Segue-se um pequeno conto, puramente ficcional, que vou relatar na primeira pessoa, mas é puramente ficcional, relembro.
Quando eu era gaiata e brincava com Barbies, ofereceram-me um mergulhador que nadava debaixo de água. Eu brincava com aquilo no banho. Punha-o a andar de um lado para o outro. Chapinhava. Inocente. (Morte! Dor!). Achava piada aquilo. Era uma geringonça com graça.
Um dia, entrei na sala, e sentei-me no sofá ao lado dos meus pais. Põem um vídeo VHS para vermos, e viram-se para mim, com aquele jeito buçal deles (típico dos meus pais...) e dizem: “Está na hora de seres uma mulher!”. Pensei: “Boa, vou ver filmes com pessoas semi-desnudas!”. A idade da parvoeira.
O filme era espanhol (ao que associo logo, agora que sou crescida (mais ou menos), a espanholadas e faço logo um filme porno na cabeça, mas isso fica para outro post...), ao que eu torci logo o nariz. Não percebo um cu de espanhol. Parece que têm trapos na boca quando falam, que não têm consoantes e que estão ligados à porcaria da corrente. Detesto aquela língua.
O título do filme era Ata-me, do aclamado mestre Pedro Almodôvar. Eu tinha os meus quê? Doze anos? Época boa para se ver um filme dele...
O filme era enfadonho. Espanhol para aqui, gritos para ali... Palavrões em barda.
Ás tantas, nunca me hei-de esquecer, aparece a Vitoria Abril na banheira, com um boneco mergulhador. E eu para mim: “Que giro! Uma pessoa adulta que também acha piada aquilo! Só que o dela tem uma bóia agarrada às mãos! É diferente do meu! O meu não têm bóia nenhuma.”
Vê-se a câmara a filmar o mergulhador debaixo de água a nadar... A avançar... De repente os pés da actriz... O mergulhador a avançar... As pernas da actriz... O mergulhador a avançar... As partes íntimas da actriz... O mergulhador encalhado... A actriz a gemer... O mergulhador encalhado... A actriz a gritar... O mergulhador encalhado... Mas a mexer, sem parar... Duracell... Vergonha... Não podia acreditar. Tinham conspurcado a imagem do boneco mergulhador... Que heresia! Que mentes perversas!
Um aparte: claro que se fosse com uma amiga minha, o boneco teria desaparecido, pois ela é aka: o buraco negro. Mas só para os amigos...
Por pudor, no dia seguinte o meu mergulhador estava no lixo. A inocência morreu. A criança foi-se.
Só sei que a minha Barbie se desvirgindou com o Ken nas semanas seguintes... A minha imaginação de repente ficou fértil!
Moral: o mergulhador é que é boneco para adultos!
5 Estrunfes que tentaram tirar o protagonismo:
E depois de saber do novo uso do mergulhador deitaste-o para o lixo?
Havia de ser comigo, havia... w00t!
By headache, at 17 fevereiro, 2006 15:48
Estou sem palavras...
By Anónimo, at 17 fevereiro, 2006 23:35
1000 visitas à página! Isto exige uma ida celebratória à banheira
By headache, at 18 fevereiro, 2006 16:17
Headache? O que é que tu farias com um mergulhador?? É que todas as possibilidades que me ocorreram de um homem e um mergulhador vão parar a coisas um pouco... "esquisitas"!!
By Sari, at 18 fevereiro, 2006 23:18
A minha primeira afirmação situa-se num campo "se", isto é, "Se eu fosse a Porcotte, o mergulhador não ia para o lixo". Sim, que aqui por enquanto não há nem vai haver exames à prostata, se é que me faço entender...
By headache, at 20 fevereiro, 2006 17:04
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