domingo, janeiro 29, 2006


Ontem saí à hora do almoço com um amigo (chamemos-lhe Pedro) para ir a casa dum amigo (um palhaço, que chamemos João!), ou melhor, a casa de sua moça, e conhecer o gato deles, que tem cerca de um mês. Chegámos e tocámos à porta. Ouço um VUSHHHHHH atrás da porta. "Mau... Que merda é esta?", penso eu.
O meu amigo e sua respectiva abrem a porta, e eu vejo um vulto preto a passar a uma velocidade alucinante para fora do meu alcance. Mal passo a ombreira porta, salta-me um autêntico leopardo ao pescoço! Rasga-me da laringe à faringe e eu fico ali a sangrar e a estrebuchar no chão... Era um autêntico leopardo! Matreiro e silencioso... Chamado Ninja!
Bem, na realidade, mal o gato ouviu a minha voz, fugiu a correr para debaixo da cama (não sei porquê!), para uma zona onde ninguém o apanhava. Pensei eu: "Cabrão do gato, vim eu aqui aturar esta gente que não gramo nada, como boa animal lover que sou, e o cabrão foge a sete pés... Deixa-me apanhar-te que já vês como elas te mordem!". Devo acrescentar que o gato é negro como o carvão e tem uns olhos amarelados lindos. Se fosse meu, chamava-o 50 cent, but that's just me.
Vamos então para a cozinha, onde o meu caro amigo estava a cozinhar um prato chinês. Perdão, acho que era coreano... Meus caros... Que mania é esta agora de cozinha oriental? Primeiro vem a outra gaja com o sushi (que não gramo nada...), e depois vem-me este com pratos coreanos, e o camandro. Mas o que é feito da dobrada? Das moelas! Da feijoada e do cozido! Do bom do bacalhau que pode ser feito de milhares de maneiras? Da boa da salsicha enrolada em couve lombardo e do bom ensopado de borrego?
Enfim, lá tive eu que gramar com comida feita num wok (ou lá como se escreve!). Quando aquilo FINALMENTE estava pronto (já estava eu e o Pedrovsky a salivar de fome, nem comento), sentámos e comemos. Com o meu melhor sorriso amarelo, disse que aquilo estava muito bom. E para não duvidarem da minha mentirosa sinceridade, até comi uma segunda vez!
Mentira mentira! Estava muito bom! E bem saboroso! Melhor que num restaurante! (Sou convincente ou não? A outra gaja ainda pensa que eu gosto mesmo de sushi! Sou mesmo boa!).
Depois de comer e tratar de tudo, tentámos apanhar o gato, com facas, garfos, espigões... E finalmente apanharam-no, ao que eu lhe dei umas valentes caroladas e disse: "Meu lindo! Vem à tia, vem!", do tipo tia irritante que quando nos vê aperta as bochechas com uma força descomunal que parece que está a espremer uma borbulha, ou que nos cumprimenta a dar chapadas... Na realidade, dei-lhe umas festas e pronto, não chateei mais o bichano que quase se mijava pelas patas abaixo de medo!
Decidimos então ir dar um passeio pela zona Sesimbrense (nome fictício, inventado por mim, para não identificar a zona para onde efectivamente fomos). O tempo estava lindo, não nevou nem nada (se ouço falar mais em neve, eu parto os cornos a alguém...), e nem estava muito vento. Tass, como diria a outra! (Sangram os meus ouvidos com tal assassínio à lingua de Camões!)
Cruzámos com um moço que tinha um Rotweiller bébé, ao que fiz logo uma festa ao bichano e também ao cão. Mentira... Dei uma festa ao cão e pisquei o olho ao dono! Ele discretamente passou-me o número de telefone, assim como quem não quer a coisa, porque a namorada dele estava a olhar, com a sua labradora bébé preta.
Quando chegámos ao início do pontão, passa por mim um esgróviado dum boxer. Chamo a besta do cão que não me liga peva, e então passa por mim um dos donos com um amigo. Ora bem: eu pisco o olho... Eu mostro a perna... Eu abro o kispo tipo flasher... Nada. Deduzi: são casal gay! Também com um cão daqueles, que não me liga peva, não me espanta... Paspalho do cão! Paspalho do gajo!
Mais adiante, encontrámos mais casais com cachorros. Ora bem. O que se passa? Mas só se vêem casais com cães? Eu que adoro os cães dos homens e também adoro cães, n'a pas? Mas que fiz eu? Mas qu'é qu'eu fiz?
Por fim também nos cruzámos com o treino da procissão abrasileirada carnavalesca. Já passei um Carnaval em Sesimbra. É bonito ver as moças descascadas com um frio de rachar. É bonito ver a tradição portuguesa chacinada e assassinada pela brasileira que é comemorada num clima completamente diferente do nosso. Sempre apoiei copiar o que é bom, mas copiar o que não é... Não lhe vejo grande objectivo.
Por fim, finalizámos o dia com um passeio no castelo, que aconcelho vivamente a ir visitar. Tem uma vista fabulosa! E se tiverem um pouco de sorte, apanham um casal no hanky panky num arbusto perto e poupam assim o dinheiro do aluguer de um filme porno! E já agora parem no bar e bebam um chocolate quente, que com o friozinho que estava, soube que nem ginjas!
E assim se passou um sábado, sem antes dizer que até no castelo havia uma catrefada de cães!

Neve em Lisboa.

Estou sem palavras.
"Sometimes there is so much beauty in the world... I just don't think I can take it."

sábado, janeiro 28, 2006

Mas afinal... Como se escreve destrossa? Destroça? E que raio de indicação é essa, a dar ao braço? Afinal, só ouço isto vindo dos arrumadores de carros... E nunca consegui perceber que palavra é essa... O que indica... De onde vem? Já agora: deslarga-me também, não? Dou-te com uma moeda no trombil que até choras...

E outra coisa: se o Coyote tem dinheiro para comprar aquelas geringonças todas para caçar o Road Runner... Porque não compra comida? Ou vai a uma daquelas caravanas de comida com churros e waffles e cachorros? Um waffle com chocolate até marchava agora... Lambia os beiços todos...
E por falar em waffles:

"É pau, e rei dos paus, não marmelleiro;
Bem que duas gamboas lhe lobrigo;
Dá leite sem ser árvore de figo,
Da glande o fructo tem, sem ser sobreiro:

Verga, e não quebra, como o zambujeiro;
Occo, qual sabugueiro tem o umbigo;
Brando ás vezes, qual vime, está comsigo;
Outras vezes mais rijo que um pinheiro:

Á roda da raiz produz carqueja:
Todo o resto do tronco é calvo e nú;
Nem cedro, nem pau-santo mais negreja!

Para carvalho ser falta-lhe um v;
Adivinhem agora que pau seja,
e quem adivinhar metta-o no cu."

Bocage

Com isto me despeço por hoje, sem antes dizer: Bocage, és um génio e o meu herói! Adoro-te! E... cheira-me a erva... Mas esperem lá, tenho panquecas na cozinha! Nós queremos é panquecas, quecas, quecas! E camarão, de que a outra gaja fala... Fónix, é o rei! Elvis!


Já que estamos com as mãos no peixe... vamos lá falar de Camarão - que não é peixe mas é crustáceo - mas facto é que cheira a pexum, como diz a outra.

Eu daqui a umas horas vou comer Camarão.
Eu AMO Camarão.

Por isso aqui vai uma pequena ode de três versos:
Camarão, camarão... contigo perto até me esqueço do berbigão.
Camarão, camarão... fazes cociguinhas com esse teu bigodão.
Camarão, camarão... para sempre estarás no meu coração.

(Achavam que era só ela que sabia rimar não? E vai uma aposta que a outra melga vai logo por aqui versos “PÓRNO” só para mostrar que sabe rimar)

E é só isto por hoje, o meu Q.E. – Quociente de Estupidez (como diz o outro) está cada vez a aumentar mais proporcionalmente ao meu Q.I., por isso... despeço-me com esta quote de Forrest Gump (ou melhor do amigo dele, o grande Bubba), grande apreciador de Camarão (mas não tanto quanto eu, isso é que era bom!).

“Anyway, like I was sayin', shrimp is the fruit of the sea. You can barbecue it, boil it, broil it, bake it, saute it. Dey's uh, shrimp-kabobs, shrimp creole, shrimp gumbo. Pan fried, shrimp, coconut shrimp, pepper shrimp, shrimp soup, shrimp stew, shrimp salad, shrimp and potatoes, shrimp burger, shrimp sandwich. That- that's about it.”

Bem “dizido” amigo Bubba. Estou contigo em espírito Mano. Respect!

sexta-feira, janeiro 27, 2006


- A história do sushi: como entrou na minha vida (como sai dela, é que já não é para aqui chamado)-

Eu tinha jurado a mim própria que nunca haveria de comer sushi... Peixe cru... Partes da frente... bacalhau, como eu costumo dizer. Nada abonava a seu favor. Imaginava sempre uma ida à praça e seu respectivo cheiro a peixe... Os gritos dilacerantes das peixeiras a vender a sua mercadoria... Enfim...

Uma melga duma gaja, que nunca me larga e se colou aquando da ida a Sintra, estava-me sempre a dizer: "Eh pá, é muita bom, ya? Tasse! Tens que comer chavala! É óptimo, não sabe nada a peixe cru, dáma! Props" (é que ela fala mesmo assim... Assassina da língua portuguesa! Até se me sangram os ouvidos de cada vez que ela abre a boca!). Ao que eu pensei para mim própria: "Sim filha, mas ficas cá com um lindo hálito a pexum... Nem lhe vou dizer nada..."
Dica 1: Às vezes temos que mentir para o bem de uma relação. Esperem lá... Mas onde é que eu já vi esta merda???

Um dia convidou-me a ir ao japonês, e eu aceitei. Não, é que quer-se dizer, afinal era ela que pagava! Mas eu sou trouxa ou quê? Chular almoços é comigo! Toma que te lixaste! Arrotou com a massa que se desunhou.
A minha desvirgindação no japonês começou com uma espécie de sopa. Senti-me gozada, porque como boa portuguesa que sou, sopa é caldo grosso de batata, abóbora e cenoura e couve lombardo a boiar! Ou um bom caldo verde, que calha sempre bem também! Devemos ser o país mais flatulento da Europa, mas isso já é outra conversa.
Olhei para aquele pote mixuruca, com uma aguadilha castanha... "Mas onde raio te foste tu meter, Rosa Maria?", pensei eu cá com os meus botões. Bebi aquilo, e confesso que... Enfim, não apreciei muito... Sabia-me a água salgada (perdoem-me, se calhar é ignorância da minha parte...). E dessa bebo eu muita quando vou à praia...
Depois vieram uns raviolis de camarão... Marisco e massa... É comigo. Pareço uma alarve. Como aquilo como se não houvesse amanhã! Gostei imenso... "Vá lá, pelo menos isto não é mau!", disse eu à outra, para não a entusiasmar muito e não ouvir o: "Tás a ver? Não te disse que era bom??". É que não tenho pachorra nenhuma!
Depois veio o famoso sushi. Pedimos um tu-sashimi (não me perguntem como se escreve. Pouco me importa, eu quero é enfardar).
Olhei para aquilo. Aquilo olhou para mim. Um tabuleiro de madeira, cheio de coisinhas coloridas. Lá boa apresentação tinha... Quadrados de peixe cru, rolinhos pretos e sei lá mais o quê! Depois puseram aquele molho castanho numa coisinha de porcelana (ou lá o que era) e a chata da gaja diz-me para pôr um bocado daquele verdete no molho, que aquilo mais parecia ranhoca; mas para ter cuidado que é picante. Claro que não abusei, porque depois sentada no trono é que são elas... Até arde!
Mas mais uma vez pensei: "Onde raio te foste tu meter, sua estúpida, que és sempre arrastada para estas merdas por esta gaja tresloucada que está a olhar para ti com cara de boi, à espera do teu veredicto..."
Lá comecei a comer... Molha aqui, trinca dali, experimenta deste, experimenta daquele. Confesso que tudo me soube ao mesmo... Tudo me sabia aquele molho castanho salgado. Mas comi. Consegui. Superei a prova. E pensei: "Bem, não é nada de extraordinário, e ainda bem que é a gaja a pagar a conta... Olha que desperdício!". Fiz sorriso amarelo e disse que era muito bom...

O que eu sei é que lá voltei uma segunda vez. Agora não me perguntem é porquê, porque não tinha ficado surpreendida com aquilo. Se calhar foi a gaja que me drogou, para lá voltarmos! Nunca se sabe...
O estranho fenómeno foi este: a segunda vez que lá fui, aquilo soube-me a paraíso! Maravilhoso! Tudo tinha um sabor diferente. Parecia que o meu paladar estava mais apurado! Um delírio! A partir daí fiquei rendida ao sushi...

Levei lá os meus pais toda entusiasmada. O meu pai gostou. A minha mãe levou um pedaço de peixe cru à boca, e deitou um esgar de náusea e de nojo tal, que me ocorreu: "Bem, está-me cá a parecer que ela adorou!". Infelizmente não a consegui passar para o campo dos Sushimaníacos. A minha vontade foi logo de partir a louça toda e dizer: "Come e cala-te!!", sim que eu sou assim com a minha mãe: tu cá tu lá!

De outra vez que lá fui, fui mais arrojada! Pensei: " Já estás uma pro nisto, já podes comer com os paus sem te fazerem o efeito da borboleta!". Meu dito, meu feito, estou eu toda lampeira a comer aquilo feita xica esperta, quando me cai um pedaço de sushi no molho, que me caga a T-Shirt toda... Enfio-me na casa-de-banho a lavar a T-Shirt, por sinal na zona do peito, e como podem imaginar, fica sempre bonito ter-se uma T-Shirt molhada na zona do peito.
O mocito empregado que deve ter visto a linda cena, até veio com um prato para eu usar e me ajudar, ao que eu digo: "Mas está a insinuar alguma coisa? Que eu não sei comer?" Ele fica muito atrapalhado e eu desato-me a rir. Estou a contar isto, não vá a outra gaja vir dizer que fiquei "bububu" a fazer-me ao empregado. Ela tem é inveja porque lhe roubo os gajos todos...

Enfim, só queria dizer isto: OBRIGADA gaja, por me teres iniciado ao sushi!! (Credo, isto mais parece coisa porno...). Realmente adorei aquilo!

E lembrem-se... Levem umas pastilhas de mentol, porque arrotar sushi... Enfim... Não é do mais agradável! Para cheiro a peixe, já bem me basta o cheiro a "entre-pernas"...

No seguimento do post dos piropos, lembrei-me de mais dois. Perdoem a minha fraqueza, mas tenho que os partilhar:
"Dá aqui à enxada a tua alface frisada..." ou "Anda aqui brincar com o sempre-em-pé"
Mas porque será que me ocorrem estas coisas?

quinta-feira, janeiro 26, 2006


- Ode aos D'Zrt -

Juntaram-se quatro lindos rapazes,
E melodias maravilhosas compuseram.
Ninguém na música os acha capazes,
Mas contra ventos e marés persistiram.

São os primeiros na apanha do sabonete,
E quando assados, usam pó de talco.
Quando cantam, que alegrete!
E muito pulam e saltam eles no palco.

O próprio nome da banda
sugere sobremesas,
eu só lhes digo isto: "ca ganda
grupo de lindezas!!"




Quando olham para uma paisagem selvagem, pura, agreste e virgem, intocada pelo homem, o que sentem? Qual é o vosso primeiro pensamento?
O meu é de esperança e de tristeza ao mesmo tempo. Esperança por ver que ainda há lugares puros e lindos, que nos fazem sentir pequenos, do tamanho exacto que devemos ter. Tristeza por saber que tudo já foi assim bonito, e que tanto se perdeu. E que tão pouco ainda está por perder.

Não consigo interiorizar como é possível que destruamos sítios de tamanha beleza. Cheios de tudo: côr, cheiro, som, sabor e textura.
Onde uma rabanada de vento nos cheira a verde. Nos dá um arrepio, mas não de frio: de prazer. Onde o cair da chuva parece um coro de vozes angelicais.
Sítios onde o vento é música. Onde o sol é rei e dá um tom dourado luminoso e o céu é quase branco como a neve...

"A raposa calou-se e ficou a olhar durante muito tempo para o principezinho.
-Por favor... Prende-me a ti!- acabou finalmente por dizer.
-Eu bem gostava- respondeu o principezinho- mas não tenho muito tempo. Tenho amigos para descobrir e uma data de coisas para conhecer...
-Só conhecemos as coisas que prendemos a nós- disse a raposa- Os homens, agora, já não têm tempo para conhecer nada. Compram as coisas já feitas nos vendedores. Mas como não há vendedores de amigos, os homens já não têm amigos. Se queres um amigo prende-me a ti!"
O Principezinho- Antoine de Saint-Exupéry

quarta-feira, janeiro 25, 2006


Eu gosto dos "piropos dos homens das obras", como lhes chamam... Acho imaginativos. São brejeiros... Fazem-me rir.
"Oh jóia! Anda aqui ao ourives! Puxo-te o lustro à prata com uma pinta!"
ou...
"Dá-me o teu número do ginecologista para eu lhe ir lamber os dedos!!". Esta então... É das minhas preferidas!

Eh pá, pode ser muito ordinário, mas têm que concordar que tem imaginação! Tem arte! É retorcido... É quase o contar de uma história!

E já agora, se me permitem, aqui vai uma imaginada por mim e pelos meus amigos Shoogirl e Mr Gozador (que por sinal ainda não postou nada, nem comento ó minha besta) nas nossas diversas viagens pelo Portugal fora:
"Anda cá ostrazinha, aqui ao berbigão barbudo, para eu ver a tua pérolazinha".
Tentem inventar. Vão ver que se divertem! É glorioso!
Por exemplo:
"Anda cá e abre as pernas, que eu perdia-me nesse teu triângulo das bermudas!"
ou...
"Anda cá bife que eu afinco-te um dente e ponho-te um ovo a cavalo"
ou...
"Anda cá Mimosa que ordenho-te toda!"
Enfim...

Pá...
...eu é mais bolos.

terça-feira, janeiro 24, 2006

Eh pá, deverei eu chegar ao terceiro post de hoje? Atrevo-me? Terei eu tomates para isto? Quem dá mais?

Ok, ouvi nas notícias que vai haver uma parceria com o MIT para o plano tecnológico. Mais uma vez demonstramos pouca confiança no produto nacional. Se me pedirem, eu digo tudo o que está mal de borla. E até serei capaz de propôr medidas... E porquê? PORQUE TENHO CÉREBRO! Shhhhhhhh... Não digam a ninguém... É que pelos vistos é uma raridade haver um português com cérebro!

E assim vai o nosso país...
Já Sócrates dizia: só sei que nada sei... Será uma coisa que se pegue aos demais Sócrates?

Bem, como podem ver este é o meu segundo post hoje. E porquê? Porque estou desempregada a roçar o cu pelas paredes. Isto de ter um curso de engenharia já deu o que tinha a dar... Mas... Esperem... Vislumbro uma luz... Uma esperança... O meu coração enche-se de... alegria!

É ele! É o plano tecnológico! Finalmente! Tal qual D. Quixote lutando contra os moinhos, ele persiste contra ventos e marés! É desta que vou arranjar um emprego dos 150 000 prometidos! Energias renováveis! Milhões de euros para energias renováveis!

Aconselho-vos a irem ao site: http://www.planotecnologico.pt/

De certeza que ficarão tão esclarecidos quanto eu quanto às medidas que serão tomadas para renovar este país, para o levar para a frente!
Cliquem em Medidas. É interessante o resultado. Eu só queria entender é COMO as vão fazer. O que está mal, todo o português sabe, caramba! Mania que somos mentecaptos? Como quando o Soares se virou para uma senhora peixeira e disse: "Lá em Belém ganha-se pouco!" E vai a resposta daquela maravilhosa senhora: "Se ganhasse pouco, o senhor não ia para lá!" Timbas. Toma. Até te fodeste. Pensam que somos parvos?

Neste site lêem-se pérolas como: "O Plano Tecnológico entrou em acção para levar à prática um conjunto de políticas para estimular a criação, difusão, absorção e uso do conhecimento, como alavanca para transformar Portugal numa economia dinâmica e capaz de se afirmar na economia global."
E agora perguntam vocês: "Porcotte Pink?"..."Mas afinal, que medidas são estas??" E Porcotte Pink responde: Não sei. Devo ter gasto os neurónios todos quando tirei o curso... Mas o que é facto é que o plano já entrou em acção... Eu não sinto nada... Sentem?
Esperem... Ouço um tilintar... Ouço alguém a encher o cu de dinheiro com isto... Ainda não consegui foi perceber quem...


Antes do mais, muito boas tardes. Pôs-se um tempo feio, hoje...
Venho por este meio relatar um fenómeno estranhíssimo que aconteceu no passado domingo, dia das eleições presidenciais.
Ora bem, como toda a gente já saberá (quem não souber, fica a saber depois de ler isto. Isto se souber ler. Se não souber, vê a fotografia. Mas também se não souber ler, nem sequer consegue ler que lhe estou a dizer que pode ver a fotografia... É lixado esta merda, hein?), foi o nosso querídíssimo cavaquinho que ganhou. Mais um a dar música, concerteza. Fartos de fado estamos nós... (E podia fazer um trocadilho muito ordinário com esta palavra, mas este assunto requer a maior seriedade). E ganhou com maioria, embora por uma margem muito pequena. Os seus 50,7% (ou um número muito parecido) representam cerca de 3 milhões de portugueses (fiz as contas, assim muito por alto).

O fenómeno que eu quero relatar é este: de toda a gente com quem falo e que ouço na rua... Ninguém votou neste homem! Toda a gente diz: "Maldito! Ganhou e logo à primeira!" e "Eu votei no Alegre" ou "Eu votei no Jerónimo". Até já ouvi: "Eu votei no Garcia"!! Que teve uns meros 0,4%!
Mas afinal... Onde raio se escondem os 3 milhões de portugueses cavaquistas? Terão sido e.t.'s disfarçados de portugueses, com sua pança rotunda, seu abastado bigode (quer para ele, quer para ela), sua voz esganiçada de vendedora de peixe do "bulhom" a votar nele?
Será que isto representa o fim do mundo? Ou será uma mensagem divina a dizer que agora... Agora é que isto se endireita! Com o plano tecnológico e o Cavaco como presidente, ainda ultrapassamos a Letónia!!! Há que ter esperança! Agora é que finalmente apareceu alguém para encostar o Sócrates à parede! (isso queria ele, provavelmente...) (desculpem, esta piada não é original minha, mas sim do Menezes do Levanta-te e ri...).
Não me querendo dispersar, gostaria antes de ir desta para melhor, conhecer alguém ao vivo e a cores que tenha de facto votado neste senhor. É que parece que anda tudo com medo de confessar que votou nele... Quando em grupo e à frente das câmaras de televisão, parece que têm muita força. Até colam autocolantes no meio dos cornos, fazendo uma rica figura (que orgulho que tenho de ser portuguesa por vezes... Castigadores da parvoíce! Onde estão vocês?) Mas sózinhos, parece que têm medo de uma embuscada! Mas alguém lhes faz mal? Afinal de contas estamos numa democracia, cada um vota no que quer! Mesmo voto nulo... (Gordo, esta é especialmente para ti!)
E mais... Que merda de sondagens foram aquelas, que punham quase sempre o Alegre atrás do Soares? É que bem podem limpar o cu com sondagens daquelas. Eu também sei atirar números ao ar, se isso me dá uma recompensa choruda... Que tristeza... Sobretudo quando se viu a diferença que houve entre os dois!
Bem, vamos mazé embora, que isto é tudo uma aldrabice! Chapéus há muitos seus palermas!! Cabeças é que há poucas...

domingo, janeiro 22, 2006


"De quê e como sou eu feito, que não posso estar muito tempo num lugar e não posso sair dele sem pena."

A. Garrett

Ora bem. Eu acho que este senhor aquando da escrita desta frase devia estar em sofrimento. E porquê? Porque eu sinto exactamente o mesmo quando estou de caganeira.
Após uma ida à sanita penso: "Porra, já não podia com o cheiro, mas de facto é na sanita que se tem um momento de sossego e paz. É um momento excelente de auto-reflexão." Vou-me então sentar no sofá, ou deitar na cama a ver se me sinto melhor.
De súbito sinto uma picada na barriga... Penso: "Não. São resquícios do que acabei de fazer..." Vem a segunda picada, logo seguida da terceira. Isto é como os cães. Onde vem um, vem logo outro atrás a cheirar o cu. O pior é quando chega a matilha toda desenfreada a chafurdar na flora intestinal. Mau... Tu queres ver? Queres ver que te vais desfazer outra vez em merda?
Merda, lá tenho que ir eu de novo a correr de volta para o trono... E a correr como se não houvesse amanhã!
No trono é onde de facto me farto de ler, porque ler aliado ao alívio que se sente quando se fazem as necessidades, deve ser dos melhores prazeres da vida. Que triste que esta deve ser, pensam vocês. Mas se pensarem bem e forem honestos com vocês mesmo, sabem que é verdade!
E com esta conversa de merda, dedico este post a estas eleições presidênciais que acabaram de ocorrer. Acho que as ilustram na perfeição!

PS: tenho que confessar no entanto que adoro esta frase de A. Garrett.



AVISO: História Fictícia – Qualquer semelhança com a vida real é mera coincidência.

“Sintra-City Baby!”

Lá pelas onze da manhã toca o raio do despertador...santa paciência! Acordar cedo no fim-de-semana para ir passear com uma gaja egocêntrica, convencida e que me rouba os gajos todos. Dass...isto só a mim! Tento despachar-me e CLARO a gaja liga-me para o telemóvel “olha já cá estou”. Sim...e? Vaca da gaja a fazer-me logo sentir mal! Mas como sou uma rapariga com bons modos, respondo-lhe amavelmente que estou quase a chegar. Mentira, ia levantar dinheiro e ainda tinha que ir a correr para chegar mesmo assim 15 minutos depois da hora marcada.
Dica 1: Às vezes temos que mentir para o bem de uma relação.

Ora bem, lá entram as duas gajas boas para o comboio. Destino “Sitra”. Um espertinho lembrou-se de fazer a piada de apagar o “N”. Porquê? Pois não sei...coitado, devia ter a mania que era rebelde. Ou tipo pensou “Iiiih aquele gajo tirou o “i” de Coina, vou tirar o “n” de Sintra, sou mt’a mau meu! Yo! Respect!” Tudo a ver. Vai mazé para a escola meu ganda vândalo! Começa a viagem, e lá começam as conversas secantes de comboio. A pobre coitada da gaja já devia rezar para que eu ficasse sem voz. Ou que o som do comboio abafasse o som a sair da minha boca. E eu, não me calava...patati patatá e tal...e ela lá ouviu. Já ganhou o céu. (Não lhe digam que eu disse isto...fonix!) O percurso foi smooth, e em pouquíssimo tempo lá estávamos nos em Sitra (“Finalmente se calou” pensou a outra...mesmo vaca a gaja!).
Dica 2: Não tentem desembaciar os vidros dos comboios nesta linha... Tentei o caminho todo e fiquei com as mãos em sangue e nada, ficou na mesma e não vi a ponta de um corno da paisagem. Dass...que isto começa mal!

Chegamos! Sitra meu amor. Amo esta cidade. O dia estava espectacular...não fosse Deus adivinhar que estas duas gajas boas iam fazer turismo...é um Génio! Thank God! Céu azulinho, arzinho fresco...the sky was the limit!
Dica 3: Quando querem ir passear, não convidem o Mr Gozador, e hão-de ter um dia glorioso garantido!

First stop: COMER! Dass que eu não funciono com estômago vazio e aquela vaca só me enchia os ouvidos de conversas DEPRIMENTES bububu e eu ali...”porra, eu pelo menos nunca faço isto, tipo secar os outros com as minhas histórias de amores, gajos e tal!”. Enfim, mas como sou santa...lá aturei. Ao mesmo tempo ia tirando fotos a esta gema maravilhosa de cidade...
Dica 4: Quando querem fingir que estão a ouvir o que a outra pessoa está a dizer, tentem distraí-la tirando-lhe fotografias. Ela vai se perdendo na conversa e de repente exclama “bom, já me perdi...esquece” e acabará por ver-se livre delas!

Enfim lá chegamos à Vila (gloriosa!) e toca escolher um Restaurante. CLARO que somos moçoilas silenciosas, tanto é que ao ler o menu de um Restaurante, um senhor que ia a passar explicou-nos logo por onde se entrava, qual a zona melhor para irmos...só faltava ensinar-nos a pegar num garfo não? Dass...mania que são bons estes Sitrenses...! Lá nos sentamos, lá pedimos: Lulas fritas com molho especial. Não temos problemas em engordar. Somos gajas rijas. “Tem sangria?” o rapaz responde “5L é suficiente?”.
...
...
Deves-te achar muito engraçadinho tu... A outra dá um arzinho de sonsa, logo ali a fazer-se ao pobre moço “Ahhh (bububu) acho que não (bubu saltava-te para a cueca) ihihih”. Enfim, entretanto as lulas não vieram fritas mas sim grelhadas. O moço não só tem o humor de um jovem Seinfeld, mas ainda para mais tem cuidado com a nossa dieta...acho que temos aqui um potencial marido para a outra gaja. Se for santo, até tem possibilidade de aguentar uma vida casado com ela. Enfim, o almoço (delicioso) acabou, não sem antes o dono do Restaurante fazer-se descaradamente. Primeiro foram as bocas da conta ser comprida ou não, referendo-se obviamente ao tamanho da sua dita cuja...só pode, eu não nasci ontem ok?! E depois ao irmos embora “As meninas são de onde?” ... Olha, o que tu queres sei eu pá, e és velho demais para mim ok???
Dica 5: Façam sempre charmezinho para cima destes Sitrenses que vão longe. O mundo é dos espertos...abram o olho (sim, esse obvio!).

“Bora para a Regaleira?” Lá fomos nós digerir as lulas (brrrrp - arroto com sabor a alho e tomate...uma gaja que se preze tem que saber arrotar), para a Quinta da Regaleira. Ao chegarmos... MEGA ORGASMO: dois Policias a cavalo. Eles olham. Nós olhamos. Sorrimos os 4. Eram giros. Somos boas. You do the math. Só sei que a partir de hoje sou uma nova eu. E a outra gaja diz que ela também.
Chegamos à Quinta da Regaleira. Um minuto de silêncio.
A Quinta da Regaleira – aka: Quinta da Reboleira segundo a outra melgosa (NÃO, é que eu tenho que aturar gente ignorante...), é maravilhosa. Já conhecia (NÃO, é que há gente que nunca tinha lá ido) e voltei a adorar. 5 estrelas. KC. Um bocado de chulice no preço...mas valeu a pena sem dúvida. Vimos por volta de metade de tudo o que há para ver...mas já foi imenso! Aquelas cores, das árvores, do lago, das grutas (e vinagrutas) e da própria casa...enfim, aquilo só mesmo indo lá ver. Tiramos umas fotos. Dissemos umas asneiradas. Gozamos com uns turistas. Gozamos com todas as pessoas que conhecemos (no sentido de fazer “troça de”...mentes perversas pá, get a life não??) Mandamos uns mms. Enfim...a vida foi bela na Quinta da Reboleira. Next stop: Palácio da Pena. (Pena...pena – peno – pene – peni – pénis...associação de ideias – 5 degrees of separation...mt’a frente)
Dica 6: Façam-se sempre de queridas (mesmo quando és gajo macho) para os homens das bilheteiras. Eles sabem os truques todos para apanhar os melhores autocarros e sabem quando as coisas fecham (palácios e castelos meus depravados...não é tipo as pernas da outra...!).

Lá decidimos nós de voltar para a Vila levantar dinheiro.
Dica 7: NÃO sejam idiotas. Façam contas. Se o autocarro é 3€75 cada bilhete, e o comboio para Monserrate é 5€ cada bilhete. E se são duas pessoas: que tal apanhar um táxi em que se gasta 4€ e vais descansadinha e sem gentalha ao lado? (eu tinha a outra ranhosa...mas antes ela que transportes não é...gente fina é outra coisa)
4€50 depois, porque é de bom tom deixar uma gorjeta ao homem do táxi que não abriu a boca o percurso todo. Gosto de homens assim. Submissos e calados (eu não disse isto). “Olhe para ir de transporte até ao Palácio é 1€75 cada bilhete”... Mas esta gente pensa que eu cago dinheiro?? “Ah obrigada, vamos a pé”. Dass. Brincamos não? Lá vamos nós a arrotar mais um pouco daquelas maravilhosas lulas, no meio daquele espectáculo de caminho. Verde e fresquinho. Silêncio. Aquilo é um paraíso.

Chegamos ao topo. Ali está o Palácio das Fadas (não vou dizer a piada mais fácil...por amor de Deus, sou superior!). Tiramos “n” fotos. Saboreamos a beleza daquilo. De facto há dias que são perfeitos para passear, tivemos muita sorte. Sem ser isso, apanhamos franceses a todo o lado, barulhentos como o camandro, uma italiana histérica, dois rapazes depravados a tirar fotos porno a todo o lado, cães super queridos, dois gays lindos (merda!) e um senhor guarda a ressonar na cozinha. O Palácio é maravilhoso por dentro e por fora, tal como eu e a outra gaja. Perfeição contra perfeição. Desafiamos a lei da gravidade tirando fotos em locais vertiginosos, e claro, gozamos com tudo o que era latrinas dos aposentos reais.

Bom, toca ir lanchar não? Já são quase 5 e tal...queremos travesseiros! Viva a piriquita! Lá arrastamos os nossos rabos super firmes até à saída. Maldita hora. O chão escorregadio...boa...patinagem artística em Sitra. Duas beldades a patinar, só podia atrair mais gajos. Que seca. Chegamos até à paragem do bus, desesperadas e perguntamos se vai até à Vila.
Dica 8: A tal história das contas? CAGUEM nisso. Quando estão aflitos, até vendem o cú para poder não o bater no chão naquelas ruelas.
Lá pagamos (grrr) e lá fomos nós para a Vila.

A Piriquita.
Fila enorme. Morte. Fome. Help? Lá somos pacientes e esperamos. Quando chega a hora...bom, até se nos deu uma coisa. “Dois chocolates quentes e dois travesseiros sff”. ORGASMO. DUPLO de passagem. Aquilo sim é um lanche.
Dica 9: Soprem no raio dos travesseiros se não quiserem falar sopinhademassa durante o resto do dia, e sabemos todos que quando isso acontece, o sexo acabou-se.

E assim foi. Acabou o dia. De seguida, foi voltar para a realidade. Para casa.
Foi um dia Glorioso. Um dia que se tivesse sido planeado melhor, não teria corrido tão bem. Foi quase perfeito, não tivesse estado eu com aquela monga o tempo todo a melgar-me. Mas pronto...até lhe dou um desconto e tal, que a gaja até é fixe.

Pois foi...foi um dia Glorioso.

Sitra e Porcas 4ever.
Represent!

sábado, janeiro 21, 2006

Eh pá, odeio quando me acontece isto. Ontem à noite quando me deitei, vieram-me ideias gloriosas, verdadeiras pérolas à cabeça sobre o que escrever hoje. E na realidade foi-se tudo como um pum... Mesmo daqueles que damos debaixo dos lençóis e depois tapamo-nos debaixo deles e pensamos: "OK, já era altura de fazeres uma dietazinha... Assim não arranjas marido, não..." Sei que ia falar sobre a senilidade do Mário e da macilência do Aníbal, que ia apelar ao voto em branco, mas na realidade foi-se tudo! Mas que merda de vida... Desconfio que senil estou eu... Esperem, sendo assim, já me posso candidatar! Glória divina! Abençoaste-me!

Assim sendo, só me ocorre falar da minha ida a Sintra hoje. Confesso que tenho 25 anos e que foi a primeira vez que fiz uma visita a Sintra. E tenho que dizer isto: que vergonha, onde raio tinha eu a cabeça para nunca lá ter ido antes?
Sinceramente, acho que o Éden perdido foi encontrado por mim hoje (e mais uma gaja muita ranhosa e melga que se cola sempre a mim). Cada recanto, cada esquina, cada rua tem o seu encanto. Fiquei deveras maravilhada. E as paisagens, como acima se pode ver, a partir do Palácio da Pena são indescritíveis. Quase me vieram as lágrimas aos olhos. E é tudo tão verde, tudo tem musgo, o arvoredo é cerrado... Mesmo a pedir uma rapidinha com a cara metade!!
E também chorei quando parei na Periquita e comi um travesseiro de Sintra e bebi um chocolate quente. Confesso que tive um orgasmo múltiplo. Qual vibradores qual quê!
A parte mais recheada de comicidade foi quando eu e a melga que foi comigo decidimos descer do Palácio da Pena até à vila a pé... Estamos em Janeiro, e a humidade é tão elevada, que cobre o chão de uma película extremamente escorregadia de água... Conclusão: íamos dando uns valentes bate cus, e tivemos que desistir da ideia e ir de bus, tal qual duas mulas gordas e anafadas... Antes gorda, que de cabeça partida. Porra! Apanhei cada cagaço!

Por isso vos digo: se há algum mentecapto como eu que nunca lá pôs os pés, façam a vontade a vocês próprios e visitem aquilo. É uma tarde maravilhosamente passada e bem aproveitada. E se tiverem um pouco de sorte, apanham um dia óptimo como eu apanhei hoje!!!

PS: e quero dar as boas vindas ao Dr gozador por se ter juntado ao nosso blog. Agora minha besta vê lá se escreves alguma coisa que já estás a meter nojo. Estás aqui estás a levar com uma lamparina no focinho!

sexta-feira, janeiro 20, 2006

As quadras d'ele (I)

Em noites calmas, serenas
Quando passeia o luar,
Pára sempre à tua porta
E encosta-se a chorar...

E eu que passo também
Na minha dor a cismar,
Paro ao pé dele e ficamos
Abraçados a chorar!

As quadras d'ele (II)

De rastos ando a beijar
A terra que andas pisando;
Vale mais assim andar
Que longe de ti, penando.

A minha boca é feliz
Por essa terra que beija
Quero andar ao pé de ti
Mesmo de rastos que seja!

Florbela Espanca

PS: e eu a pensar que estava mal...

Espaço "Memórias de 2005" - Acontecimento 001

O cenário é: Karalhoke.
O Ano 2005.
A voz...a Dele.

Sorrisos.
Gargalhadas.
Danças e Márcaras.
...e gaivotas claro.

Começa uma música nova.
Ele, pega no microfone. Enche os pulmões.
Canta!

Subitamente: concentra-se - lê - e exclama:


Momento Glorioso.

quinta-feira, janeiro 19, 2006


Também eu cresci a acreditar em contos de fadas. Naquela alma gémea que havemos de encontrar. Naquela pessoa que nos aceita como somos e gosta dos nossos defeitos. Que ama o que nós mais odiamos em nós. Que basta um olhar e de repente ouve-se uma orquestra de instrumentos de corda por perto. Foi-nos inculcado que príncipes "andem" aí.

Entretanto... Crescemos. Apercebemo-nos que somos um grão de areia na praia que é a população mundial. Que todos têm defeitos e feitios. Que a Cinderela podia ter uns pés lindos, mas aposto que tinha celulite no rabo e hálito a cebola. Que a Ariel cheirava a peixe (et je dirais même plus: cheirava a partes da frente, bacalhau...). Que a Branca de Neve não deve ter sido santa nenhuma com os sete anões... E afinal, a bruxa má devia ser uma leoa na cama...
Que somos meros mortais, sujeitos a descontroles hormonais, emocionais e demais desequilíbrios temperamentais. E com tanta gente a sofrer e a morrer de fome neste mundo, só me pergunto isto: porque carga de água é que eu haveria de ser uma sortuda do caraças e encontrar a minha alma gémea? O que tenho eu a mais que os outros? Afinal, que roleta russa de vida é esta que uns choram porque não têm que comer, e eu choro porque não encontro O TAL? Apenas tenho que dar graças de estar viva, e ter a esperança de acordar amanhã. Príncipes... Venham eles. Alma gémea... Se não vieres, azar. Muito tenho eu, e sinceramente sinto-me mal em queixar-me...
Mas queixo-me... Porque sinto um vazio. Afinal de contas, nasci gaja a ouvir contos de fadas.

Mas afinal... Sonhar alguma vez fez mal? Se não temos sonhos, desistimos? Desleixamo-nos, conformamo-nos? Uma boa dose de sonho é o que afinal nos alimenta e nos leva a procurar mais além. Faz-nos cometer loucuras que nos fazem sentir vivos. Podemos cair e partir o coração, mas que melhor forma de nos sentirmos vivos do que uma alegria imensa seguida de uma desilusão enorme ou vice versa? Pelo menos o coração bate e não se torna pedra.




É engraçado como as crianças crescem idealizando algumas situações relativas ao seu futuro. Eu quando era pequena por exemplo achava que não tínhamos que trabalhar para viver. Achava que as pessoas que via na televisão a fazer programas é que tinha que pagar para lá estar, e não ao contrário. Achava que o meu Pai é que tinha criado a maior parte das músicas que ouvia como Simon&Garfunkle ou os Beatles. Achava que os desenhos animados eram personagens de um Mundo paralelo ao nosso, mas que de facto existiam fisicamente. Mas sobretudo acreditava e idealizava que iria um dia encontrar um homem enquanto passeava no meio de um bosque maravilhoso com a doce luz das 17h, e que de repente eu olhava para cima, e ao cruzar os nossos olhares por dois segundos tudo iria acontecia. Magic time. Le coup de foudre. Love is in the air.

Cresci acreditando que a vida era um Conto de Fadas. Erro comum. A maior parte das mulheres acha isto. (Os homens não sei, confesso que ainda não entendi o que se passa na mente deles, mas também acredito que nunca irei perceber... o que pode ser engraçado, isso porém é outra questão.)
Na minha infância a Cinderela era desprezada e posta de parte, mas um dia um homem viu nela mais que uma rapariga com roupa rasgada e desempregada. Perdão, não é um homem qualquer: um Príncipe.
A Bela Adormecida, quando vivia na ilusão de que era uma pobre rapariga do campo, e encontrou um homem no bosque, apaixonou-se e vice-versa não devido a bens materiais ou motivos alheios, mas porque SIM. Porque era para ser. Ah...este também era um Príncipe, mas isso são só detalhes.
A Pequena Sereia é o extremo, não só era uma plebeia, mas uma freak. Uma sereia que por amor, abdica quase da sua identidade, e arrisca tudo para o amor. Mas não um amor qualquer, um amor que era para ser, com o Eric que ela sabia ser o homem da vida dela. O Príncipe da vida dela.

Mas onde raio é que eu quero chegar? Bom...se estás a ler isto e és gaja já topaste a milhas. Se és gajo, vamos lá ver se aguentas até ao final do texto e percebes o que quero dizer com isto tudo...pode ser que aprendas um pouco mais sobre a mente (doente) de uma mulher que não é assim tão diferente de muitas outras.

A vida não é um Conto de Fadas. Os homens não são todos Príncipes. Se tiveres roupa rasgada, és desempregada, não tens atitude para enfrentar a tua madrasta e as sua duas filhas horríveis, se vives com 7 anões, se tens uma cauda, enfim, se és freak por natureza, podes ter a certeza que a probabilidade que um homem te queira é inferior a seres atingida por um raio. Se se tratar de um Príncipe Encantado, então triplica isso por mil.
Crescemos acreditando que sim, e iludimo-nos. Faz parte da nossa natureza já. Quando uma história não nos corre bem, pensamos: "sim, mas é obvio que depois ele vai se aperceber do que perdeu quando acabou comigo, e encontra uma maneira maravilhosa de me reconquistar e acabamos por nos juntar de novo felizes para sempre".

Não.
Isto não acontece.
Isto só acontece nas imagens. Cai na real.
Se isto te aconteceu, vai para Hollywood vender a tua história que passas a cagar dinheiro também, para completar o teu Conto de Fadas. A realidade é crua e é mesquinha meus amigos. Se não entras num padrão de características específicas, o dito KIT da mulher ideal, conhecer pessoas é difícil. Conhecer pessoas interessantes é inimaginável. Conhecer pessoas interessantes que se interessem por ti... é surreal. Conhecer o Príncipe Encantado é impossível.

Então porque acreditamos? Porquê que leio isto tudo que escrevi e apesar de acreditar em cada uma das frases aqui escritas, continuo a pensar que apesar de tudo há-de acontecer algo de mágico um dia que me vai fazer acreditar que não? Que afinal a vida é um Conto de Fadas. É o bichinho da criança em mim que agarra a ilusão dos desenhos animados? Ou será a mulher adulta em mim que quer desesperadamente acreditar que algo mágico possa acontecer num dia a dia tão privo de relações maravilhosas e mágicas? Acho que são ambas. O mundo de hoje tornamo-nos frias e calculadoras, pouco espontâneas e irritadiças. Precisamos de acreditar em algo de mágico. Precisamos de viver uma fantasia. Precisamos de acreditar que um dia iremos viver felizes para sempre...nem que seja na nossa cabeça.

É caso de dizer: foda-se...!

terça-feira, janeiro 17, 2006

Dizem que as mulheres são complicadas. Que têm mudanças de humor. São diabólicas. Maquiavélicas. Sim, é tudo verdade. Somos. Vim-me a aperceber que sim.
Usamos indirectas. Fazemos avisos velados. Muitas vezes quando dizemos algo, é preciso ler nas entrelinhas. Sarcasmo é o nosso rei, ironia é a nossa rainha.
Mas não é difícil entenderem-nos. Compreendo no entanto que um pobre mortal como o homem não nos entenda. Afinal o seu cérebro foi dividido em dois. Uma parte para cima, e uma parte lá para baixo. O seu raciocínio é linear. Simples. O nosso não. É retorcido. Curvilíneo, como o nosso corpo. Oscilatório como as nossas hormonas. Quando eles dão 3 passos no pensamento... Já nós demos 10.
Não estou com isto a querer dizer que os homens são estúpidos. Longe disso. Apenas têm uma percepção das coisas e uma sensibilidade diferentes.
Guiamo-nos com o coração. Somos inseguras como uma gazela perdida na savana. Mas se nos sentimos bem, somos agressivas como uma leoa.

domingo, janeiro 15, 2006


Meus caros amigos... Isto hoje foi uma Odisseia digna de Homero. Uma autêntica Ilíada. Fui eu toda lampeira a um centro comercial com os meus pais, contente por arejar um pouco a cabeça e por poder comprar um CD de música do qual andava à procura há muito tempo e que por coincidência encontrei. Imaginem a minha cara radiante. Pensei: o dia não começou de forma extraordinária, mas promete... E oh se promete...

Chegou a hora do jantar, e fomos nós comer um prato de massa e sentar naquelas mesas comuns a todos os restaurantes dos centros comerciais. Coisas do século XXI. De repente, tal qual embuscada de mouros, vêem três ricas criancinhas esconderem-se para perto de nós. O problema foi que não se limitaram a esconder e a correr, que isso a mim não me incomoda nada. Caiam e partam os corninhos, a ver se eu me ralo; os pais que se preocupem. O problema foram os guinchos demoníacos, os gritos dilacerantes que jorraram daquelas boquinhas tão pequenas. Não exagero quando digo que pensei que tinha morrido e ido parar ao inferno. Os tímpanos tremeram e estiveram no limite do estouro.

Os meus pais e eu, incomodados obviamente com tal motim descontrolado durante a janta, começámos a dizer-lhes para irem para longe, ou para pararem de berrar. Mas a histeria era de tal forma descontrolada que nem nos ouviram. Pessoalmente, devem-me ter apanhado num dia mau. Deu-se-me um pico no cu, dei um pulo da cadeira e fui ter à mesa da família Satanás. Com muito bons modos, disse a uma senhora que lá estava que as crianças de facto estavam a berrar na zona em que estávamos a comer, e que isso nos incomodava. Resposta: "as crianças não são minhas". Irritei-me, mas disfarçando perguntei: "então de quem são aqueles querubins?" Um casal olhou para mim, e eu mais uma vez com bons modos disse: "as crianças de facto estão a berrar na zona em que estávamos a comer, e isso incomoda-nos". Olharam para mim, como se eu tivesse falado em russo, assim com cara de boi a olhar para um palácio e resposta: "Mas e então? Não percebo o problema". Ocorreu-me: não te enerves, estás a falar com gente pouco dotada de cérebro e de encéfalo... Voltei a dizer muito devagar e pausadamente com cara de quem está a falar com atrasados mentais: "as crianças de facto estavam a berrar na zona em que estávamos a comer, e que isso nos incomodava". Resposta, ainda com cara de boi, mas já com tom pouco amigável: "Mas estamos num centro comercial!" Ao que eu respondi: "E então?" A minha vontade foi dizer, que nem mesmo num curral, que de facto parecia que era onde estávamos, isso seria tolerável!

Portanto, parágrafo à parte, uma pessoa num centro comercial pode fazer o que lhe aprouver. Pode berrar e guinchar aos ouvidos dos outros. Pode puxar cabelos. Pode defecar no meio das mesas. Pode pisar pés. O que quiser! Argumento: estamos num centro comercial! Bem vindos mais uma vez ao século XXI.

Responderam-me então: "Mas o que quer que faça? Que prenda as crianças?" Aí exaltei-me, perdoem-me, mas de facto não me contive. Tive que falar alto e dizer: "eu só sei é que EU não TENHO que aturar as crianças dos outros! Era O QUE ME FALTAVA!" E tive que virar as costas e ir embora. De facto o ambiente já tinha azedado q.b.

Eu só apelo a isto. A Europa está a envelhecer. É um facto. Temos que procriar. Mas meus caros amigos. Há que educar as crianças e ter cuidado para que elas não incomodem os outros. A minha liberdade acaba onde começa a dos outros. E se eu tenho cuidado com isso é bom que tenham também cuidado comigo! Senão... Temos o caldo entornado. Lá por serem crianças, não desculpa. Bem sei que os paizinhos têm sempre a tendência de achar muita gracinha ás macacadas da sua prole, mas o que é facto é que eu não acho nem graça nem tenho paciência para aturar más educações e berros. Se fôr preciso, educo-as eu à estalada, o que de facto gostaria de evitar. Estaladas tanto para as crianças como para os paizinhos, que são os verdadeiros culpados! Os meus pais educaram-me com cuidado e tendo sempre em consideração o espaço dos outros. Porque assim, também eu tenho crianças... É só largá-las como se largam os touros em Espanha e os outros que se lixem, não? De facto temos que mudar as mentalidades, senão não vamos longe. E frase cliché: e depois admiram-se que o país esteja como esteja, mas com gente malcriada desta a dominar, não podíamos ir longe!


A vida é dura. As coisas são assim e pronto.
De facto há dias em que penso "mas porque tenho eu que aturar doidos", ou "porra, agora vai acontecer mais o quê para isto ser ainda pior", ou ainda "olha que merda, deixei as cuecas outra vez na casa do João"...mas isto são só momentos. Momentos variados numa vida de uma adolescente de 26 anos, perdida no meio de uma selva de pilinhas virtuais. Sim, porque hoje as melhores aventuras já não são feitas cara a cara, corpo a corpo, ou cú a...coiso. Não. Agora, tudo é cibernético. Qualquer dia existem preservativos para por no ecrã do pc. Qualquer dia as teclas dos teclados dos meus amigos ficarão coladas.

A vida é dura de facto. As coisas continuam assim e pronto. Eu continuo a dizer que enquanto houver nutella, a vida só pode melhorar. Quem inventou esta maravilhosa combinação de leite, chocolate e aquelas coisinhas que não sei o nome, mas não são nozes são...aquelas coisinhas que não sei o nome, é um génio.

As utilidades da nutella de facto são inúmeras. Por vezes quando estou sozinha em casa...triste, deprimida...lembro-me subitamente que na minha dispensa existe um frasquinho de nutella, e a vida sorri de novo. Ahh...as mil utilidades da nutella. Escusado entrar aqui em detalhes de onde se barra esta deliciosa mistura achocolatada. Vocês, ôh meus perversos, devem já ter espalmado umas boas nutelladas onde eu cá sei com quem eu cá sei...ah pois é...não há aqui santos.

Fica aqui a minha ode à nutella, pequena grande invenção para mulheres e homens modernos, nos dias de hoje, que procuram a álma gémea, e enquanto não a encontram pode se divertir a barrá-la onde quer que seja.

Nutella - para os teus momentos mais carentes.

Bem, de facto a linguagem quer escrita quer visual... Abandalhou-se... Eu acho piada. Tenho uma imaginação fértil para as obscenidades. Para o calão. Para o que é baixo. Claro que tudo tem limites. Mas se uma pessoa se sabe comportar quando deve e onde deve, porque não há-de estar descontraída a dizer asneiradas com os amigos? Porque tem que ser sempre julgada com um olhar? De desprezo... De nojo... Não ofende ninguém! Penso eu... Mas afinal... Quem sou eu?
Será que dizer certas coisas... Deveriam levar a um estudo intensivo psicológico? Eu apenas me divvirto e tento divertir os outros. Por isso, quem vem atrás, que feche a porta!

sábado, janeiro 14, 2006

Bem, ontem estava eu a mudar de canal, quando me deparo com a série Bocage da RTP1... E onde ouvi o melhor e mais glorioso insulto da minha vida... Então aqui vai: "Cheiras a entre pernas..." Alguém por ventura consegue dizer melhor que este? Para mim está em primeiro lugar dos tops dos insultos! GLORIOSO!

"Não lamentes, oh Nise, o teu estado;
Puta tem sido muita gente boa;
Putissimas fidalgas tem Lisboa,
Milhões de vezes putas teem reinado:

Dido foi puta, e puta d'um soldado;
Cleópatra por puta alcança a c'rôa;
Tu, Lucrecia, com toda a tua prôa,
O teu cono não passa por honrado:

Essa da Russia imperatriz famosa,
Que inda ha pouco morreu (diz a Gazeta)
Entre mil porras expirou vaidosa:

Todas no mundo dão a sua grêta:
Não fiques pois, oh Nise, duvidosa
Que isto de virgo e honra é tudo pêta."

Bocage

sexta-feira, janeiro 13, 2006



Eu tenho a dizer que...não sei não...não sei onde vamos parar. Porcotte Pink fala-me de Camões, e da Luta contra a desflorestação...e eu...vou à net à procura de coisas inteligentes para me inspirar e dou de caras com uma águia e um castor. Primeiro pensei: bom, isto é uma cobra e uma rata...mas não. É uma águia e um castor. Eagle and Beaver. Será que beaver em inglês é como rata para nós? (Isto sim são perguntas pertinentes Porcotte...aprende sff!)
Agora...vamos lá ver uma coisa: COMO é que conseguiram fazer com que a Águia erguesse o pescoço assim? E para a pintar? Ou será que pintado-a é que se ergueu? (É um pouco a questão do ovo e a galinha...eu tenho destas inteligências por vezes)
E os dentões da Castora...? Aquilo parece-me um bocado falso...mas pronto, o nariz devo dizer que está estrategicamente bem colocado.
Acho que enquanto houver anúncios a lembrarem as pessoas que existem alcunhas para as partes da frente e detrás das mulheres como águia e castor, temos esperança de um dia combater a luta contra a fome, desflorestação, analfabetismo, racismo....tudo.
Se o 50cent tivesse feito de águia é que era...precisava ele sozinho só de um outdoor daqueles gigantes...qual página de imprensa, qual carapuça yo!

(Bom, já agora, a campanha é para preservativos, piadas à parte...tem um objectivo inteligente.)

domingo, janeiro 08, 2006


Camões, caro Camões... Se visses como andam a assassinar a tua língua, nesta ocidental praia lusitana, até perdias o outro olho! Não dês mais voltas no túmulo que não vale a pena. Quanto mais estúpidas as massas forem, mais fáceis são de controlar e assustar...


Bem, meus caros amigos... Mais de 50% da floresta tropical... Se foi. O que eu me pergunto é isto: quando não tivermos mais ar para respirar, terá mesmo valido a pena? Que moeda é que nos vai salvar? O dólar? O iene? O euro? Sinceramente, por essa altura bem podem limpar o rabo com as notas porque já pouco mais valem que papel higiénico... E pessoalmente não consigo respirar moedas. Se calhar tenho uma deformidade física qualquer, não sei.
E estou apenas a mencionar o ar. Nem começo a falar de plantas, animais e àrvores que estão perdidas para sempre. Enfim, assim vão as pessoas, atrás do que não interessa. Em busca do dispensável. Tem um bom carro? Uma boa casa? Um emprego de sonho? Férias fabulosas? Sem ar meus caros, de pouco vale...

sábado, janeiro 07, 2006


Eu só tenho uma pergunta a fazer... O que é o Plano Tecnológico? Mas afinal quais são as medidas concretas do Plano Tecnológico? Mas qué isto? Qué isto?
Bem, passando a assuntos igualmente importantes, já que a minha cara amiga tocou no assunto... Mas vamos lá com Deus... Só porque se agarra ao nível do joelho a cada 4 batidas e tem uma alcunha de 50 cent, quer convencer o simples povão como eu que tem um apêndice genital de 50 centímetros? Mas andamos a brincar ou quê? Trata-se de facto de um assunto polémico, ao qual me entrego em pensamento cerca de 60 minutos de cada hora... E digo mesmo mais... Esse tipo de música, também eu emito aquando sentada no trono a fazer as necessidades... Ou a ressonar quando durmo... Apelar ao consumo descontrolado, assim como ao consumo de drogas e alcool e ao sexo desenfreado é fácil... Isso também eu sei fazer... O díficil é construir uma melodia que nos faça sentir algo de bom, que nos eleve um grau acima ao escutá-la... Infelizmente, copiar o lixo americano é o que fazemos... Maldita máquina capitalista que devora o pouco de bom que há... Irra!

quarta-feira, janeiro 04, 2006


Pois meus amigos...tenho a dizer que concordo, sim senhora. Perdão. Senhora com S grande, que a Porcotte Pink merece, é uma Lady ela...uma Lade!

Fala-se de apertar o cinto...pois é, eu digo-vos uma coisa, quando aperto o cinto, como uma cidadã inquietada e tal, saem-me gases. É inconveniente, convenhamos. Acho que o nosso Governo não se apercebe deste dilema. O Governo não entende. Pergunto-me eu: Não terão os nossos Ministros gases também de vez em quando? Pois olhem, eu acho que é uma questão muito pertinente, sendo que a resposta é muito clara! A resposta é SIM, têm...mas a nota de rodapé é que eles NÃO precisam de apertar o cinto, daí os gases saírem com a sua fluidez natural quando estão nas toilettes do Parlamento, dos seus escritórios, e debaixo dos lençóis em casa...o que fazem a seguir aos libertarem já é da conta deles.

Eu acredito que o próprio 50cent, o meu grande modelo de Homem, com H grande, também aperta o cinto e que tenha gases. A realidade é que ele faz vídeos onde critica tanto o consumismo, porque no fundo odeia ter que usar aqueles fios de ouro branco, platina e diamantes. É chato, tão a ver o peso que é? Ninguém pensa que o podre do Homem tem ali Kgs em cima...sem contar com os 50cent[ímetros] que tem de carregar nas calças que lhe pesam tanto, que o podre do Homem tem de ir lá com a mão cada 4 batidas da música. É desagradável coitado. Mas o 50cent é usado para mostrar ao Zé Povinho (lá na terra dela é o Joseph Littlepeople) que há possiblidade de um dia nós também sermos assim.

...entretanto perdi-me...esperem, vou reler...

Ahhh o 50cent...bom, isso fica para outro dia, até porque acho que aqui os meus Companheiros têm mais coisas a dizer sobre ele. Havemos de lá ir!

É tempo de crise meus amigos...e eu tou cheia de gases...ah já disse isto, esperem...

Olhem, eu digo-vos uma coisa, e fica aqui dito...quem vos avisa, vossa amiga é: “Deixem de ter pena de vocês próprios”.
E acho que ficou tudo dito. Frase dita por uma grande pensadora dos nossos tempos, futura psicóloga de futuros casos perdidos do Júlio de Matos...essa se apertasse o cinto até implodia a terra! -- “Hein? Quem disse isto?”

PS: Oh Porcotte Pink...não és o único mexilhão deste País...nunca te esqueças que há sempre o mexilhão barbudo!!!

terça-feira, janeiro 03, 2006

Meus caros amigos! Tenho que partilhar isto, perdoem-me... Falam-se em tempos de crise... De apertar o cinto... Mas o que eu vejo, são carros topo de gama, télémoveis de última geração na mão de putos que não sabem o que custa a vida, viajens a sítios paradisíacos, e compras de casas caríssimas que não estão à mão de qualquer bicho careta... O que me pergunto é: mas afinal eu sou o único mexilhão deste país? Anda Daffy, vamos embora que isto é tudo uma aldrabice!

segunda-feira, janeiro 02, 2006