDO! Buçal e peixeirão, logo ali pimbas que já se calou a turma toda!)
Estamos habituados. É o costume. (VACA da gaja... olha-me só para esta...)
Responde Porcotte: "Não! Cagalhões!"
Diz Shoo: "Hãn? Caralhões????" Responde Porcotte, já sem fôlego de tanto rir; afinal estávamos numa aula de português...:
"Não!! Cagalhões!" (AHAHAHAH é que foi mesmo assim... glorioso!!)
E riram-se que nem umas perdidas (AHAHAHAH nãooooo nada mesmo! E se há coisa que somos, é discretas quando rimos... portanto são falácias!), e provavelmente, como em tantas outras aulas de português sucedeu, foram separadas pelo professor.
Um grande bem haja ao desgraçado do professor Carlos Dias que tanto sofreu nas nossas mãos! (AHAHAHAH isto lembra-me outra história dessas aulas que fica para o próximo episódio... mas envolve as duas porcas do costume, o hálito dele e um botão e uma corda... you do the math, ou então esperem para ler!!!)
E assim nasceram os cagalhões na nossa vida e a merda tornou-se em algo tão importante para nós...! (Acho que foi nesse dia que nos tornamos mulherzinhas... Pelo menos sei que eu nunca mais fui a mesma...)
Porcotte & Shoo
domingo, fevereiro 26, 2006
Bom... com um pedido no blog e tudo, só porque a Shô Dona B.A.B.E. merece aqui vão as manias (isto são dicas que valem OIRO pessoal) das duas depravadonas:
Porcotte Pink:
1. Adoro ler na retrete. Não me perguntem porquê. Mas adoro. Não sei se é o silêncio total da casa de banho. Se o facto de saber que não vou ser interrompida (era preciso ser masoquista para entrar no w.c. enquanto lá estou...). Para mim, a retrete é uma ilha. E eu sou uma naufraga lá perdida por uns instantes. Por todo o tempo que quero.
2. Mal chego a casa tenho que me descalçar e adoro sentar-me no chão, se tiver tapetes e carpetes. Porquê? Devo ter um complexo árabe qualquer... Não sei. Devem ser vestígios de sangue mouro de quando esses gajos cá estiveram. Mas adoro. Almofadas no chão, poufs, deitar-me no chão... Tudo no chão... “Do chão não passa”, como se costuma dizer. Não sei, adoro estar no chão(a nivel sexual e não sexual...).
3. Quando me visto tenho que ter a presiana fechada... E não tenho prédios à frente. Mas tenho a tara imbecil que alguém me pode estar a vigiar. Telescópio, binóculos, sei lá mais o quê. Ok, complexo de Adónis pelos vistos. Logo eu que até sou uma complexada de primeira. Ou então é mesmo isso. Sou tão complexada que não quero que me vejam! (Com um corpo destes e sou complexada... Dá Deus nozes a quem não tem dentes... Dasse).
4. Acessórios: adoro meias às riscas. Todas as meias que tenho são às riscas... Doente? Pffff, what’s new? Devo ter outro complexo de Pipi das meias altas... Ou de bruxa do Bugs Bunny que usa meias até aos joelhos cheias de riscas!!
E adoro tudo o que tenha motivos celtas: anéis, broches, colares. Acho lindo de morrer! E malas. Adoro malas. E chapéus.
E a maior tara de todas: os cachecóis... Mas tara das grandes. Já lhes perdi a conta! Ás riscas, quadrados tipo escocês, só de uma côr. Qualquer um!
5. Adoro pedras preciosas. Mas de uma forma estranha. Não gosto de as usar. Tenho sempre a mania que as perderia ou seria assaltada. Mas adoro olhar para elas. Durante horas. Tal qual Gollum com o seu precious. Fico horas a mirá-las. A imaginar onde já andaram. Quem já corromperam. A história que possa estar por trás delas. Assassinatos. Traições. Solidão. Velhice.
Mas também adoro a maneira como brilham. Como são puras. Inocentes. Parece que não fazem mal nenhum. Que estão mortas. Mas têm e irradiam uma beleza tão grande, que parece que ganham vida e respiram.
Adoro pedras preciosas. Não ter. Mas ver e olhar. Adoro.
Shoogirl:
Primeiro: tenho que dizer que é muito complicado para mim revelar aqui as minhas manias... porque são IMENSAS!!!! Seleccionar só 5 é o horror! Tipo “esquizo” alô? Ainda não se tinham apercebido??
1) O clássico das mania dos exames. Ou seja, para mim é: não comer antes (prefiro ter o estômago vazio a roncar a tê-lo cheio) tomar uma “cena” para não morrer de dor de barriga durante (sem comentários), ter sempre uma coisa que não digo na minha mala (que NÃO vibra, para os que acham que têm muita graça), nunca reler o exame antes do entregar, e quando saio nunca dizer que corre bem, porque depois quando te desiludes ao ver a nota é que te lixas. E canto sempre a mesma canção na cabeça quando vou para o exame (theme song...). Hum... pronto.
2) Quando toca o telemóvel e é um número anónimo NUNCA atendo. ODEIO ODEIO ODEIO essa coisa. Ligas-me? Tens o MEU número? Então vê lá se deixas o teu número visível oh meu palhaço! Ah, e com a rara excepção de quando estou à espera de um telefonema da Porcotte (long story short: o pai dela é anónimo). Como também quando me ligam e dizem “quem fala?” é que é logo: “COM QUEM DESEJA FALAR?” e se não me responderem, desligo. Pimbas. Não há cá merdas. Não tenho culpa das pessoas serem mal educadas... eu até dou descontinho, mas tenham paciência!!
3) Quando vou passear, existe sempre um momento em que me calo, e ao olhar para a paisagem, ou qualquer coisa, finjo que estou a reproduzir um momento de um filme na minha cabeça. Mexo para poder ver através dos meus olhos o que filmaria e imagino ao mesmo tempo uma música e uma situação. Não é muito fácil de explicar... Mas basicamente a ideia é como se a minha mente fosse uma máquina de filmar + uma banda sonora e o que estou a ver é já a obra final de um filme. Há momentos e locais que são propícios para isto... é inevitável. Como paralelamente a isto, quando oiço uma música (no carro, em casa, por aí...) crio na minha cabeça um vídeo... INTERNEM-ME ok?
4) Quando estou debaixo do duche ou quando me estou a pintar para ir sair, enquanto ponho rímel, base e essas merdas todas faço aquelas poses pirosas em frente ao espelho enquanto simulo situações que se possam proporcionar durante a noite. (exemplo: “Olá
5) TENHO de tomar banho antes de dormir. Lamento... não sou daquelas pessoas que toma de manhã para acordar fresquinhas e isso. Não. Adoro tomar à noite. De manhã lavo-me e tal não sou tão nojenta como a outra porca quer que eu pareça... Relaxa-me, no verão refresca, no Inverno aquece... e como já li por aí: também sou daquelas que seca “ao ar”... isto soa mal, mas sabe beeeeeeem!!! (... e já chegava a primavera não?? ESTOU FARTA DESTE FRIO...)
Tudo isto, e ainda sou solteira... é um mistério! (Ah e claro que sou eu em todas as fotografias ou então que fui eu que as tirei... mt'a frente)
Cada blogger nomeado tem de enumerar cinco manias suas, hábitos pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de tornar público o conhecimento dessas particularidades, terão de nomear cinco outros bloggers para participarem igualmente no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogs, aviso do "recrutamento". Além disso cada participante deve reproduzir este "regulamento" no seu blog.
Vá... agora quem ler isto TEM que fazer.
Ah, mas antes disso:
- Tentei fazer com a minha mãe uns doces tipicamente italianos. Correram mal da primeira vez porque a receita estava errada. Correram bem da segunda mas a casa ficou a cheira a restaurante chinês (mega fritos por tudo quanto era lado). Dou graças a Deus a aqueles incensos de canabis! Foi uma festa acendê-los logo ali!
- Trabalhei... e aqui pouco há para dizer...
- Liguei à Porcotte, que estava num estado deplorável de nervos (coitada...). Até tentei alegrá-la, mas depois de uma minha piada GLORIOSA, calou-se... foi aí então que percebi que não era dia para brincadeiras... realmente isto do stress não dá com nada, e este tempo enraivece qualquer pessoa e qualquer suíno!! (Espero que estejas melhor nojona!)
- Também jantei, e fui à casa de banho umas quantas vezes... mas acho que esta parte já não interessa muito...
Continuando...
Portanto, decidi alegrar-me vendo um filme. Que filme? Vou aos ficheiros recebidos (caguei... sim, saco filmes da net. Quem não faz isso e não tira macacos do nariz se acuse pff!) e vejo:
Pride & Prejudice.
Já me tinha esquecido que o tinha sacado... lindo, é mesmo o que quero ver. Um filme numa época antiga, história melosa e tal... é isto mesmo. Pimbas, já está.
Quem já viu filmes baseados nas obras da Jane Austen sabe mais ou menos como se desenrolam. Sim, no fundo já sabemos no início como vão acabar... mais ou menos. Eu já vi bastantes, não são o meu género preferido... mas confesso que gosto muito. Parece que entro na atmosfera do filme, esqueço tudo e vivo a história intensamente... hum pronto e aquelas coisas de gaja e isso... vá dêem-me um descontinho, gosto e pronto! Já conhecia esta história, mas não me lembrava do fim... melhor!
Pois bem, vi e... obviamente que gostei. Não vou descrever nada do fim nem isso porque para quem não viu não tem piada nenhuma (odeio que me façam isso), mas acho que para quem gosta do género, vale a pena ver. Adorei ver a representação do Mr. Darcy, exactamente como o imaginava quando o li... e enfim... (homens leitores perdoem-me) baba... baba... baba...
Quanto à história em si, voltamos um pouco ao meu dilema do Conto de Fadas. Vejo a história da Elizabeth Bennet e do Mr. Darcy... e pergunto-me: não é o que queremos todas no fundo? O homem inacessível, lindo, um pouco mal disposto com as pessoas que desconhece e que pouco a pouco revela aquele lado maravilhosamente doce e protector. E afinal não é tão mal disposto, é só uma máscara. Um homem em todos os sentidos, mas capaz de ser muito mais do que aparenta ser inicialmente. E nós... completamente nevróticas, cheias de dúvidas mas também cheias de opiniões... mas que alguém, apesar disto tudo, nos ache totalmente irresistíveis? Sou só eu se calhar.
Enfim... eu não sei. Acho que andamos todos com uma sede de romantismo, que até já enjoa. Eu, vejo os meus filmes silenciosamente à noite, e penso nisso até adormecer... no dia seguinte se não chover já vai com sorte! E as coisas são assim e pronto.
sexta-feira, fevereiro 24, 2006
quinta-feira, fevereiro 23, 2006
quarta-feira, fevereiro 22, 2006
Roliça, para apalpá-las!
Esta é dedicada ao Gordo, a pedido especial... Depois não digas que não gosto de ti ó palhaço!
O pedido foi muito simples, e desde já faço um convite (a pedido do Gordo) aos outros blogistas javardos como eu, para fazerem o mesmo no deles. Se quiserem. Se não quiserem podem ir dar uma volta ao bilhar grande. E tenho dito, que eu sou assim.
Então aqui vai: qual o pior programa da T.V.?
A questão essencial aqui é: como escolher o pior entre tanta merda e tanta bosta que abunda os nossos canais? Eu poderia passar semanas debruçada sobre este assunto, porque de facto é um caso bicudo... E sugeria este tema como doutoramento e estudo pós-doutoramento e o raio que me parta ao pessoal de humanidades.
Mas tudo se resolveu. Tudo se conjuga no universo graças à fisica quântica (private, desculpem).
Eu estava alienada nesta maravilha da tecnologia que é a internet, quando ouço ao meu lado risos buçais... Gritos... Números... Rodas a girar... Sei lá mais o quê...
Virei o pescoço e vi... O eleito... O pior programa de todos... Adivinham?
Canal 1... Entre as sete e as oito?
Preço certo...
Diz-vos alguma coisa?
Ma o que é aquilo? Que merda é aquela? Afinal em que é que aquilo enriquece uma pessoa? A andar a ver preços? A consumir desenfreadamente para poder concorrer e ganhar ao saber o preço certo de um objecto?
E quem assiste? O que ganha com aquilo?
E a assistência que parece que se vem nas cadeiras a gritar números, e a pessoa que concorre a olhar para a assistência com cara de boi mal parido?
É que eu já odeio concursos no geral. Afinal quem se diverte é quem concorre e lá vai. Ainda me hão-de explicar como é que uma pessoa a assistir áquilo se diverte? Sim, tem perguntas e podes tentar responder... Mas que merda de perguntas são aquelas que às vezes aparecem?
Ando a ver outros a ganharem dinheiro às minhas custas, quando dou audiência? Não há pachorra...
Isto para não começar com novelas... Sobretudo Morangos com Açucar que eu confesso... Assisto por vezes, porque me cago a rir... Literalmente.
Porque me identifico com aqueles jovens e aquela verborreia diarreia mental. Representam perfeitamente a juventude portuguesa em todos os aspectos. Sobretudo por trás...
Neste momento está a dar um concurso no canal um... Com o Malato. Nem sei o nome... Com perguntas mais cretinas que o ficheiro do Plano Tecnológico.
Enfim... PÃO E CIRCO! PÃO E CIRCO!
terça-feira, fevereiro 21, 2006
sábado, fevereiro 18, 2006
quinta-feira, fevereiro 16, 2006
Segue-se um pequeno conto, puramente ficcional, que vou relatar na primeira pessoa, mas é puramente ficcional, relembro.
Quando eu era gaiata e brincava com Barbies, ofereceram-me um mergulhador que nadava debaixo de água. Eu brincava com aquilo no banho. Punha-o a andar de um lado para o outro. Chapinhava. Inocente. (Morte! Dor!). Achava piada aquilo. Era uma geringonça com graça.
Um dia, entrei na sala, e sentei-me no sofá ao lado dos meus pais. Põem um vídeo VHS para vermos, e viram-se para mim, com aquele jeito buçal deles (típico dos meus pais...) e dizem: “Está na hora de seres uma mulher!”. Pensei: “Boa, vou ver filmes com pessoas semi-desnudas!”. A idade da parvoeira.
O filme era espanhol (ao que associo logo, agora que sou crescida (mais ou menos), a espanholadas e faço logo um filme porno na cabeça, mas isso fica para outro post...), ao que eu torci logo o nariz. Não percebo um cu de espanhol. Parece que têm trapos na boca quando falam, que não têm consoantes e que estão ligados à porcaria da corrente. Detesto aquela língua.
O título do filme era Ata-me, do aclamado mestre Pedro Almodôvar. Eu tinha os meus quê? Doze anos? Época boa para se ver um filme dele...
O filme era enfadonho. Espanhol para aqui, gritos para ali... Palavrões em barda.
Ás tantas, nunca me hei-de esquecer, aparece a Vitoria Abril na banheira, com um boneco mergulhador. E eu para mim: “Que giro! Uma pessoa adulta que também acha piada aquilo! Só que o dela tem uma bóia agarrada às mãos! É diferente do meu! O meu não têm bóia nenhuma.”
Vê-se a câmara a filmar o mergulhador debaixo de água a nadar... A avançar... De repente os pés da actriz... O mergulhador a avançar... As pernas da actriz... O mergulhador a avançar... As partes íntimas da actriz... O mergulhador encalhado... A actriz a gemer... O mergulhador encalhado... A actriz a gritar... O mergulhador encalhado... Mas a mexer, sem parar... Duracell... Vergonha... Não podia acreditar. Tinham conspurcado a imagem do boneco mergulhador... Que heresia! Que mentes perversas!
Um aparte: claro que se fosse com uma amiga minha, o boneco teria desaparecido, pois ela é aka: o buraco negro. Mas só para os amigos...
Por pudor, no dia seguinte o meu mergulhador estava no lixo. A inocência morreu. A criança foi-se.
Só sei que a minha Barbie se desvirgindou com o Ken nas semanas seguintes... A minha imaginação de repente ficou fértil!
Moral: o mergulhador é que é boneco para adultos!
quarta-feira, fevereiro 15, 2006
Lembrei-me da paz ondulatória
Lembrei-me da calma ao adormecer
Lembrei-me do eterno espairecer
Lembrei-me de uma pequena vitória
Não tem opinião. Não tem alma. Não tem vida. Mas por algum motivo, enriquece o espírito de quem o aceita. O olhar estático, a textura artificial e o aspecto abonecado são deceptivos face à profunda tranquilidade que induz. E quem tiver só um pouco de visão irá perceber que a voluptuosidade de um banho de imersão só é completada pela imagem inocente do patinho a boiar.
Encontrar calma num objecto inanimado que mais não faz do que obedecer às leis da física é encontrar a calma de viver. É entender que é na própria existência do patinho de borracha que se encontra a paz de espírito que procuramos. É entender que é na simplicidade de perceber totalmente algo tão simples que reside a consciência absoluta.
Levem o patinho para o banho. Toquem no patinho. Olhem para o patinho. E eis se não quando, irão realizar que afinal tem opinião, tem alma e tem vida. E que afinal o patinho de borracha não é o patinho de borracha: é um estado de espírito.
-Ode ao 50 cent-
Desde a primeira vez que te ouvi,
tive que largar de vez a música pop:
os meus ouvidos ficaram sintonizados só para ti.
Deixaste-me entrar no teu candy shop,
e lamber o teu lolipop.
Com teu pescoço cheio de diamantes,
não sei como não dei por ti antes.
Cada vez que lhes dá a luz,
fico cega, com bolhas a deitar pus...
Gosto dos teus gestos subtis e fugazes,
tentando insinuar um enorme falo.
Se as gajas a satisfazerem-te não são capazes,
aposto que na mão tens um enorme calo.
Insinuas que és um grande chulo,
e que “aquilo” se levanta num pulo.
O que tu não sabes, meu grande paneleiro,
é que diamantes é para mulheres.
Queres ser menos macho, queres?
PS: mas mas... Homem que se preze usa peles? Para já... ANIMAIS EM EXTINÇÃO MORTOS!! E depois... Não é coisa de gaja? Mas que paneleirice...
Resposta ShooGirl:
“Felicidade na terra”...? Isto é tão relativo, subjectivo até...
Suponho um Mundo mais "feliz" e harmonioso, sem tantas guerras, sem pessoas a morrer de fome todos os dias.
Um Mundo sem tantas injustiças, sem tanta pobreza e sem tanta doença.
Um Mundo com mais possibilidades para todos, mais justiça, mais amor pelo próximo e mais solidariedade.
Um Mundo utópico no fundo.
Resposta PorcottePink:
A felicidade suprema, seria poder comer o que quisesse e não engordar! Toneladas de gelado! Chocolate! Enchidos! Molhos! Doces! Com licença, estou a ficar com fome...
E todos me amarem e eu dar desprezo! E mandar em tudo e todos!
Mas isto é para responder a sério? Poupem-me...
E tu?
terça-feira, fevereiro 14, 2006
Feliz Dia de São Valentim
PS: ai que eu gosto tanto de coraçõezinhos e de rosa com vermelho... e passarinhas e passarinhos...
domingo, fevereiro 12, 2006
Porque carga de água é que passa sempre do castanho ou ruivo para o louro?
Porquê?
Será lei?
Será obrigatório nos contratos?
Mas é mais sexy?
Vende mais?
Não é apenas a voz que interessa nos cantores?
Se influencia, porque não pintam os dos homens de louro também?? Aparentemente vende...
Pergunta 1: Onde gostaria de viver?
Resposta ShooGirl:
A primeira, e correcta resposta, é: num Mundo mais justo...
Mas se a pergunta se referir a um País ou Cidade (como acho que seja o caso), diria: Londres. Mas já agora, posso também ter uma casinha com uma vista linda de morrer em Portugal? Posso? Assim, na Serra da Arrábida... ou quem sabe, no meio da Serra de Sintra. Não peço muito no fundo... ou uma casinha no Lago di Como, daquelas que dão directamente na baia, com aquelas escadinhas cheias de plantas a subir as paredes... bah, eu sei, sou a pior!
Resposta PorcottePink:
Acho que vou para hermita. Ou seja, vou-me meter numa gruta! Ou numa racha, como dizia uma amiga minha... Estou farta deste mundo!
Mas se tiver que escolher um sítio para falar a sério por uma vez na vida, das duas umas: ou uma vila pequena da Escócia como Pitlochry, pela qual me apaixonei forte e feio, ou para o norte de Portugal, em Trás-os-Montes ou no Minho! Para mim, é sempre para norte! Sítios com calma, relativamente longe de grandes metrópoles... Estou farta de cidades grandes... FARTA! (Foto: Dunalastair Estate with Schiehallion overlooking the loch)
E tu?
sábado, fevereiro 11, 2006
O cenário é: Karalhoke (sim... parece que não fazemos outra coisa sem ser isto mas enfim).
O Ano 2006 já (SIM é espaço memória 2005... não quero cá piadinhas, dêem descontinho please!)
A voz... a do Michael Bublé. Finalmente alguém que canta alguma coisa de jeito!!
A Porcotte a tentar acompanhar as minhas super coreografias.
Eu... magnificamente harmoniosa.
Ela... como dizer... enfim... Ela não.
Gargalhadas. Hugh Hefner a filmar. Márcaras... e brilhantes nos olhos.
As gaivotas sempre alí... claro.
A Porcotte pára de dançar, vira-se para mim e diz: "Já me estou a passar...!". Eu, paro, olho para ela, e com um ar enjoado continuo a dar à anca... e, olhando para o ar enquanto os movimentos oscilatórios do corpo aumentavam exponencialmente, respondo:
"Tu não tens ritmo!"
Momento Glorioso.
sexta-feira, fevereiro 10, 2006
Com quase 730 visitas (obrigadaaaaaa) neste maravilhoso, estupendo, deslumbrante (já chega... senão acham que é a sério!!) blog... queria aproveitar a ocasião para vos relembrar (ou dizer pela primeira vez se és novo cá – já agora “welcome to the twilight zone...” se não sabes porque digo isto, espera só até leres os outros posts, há por aí uma gaja que é louca a postar, convencida ainda por cima... é que nem comento, lê e logo vês!) que muito do que vêm aqui postado é uma mera hiperbolização do que passa na mente de duas moçoilas que vivem numa era em que a ironia e sarcasmo é frequentemente confundida com a realidade das coisas.
Isto é para ser “boa onda” entendes? Tass. Aqui ninguém é superior a ninguém: estamos todos ao mesmo nível. Escreve como te apetecer e o que quiseres (no limite do aceitável claro - a linha obviamente que é traçada por nós – como quem diz, se o teu comment passa a ser apagado... é porque ultrapassaste a linha, got it?). Mas não há aqui super homens e super mulheres (sorry Nietzsche...), isto são só opiniões pessoais, a tua não é mais alta que a nossa... e a nossa não é mais que a tua obviamente!
Não há motivo para o post... foi somente assim um devaneio... mas mais vale dizer isto agora, como quem põe o cinto de segurança antes de entrar no carro comigo (... não entendo porquê realmente... agora que penso nisso... Porcotte, tens algo a me dizer??).
Vou comer chocolate, até amanhã!
PS: coitado do cãooooo!!!!! Tenho que arranjar uma fatiota destas para a minha... NOT!
quinta-feira, fevereiro 09, 2006
quarta-feira, fevereiro 08, 2006
Sabem quando estão muito nervosos e dá aquela má disposição? Parece que até a pessoa mais gulosa do mundo fica sem fome. Parece quase que nem sequer um bom cozido à portuguesa ou um maravilhoso travesseiro da Piriquita (isto não é uma metáfora, é mesmo da Piriquita, depravados!) saberia bem já... tudo porque uma pessoa está nervosa...
Pois bem, eu não sou assim.
Quais nervos? Oh... se a minha fome passasse assim, acho que já era esbeltíssima! Quando estou nervosa? Como mais ainda, e saboreeeeeeeeeio tudo bem bem. Sabe-me tudo melhor, até porque não sou compulsiva, como porque gosto mesmo. E quando estou nervosa, ainda sabe melhor porque pelo menos ISSO já é uma coisa boa, num momento mau. Perder a fome é uma das piores coisas que me podem acontecer... mas é também das mais raras.
Odeio (estou a usar a palavra ODEIO) aquelas “meninas” (sim, mesmo quando são gajos) que comem pouco. Para mim ouvir “hmm não obrigada, é melhor não...”. Mas é melhor não porquê oh meu/minha palhaço/a?? Passa-me ao lado!
Já agora, pequeno à parte: o que há de bonito nos corpos magricelas... digam-me, porque de facto transcende-me. Quer em homens, quer em mulheres. Como mulher não gosto de tocar num homem palito, para isso tenho uma vassoura! E como mulher, acho que um homem que não gosta de curvas, pá eu empresto-lhe a minha vassoura! Homens que gostam de mulheres sem curvas e mulheres que gostam de homens sem carninha... já agora vão me dizer que neva em Lisboa não?! Nem comento... Qualquer dia porcos voam! Eu e a outra gaja já estamos quase... eu então, já tenho uma capa, tipo super porca... OK, JÁ ESTOU A DIVAGAR!
Voltando aos totós que “é melhor não”, ainda no outro dia uma amiga dizia “a mim o pior que podem dizer é: “oh pá... acho que não gosto”...”. Esta é outra, concordo com ela. ACHO? Ou gostas ou não gostas. E se não provas... aaaargh frustração. Mas o que aconteceu à experimentação? Sim, de várias coisas! Pelo menos sabes! = eu estou a falar de comida ok? = E esses preconceitos... por amor de Deus, nem sabem o que perdem.
Dietas é outra coisa que me transcende. Uma coisa é comer desalmadamente e ficar gordo e doente... outra coisa é limitar-te em tudo, sobretudo quando se trata de gente-vassoura, as tais pessoas que dás um abraço e estalam tipo aqueles ossos dos desejos do frango, sabem? Não entendo. Aquilo é bonito onde? (vá Porcotte... esta foi de bandeja!) E comer um pouco de tudo com cabeça de quem pensa no que faz? Não é preciso morrer à fome, nem limitar-se muito, é só preciso ter bom senso! Eu, não me limito muito, mas tenho sorte porque com o meu metro e oitenta, e os meus cinquenta kilos... mas com curvas claro, tenho um físico cobiçável! Mas ninguém me tira o meu Bolo de Chocolate com Chantilly, o gelado do Santini, o cachorro do Guincho, o Cozido do Telheiro, o Sushi to Sashimi do Assuka, o Rancho do Tibério, os camarões da Portugália, os Nachos e Burritos da Casa México... ai sei lá, os pratos que a minha mãe faz que são melhores que um triplo orgasmo (nem falo na Carbonara... ai que já estou como as grávidas... maldita hora que falei nisto, efeito pavlov!!!! HELP!!)... and so on and so forth...
Já agora, outro pequeno à parte: que merda é esta do pessoal andar aí a dizer “and so on and so on”? Outra que não entendo (será que é para ter graça?) é “das 3 uma...”... cri cri... cri cri... bom, adiante!
Portanto fica aqui o meu apelo: comam, que só vos faz é bem. Comida faz bem. Comer faz bem. (e a vocês aí a rir, só digo isto: taradões!) E comer coisas boas, é melhor que sexo!
Se precisarem de conselhos de restaurantes gloriosos, estou cá para vos ajudar! Mandem-me um mail ao: comer_so_faz_bem@slurp.come.
Bem vejamos... Fevereiro... Corações no ar... Anúncios de prendas descabidas... Anúncios cheios de rosa e vermelho... Combinação fatal para os meus olhos diga-se em abono da verdade... Adoro rosa... E rosa com vermelho... Uh lá lá... Caliente! Então não?
Natal? Não, mas isso já foi... Eh pá... Não me está mesmo a ocorrer... Esta minha cabeça... Páscoa? Mas isso é mais bolos... Mais chocolate... Mais dentes cariados e crianças cheias de chocolate à volta da boca, com sorrisos mousse de chocolate!
Dass... É a porra de merda do São Valentim...!! Mas que grande nóia. Isto devia ser proibido! E para quem n'a pas? Que merda é esta?
Cadê o dia do solteiro? Cadê o dia em que se recorda como é bom não ter ninguém a chatear a moleirinha, para fazer inveja aos que têem um sorriso cretino no dia 14 de Fevereiro, que a vontade que me dá é a de partir os maxilares e pô-los permanentemente com aqueles sorrisos imbecis? E nem me considero violenta nem nada!
É que as caricaturas feriram a susceptibilidade dos islâmicos, e o 14 de Fevereiro fere a dos desgraçados solteiros! E que tal aplicar a censura, perdão... O "bom senso" a este dia também?
E o que é feito de um simples beijinho? Dum poema? Duma flôr colhida num jardim? Dum desenho? Duma música? Duma dedicação duma música? Duma serenata? De um simples cartão?
Que disparate é este de oferecer relógios? Perfumes? Jóias? O diabo a sete? Porque temos que materializar um sentimento? Uma emoção? Que é feito do que se sente, sem estar associado a um objecto? Que é feito do despertar dos sentidos? Do toque? Do cheiro? Do sabor?
Há pouco tempo reencontrei um grande mestre da música portuguesa. Lembro-me de ouvir uma ou outra música dele quando era gaiata.
Era um som diferente. Era uma voz diferente. Era alguém excêntrico e fora do normal. Fora do padrão que na altura se via. Era em tudo diferente.
Sinto-o como uma antiga lufada de ar fresco, de certa forma. Se estivesses hoje entre nós, António, ninguém te diria nada. Não te olhariam de lado, nem te criticariam. E tenho a certeza que ainda terias mais sucesso do que ao que tiveste.
"É p'rá amanhã. Bem podias viver hoje. Porque amanhã quem sabe se vais cá estar". Parecia que adivinhavas...
"É p'rá amanhã
Bem podias fazer hoje
Porque amanhã sei que voltas a adiar
E tu bem sabes como o tempo foge
Mas nada fazes para o agarrar
Foi mais um dia e tu nada fizeste
Um dia a mais tu pensas que não faz mal
Vem outro dia e tudo se repete
E vais deixando tudo igual
É p'rá amanhã
Bem podias viver hoje
Porque amanhã quem sabe se vais cá estar
Ai tu bem sabes como a vida foge
Mesmo que penses que estás p'ra durar
Foi mais um dia e tu nada viveste
Deixas passar os dias sempre iguais
Quando pensares no tempo que perdeste
Então tu queres mas é tarde demais
É p'rá amanhã
Deixa lá não faças hoje
Porque amanhã tudo se há-de arranjar
Ai tu bem sabes que o trabalho foge
Mesmo de quem diz que quer trabalhar
Eu sei que tu andas a procurar
Esse lugar que acerte bem contigo
Do que aparece tu não consegues gostar
E do que gostas já está preenchido"
É p'rá amanhã - António Variações
"Tu estás livre e eu estou livre
e há uma noite p'ra passar
porque não vamos unidos
porque não vamos ficar,
na aventura dos sentidos...
Tu estás só e eu mais só estou
que tu tens o meu olhar
tens a minha mão aberta
à espera de se fechar,
nessa tua mão deserta..
Vem que o amor não é o tempo
nem é o tempo que o faz
vem que o amor é o momento
em que eu me dou e que te dás..
Tu que buscas companhia
e eu que que busco quem quiser
ser o fim desta energia
ser um corpo de prazer,
ser o fim de mais um dia..
Tu continuas à espera
do melhor que já não vem
que a esperança foi encontrada
antes de ti por alguém,
e eu sou melhor que nada...
Vem que o amor não é o tempo
nem é o tempo que o faz
vem que o amor é o momento
em que eu me dou e que te dás.."
Canção do engate- António Variações
E viva a música Portuguesa , Carago!
Sabem o que é daqui a 6 dia? Sabem? Pff! Como é possível ninguém saber – é que há quase um mês que ronda à nossa volta como uma melga irritante à espera de nos picar. Ou a metáfora poderia ser ainda bem mais exagerada, e real a meu ver, que é a mosca que ronda a... enfim, acho que já se percebeu...
Odeio este dia, é que odeio-o mesmo. Não, não tem nada a ver com o facto de não ter namorado, e nunca calhou ter um em 26 anos no dia 14 de Fevereiro. Ok, 26 não, mas sei lá uns 14...vai dar ao mesmo. E sim, sou daquelas pessoas que diz que mesmo se tivesse namorado neste dia, não faria nada. E acredito mesmo no que digo. Estou em plena convicção das minhas afirmações.
Imagino-me logo a combinar qualquer coisa, assim uma espécie de jantareco super forçado em que ambos sabemos que só estamos aí porque é SUPOSTO. Daqueles em que ambos sabemos que estamos aí em rodeios porque na realidade é só mais uma desculpa para: a) durante o jantar arranjar coragem bebendo, e fazendo beber o outro, para o convidar ir “beber (mais) qualquer coisinha lá em casa”, por outras palavras: sexo; b) gastar dinheiro para comprar qualquer coisa que simbolize o tal “amor” que existe (como se isso fosse a melhor maneira de o provar, materializando o nosso amor... que romântico...), para depois no fim obter o que queremos da nossa pessoa querida, por outras palavras: sexo; c) e finalmente temos de nos preparar para o maldito jantar, o que implica toda a parte do arranjo físico, o que para nós mulheres implica o clássico sistema CDMVP – Cabelo, Depilação, Maquilhagem, Vestido e Perfume; mas para ele também não implica muito menos, porque afinal de contas ele também tem de estar preparado para o que ambos sabemos que isto vai dar: sexo.
O conceito final é atraente, eu sei (enfim, é que nem comento... tipo deserto!...). Mas já disse, odeio esta ideia de ser *suposto* fazer algo, dizer algo, comprar algo... A espontaneidade das coisas é tão linda. Porquê que tem de existir um dia para isto, se todos os dias poderia ser uma oportunidade para ser o dia dos namorados? E já agora, digam-me uma coisa: porquê “Dia dos Namorados”? Porque não “Dia dos Amigos Coloridos”? “Dia de Duas Pessoas que Até Gostam um do Outro e Querem Passara Tempo Juntos”? “Dia do Sexo Garantido”? (Esta é a minha preferida, confesso.)
Entretanto, há que dizer que no meio das minhas inúmeras racionalizações (que como diz Michael in The Big Chill, são mais importantes que sexo... pois nunca passas um dia sem usar pelo menos uma), continuei a ponderar a ideia de convidar alguém para fazer algo. (Quem?... porque agora que... foi-se! Enfim... sem comentários mesmo.) Mas agora a minha desculpa seria: não, nunca mandaria, porque odeio S. Valentim e não quero ser o clássico cliché. Não, eu acredito mesmo nisto, mas acho que isto cheira mais a uma desculpa. Patética parece ter sido um adjectivo criado especialmente para mim ultimamente... não liguem.
Pois é. Dia 14 à noite vou eu estar aqui sentadinha no meu quarto feito Amélie Poulain a imaginar quantas pessoas estão a fazê-lo enquanto eu estou a cogitar e racionalizar. Afinal de contas quem é ridículo? Eu e as minhas convicções anti-dia-dos-namorados, ou eles que afinal tiveram o que quiseram após a trabalheira toda pré-dia-dos-namorados, por outras palavras: sexo? É que nem me atrevo a responder... sem comentários (bis).
segunda-feira, fevereiro 06, 2006
O cenário é: Karalhoke.
O Ano já é o de 2006.
Champanhe espalhado no chão,
a garrafa misteriosamente desaparecida.
A voz... a Dela. Esganiçada... Irritante...
A música: Relógios dos TocamFrio.
Sorrisos.
Puns de riso. Puns de sobreriso...
Gargalhadas. Bocas abertas à boneca insuflável...
Danças sexuais ao som de "My humps", de repente, abanicam os rabos...
....e varandas e gaivotas e ao longe o mar... claro.
Começa então a música.
Ela tenta pegar no microfone e roubar o protagonismo.
É o costume. Estamos habituados. Já lho perdoámos...
Abre a boca e exclama:
"Isto é um momento importante para a amizade... Velhas amizades...!"
E penso eu: "Onde porra está escrito isso no karalhoke?? A gaja está sob o efeito de estupefacientes e alcool! Foram as bolas Cheetos! Eu sabia! Deixa-me pôr bolas na boca!"
E caímos a rebolar no chão, de tanto rir. O ano começou bem. Diria mesmo: começo GLORIOSO!
domingo, fevereiro 05, 2006
Os vários invólucros que recobrem o núcleo de uma pessoa só são revelados com alguma indústria e destreza.
Somente alguns sabem lá chegar.
Como me vês afinal?
Diminuta?
Sossegada?
Reservada?
Prestável?
Isolada?
Diligente?
Então abre-me. Desvenda-me...
Sou guardiã da minha privacidade e não prescindo dela para qualquer pessoa. Certos momentos e pensamentos devem ser guardados interiormente para ser totalmente saboreados.
Sou curiosa e observadora de tudo o que passa por mim. Indiscreta, por vezes, com olhares que suscitam críticas. Não prescindo deles porém, aprendi muito já observando outros.
Sou teimosa, mas admito cada falha com a cabeça erguida, pronta a aceitar críticas construtivas. Porque posso ser exigente com os outros. Mas sou muito mais comigo própria.
Sou pessimista por natureza. Não, nunca vai mudar. Não consigo ainda perceber como há pessoas que não vêm que o copo está claramente meio vazio. Mas sou diariamente contagiada por gargalhadas, sorrisos e boa disposição. Contagiada por pessoas alegres e ricas de espírito.
Sou irremediavelmente Italiana. O meu mau feitio por vezes joga a meu desfavor, os meus ciúmes inatos mais ainda. Algo não muito bonito, e muito menos produtivo. Hoje, aprendo a viver com eles num triângulo amoroso, equilateral, perfeito.
Sou altruísta, e por vezes em demasia. Ajudar e ensinar ao próximo é para mim natural. Esqueço-me que o Mundo é dos espertos, e que quem dá uma mão por vezes fica sem braços. Quero mesmo assim acreditar que devo continuar a fazer o que sinto justo à minha pessoa.
Tudo o que me envolve é absorvido e digerido.
Rejeito o que é dispensável, mas não o esqueço. Assimilo o que me é necessário, e sintetizo-o. Mas no final do dia, confesso desconhecer qual é mais importante dos dois.
Pouco a pouco crio em mim armazéns de emoções, opiniões e sensações, bem como apreciações, conselhos e rejeições. Faço delas lições de vida futura, que profiro a mim própria quando necessário, mas que acabo por não cumprir.
Mascaro-me friamente no dia a dia. Crio armaduras que me protegem nem eu sei bem do quê. Viver provavelmente. Não me protegem, impedem de deixar entrar muito do que me escapa. Impede de mostrar que sou romântica todos os dias da semana. Irreparavelmente. Impede de mostrar que tenho uma fraqueza.
Reparo e nutro-me da beleza que me rodeia no dia a dia. A Beleza nas coisas mais simples. A Beleza nas coisas que ninguém repara.
Na Natureza. Nas Pessoas. Nos Objectos. Nos Sons. Nas Músicas. Nas Imagens. Nos Sabores.
Nos Cheiros. Aqueles Cheiros. A Beleza nos detalhes de cada um deles.
Quero conhecer tudo mas sem deixar nada atrás.
Ir é um verbo que adoro, tal como Amar, em todas a suas variadas facetas e aplicações gramaticais e físicas.
Sou uma mistura moldada de todo o conjunto de espaços, momentos e países pelos quais passei. Sou um pouco de cada pessoa que me marcou, e muito de quem eu própria aprendi a ser até hoje.
Porque por vezes nem tudo o que é, acaba por sê-lo verdadeiramente.
Porque nem todas as coisas são tão enigmáticas como as pensamos.
Porque a própria complexidade das coisas está na sua imensa simplicidade.
Porque nem sempre basta uma folha de papel e umas palavras para resumir algo.
Não basta somente olhar. É também preciso percepcionar.
Esta sou eu sem medos e cobardias.
Esta sou eu sem máscaras e preciosas analogias.
Esta, sou simplesmente eu.
sexta-feira, fevereiro 03, 2006
quinta-feira, fevereiro 02, 2006
Quando eu era gaiata (aí há uns dois ou três meses atrás), pensava que a sanita de um avião estava directamente ligada para o ar... Ou seja, de cada vez que se puxava o autoclismo aquilo abria-se para o ceú... E descarregava... Cá para baixo...
Inteligente não? Sempre me considerei acima da média quanto à minha inteligência...
Para além de aquilo criar uma depressão de cada vez que se puxava a geringonça limpadora do trono voador podendo a pessoa que tinha acabado de esvaziar a tripa quilhar, poderia também criar uns valentes abanões à machine volante, ou pior! Mas mantive-me nesta crença durante uns bons anos. Mesmo depois de andar num avião. Mais uma vez dei provas da minha esperteza fora do normal...
"O que é aquilo pai? É um pássaro? É um avião?
**SPLASH**
"Não! É um cagalhão! Parece que apanhaste uma banda migratória de avestruzes.."