sábado, novembro 03, 2007

Não gosto de longas e penosas despedidas, por isso...


"Say bye-bye Shoogirl..."
- Bye bye Shoogirl.

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segunda-feira, outubro 15, 2007


- Já escolheu?
- Sim, sim...
- Faça favor.
- Ora bem, para começar pode ser um apartamento de três assoalhadas novo em folha, espaçoso, com vista para o oceano. E como contorno quero uma varanda habitável.
- Deseja com, ou sem estacionamento?
- Com, por favor. A seguir quero... podem ser 10 doses do meu ordenado.
- Líquido?
- Líquido. Mas se puder ser, no final, acrescente mais um zero. Fica logo com outro gosto.
- Apenas um Senhora?
- Sim, acho que por enquanto pode ser. Mas se depois mudar de ideias posso sempre pedir, certo?
- Certíssimo minha senhora. E para acompanhar? Posso sugerir algo?
- Diga...
- Aconselho o nosso modelo italiano, 30 anos, boa colheita. Acabadinho de chegar, tão doce e macio que derrete na boca.
- Hmmm... sim, mas se calhar é demasiado doce. Eu não sou muito de doces. Se calhar algo mais fresco...
- Temos sempre o modelo alemão, 24 anos. Exterior glacial, mas interior fondente. Uma mistura explosivamente saborosa, e de arrepiar.
- É isso mesmo. Perfeito.
- Depois no final passaremos com o carrinho dos extras.
- Muito bem. Mas veja lá, guarde uns hectares daquela ilha.
- Claro Senhora. Vou já tratar do seu pedido, fique à vontade. Até já, e um bom resto de jantar.
- Obrigado. Até já.

terça-feira, outubro 09, 2007

Se estou viva? Já nem eu sei... Não sei ás quantas ando e já esqueci tudo o que andou...

Não me lembro onde fiquei e não me lembro do que correu.

Muitas coisas más, algumas boas, o normal mais frequentemente.

Encontrei a paz absoluta finalmente. A paz de espírito, a paz do coração e a paz do corpo.

Depois de uns meses infernais, a bonança. Mais do que merecida. Mais do que precisada. Mais do que necessária para manter a sanidade mental.

Gostava de ser mais relaxada. Gostava que as coisas, pessoas ou situações não me afectassem tanto. Mas afectam. É triste mas verdade.

Enfim, vamos a ver até quando dura a paz.

quarta-feira, outubro 03, 2007


Quando eu era pequena queria fazer filmes.
Depois cresci, tornei-me publicitária, e hoje em dia faço filmes.
Na minha cabeça.


nesta obra a autora tenta mostrar o seguimento de uma raciocínio perdido às 18h24, por entre ventanias, adjectivos soltos e papéis esvoaçantes, e a importância dos tons de sepia
no meio da nossa vida

terça-feira, setembro 11, 2007

O ritual das minhas manhãs,
na Agência, consiste em:



(são estes os posts realmente interessantes)

segunda-feira, setembro 10, 2007

Confissão do Dia:

Ando (relativamente) viciada em horóscopos. O que é que isto quer dizer? (perguntam vocês)
Ora bem, existe um estranho mecanismo que desperta em mim todos os dias, que quer saber coisas a mais, que precisa e pede respostas. Estranhamente não desperta de manhã ao acordar, mas antes ao anoitecer, quando (já disse, estranhamente) acaba um dia e estás prestes a começar outro.

O meu lado mais racional (aquele mesmo que diz abranda quando estou na auto-estrada, ou pára de beber quando vou sair, ou... bom, adiante...) ri-se às gargalhadas com este meu novo vício. Faz-me ver o absurdo, e eu: concordo. Apesar disto, por algum motivo, lá vou eu todas as noites ver os meus 4 (sim, leram bem q-u-a-t-r-o) sites, e se o que lá estiver for positivo fico bem disposta, senão lá vou eu ler os outros todos para angariar algo de bom que me possa influenciar o amanhã.

Ridículo. E mais ridículo ainda é eu ser daquelas pessoas que tem como filosofia de vida Viver o Presente, e não querer de todo saber o Futuro, até porque acredito que ele é totalmente moldável pelas minhas atitudes, no agora.

Absurdo. Releio isto e não me revejo minimamente, é o que vale. Pelo menos sei que ainda guardo em mim um pequeno fragmento de sanidade mental (do tamanho de um pevide praí). Prometo parar o mais rapidamente possível, mas como qualquer drogada em momento de lucidez achei por bem partilhar isto.

O meu horóscopo bem dizia que hoje ia ser revelador de intimidades... ou era que a minha vida se ia tornar intimamente relevante?... ou tornar intimidativamente reverente?......

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terça-feira, setembro 04, 2007

Desde o post até hoje foram dias de campanha infernal.
Amanhã é a noitada final.
A seguir a isso, não só entro em nirvana,
mas vou poder postar de novo.

(como quem diz, não morri... apenas cheiro mal porque não tenho tempo sequer para me coçar, muito menos me lavar...)


quarta-feira, agosto 29, 2007


Passou... muito tempo.

A última vez que escrevi aqui, estava quase a meio do meu estágio profissional, tinha o verão em vista e umas possíveis férias, um pseudo-namorado a quem não se lhe podia chamar assim e aqueles meus dilemas e crises existenciais.

O que aconteceu? Porque não voltei mais? Por onde andei?

Ora digamos que tudo começou quando o meu namorado me deixou. E a partir daí foi bola de neve. Ligou-me numa Terça, e disse-me que não conseguia mais viver isto assim. Eu cá, ele lá, e a outra gaja pelo meio. De seguida foram os band-aids do momento. O P. o F. o L. e o M. e mais não houve porque foi pouco tempo. No final desses todos, surgiu um último, o J. Este, deu a volta à minha vida. Em menos de um mês, dei por mim apaixonada, quase a ir viver juntos, em almoços de família de uns e outros, a planear um possível casamento... eis-se-não-quando (gosto de escrever isto assim) pop aparece a surpresasita: um brinde. Um pequenote. Um pequeno J. De repente os mil e trezentos planos da minha vida caíram num saco roto, abandonados pelo caminho dei por mim a imaginar uma vida totalmente diferente. O fim da possível ascensão na carreira, pelo menos no imediato. O possível, e eventual, casamento. Uma reviravolta como nunca teria imaginado a um mês atrás. O mundo de repente ganha outra cor, som, sabor... é amargo. E isto é um facto.

Como podia eu escrever no blog, com isto tudo a acontecer na minha vida?

Se estivesse aqui o meu amigo João diria que sou uma *censura* insensível, que estas coisas não se fazem. Tem razão, mas queria relativizar o que se passou: a verdade é que nada disto aconteceu. Só queria mesmo que o silêncio fosse perdoado pelos que sentiram falta (tipo aquelas cartas que passam nos mails do puto que escreve aos pais, que tudo ardeu em casa mas se salvou?)... e porque de vez em quando sabe bem aquele murro no estômago de notícias assustadoras todas de repente. Ou não?

Vamos lá ver se isto do silêncio acaba.
Já agora: a Miss Porcotte não tem net porque mudanças de pocilgas (... se bem que agora é casa de luxo, em nada se assemelha a pocilga) dá nisto. Assim que pode, diz que volta a escrever. Pessoalmente, aguardo as descrições suculentas das mudanças. Hmmm... acho que me vou arrepender de ter dito isto. De resto, pessoal amigo blogueiro: tenho ido ler religiosamente os vossos blogs. Comentários é que não, mas tenho apreciado muita coisa. A ver se volto a fazer o maldito sign-in, e comentar as vossas pérolas. Vá... até já.

terça-feira, julho 17, 2007

Como descrever aquilo porque passei nos últimos 3 meses? Muitos irão pensar que somos duas princezinhas mimadas e mal-habituadas. A vós que pensais isso só vos poderei mandar cagar, com todo o respeito que merecem. Para além do mais descrito é diferente de vivido. Muito stress e caganeira de nervos correram nestas passadas semanas...
Ora bem, há cerca de 3 meses atrás a minha colega e eu começámos a procurar casa... Ela porque já não suporta viver na residência universitária e eu porque já não aguento viver com a minha senhoria.

A coisa estava difícil. Desde casas com paredes nojentas, alcatifas nojentas, chão nojento, tecto nojento, enfim tudo nojento, a quartos mínimos só com uma cama e mais nada mas a pagar o coiro, até a caves a cheirar a mofo e com humidade a rasar os 100%. Sempre tudo a pagar o cu e três tostões obviamente. Isto sem contar com a localização das casas que muitas das vezes é no cu de Judas e fora de mão para nós... De salientar também que infelizmente o nosso campus universitário é fora de mão e o acesso com transportes não é o mais brilhante, mas enfim. No geral vimos casas que nem a porcos convinham.

Um dia vimos uma que gostámos. Isto depois de ver mais de 20 sem exagero. Era limpa, pintada de fresco, com azulejos novos na casa-de-banho e isto pelo mesmo preço que as pocilgas que víramos até ali. Tinha-nos calhado a sorte grande. Pensaram as estúpidas...
Ficámos todas contentes e ao falar com a agência disseram-nos que o processo de escolha pelo senhorio demorava pelo menos duas semanas (o senhorio é que escolhe quem lá vive dependendo das referências). Ora nós na semana seguinte íamos a França e por isso ficámos de deixar a papelada na semana a seguir a voltar.
De salientar que tinhamos que encontrar um sítio antes de eu voltar a Portugal porque quando eu volto para cá, a minha colega vai para a Austrália e depois era tempo de sairmos das respectivas casas em que estamos neste momento. Por isso era preciso encontrar uma agora.
Ora bem, a viagem a França foi boa. A primeira noite foi passada no aeroporto de Prestwick no meio do nada com polícias de metralhadora por causa daqueles cretinos que decidiram enfiar um carro pelo aeroporto de Glasgow. Se metessem mazé a merda do carro e das bilhas de gás pela bilha acima faziam melhor serviço, mas enfim...
Ás duas da manhã quando finalmente tínhamos adormecido mandam-nos mudar de sítio para onde já não havia lugares nenhuns nas cadeiras porque estavam todas ocupadas por pessoas. Toca de nos deitarmos no chão e dormir, eu e as minha 5 colegas. Amaldiçoei tudo... Tenho dinheiro que chegue para viver bem e sujeito-me a estas merdas. Honestamente estou velha para isto. Gosto de conforto, perdoem-me... Para mim cama e uma casa-de-banho são essenciais... Ás quatro da manhã toca a levantar para o check in: horas de sono praticamente nenhumas. A semana em França começa bem...

Lá apanhamos o avião às seis da manhã. Ryanair aqui vamos nós. Foi um voo bem agradável embora odeie companhias baratas confesso... E confesso que odeio voar. Ossos do ofício infelizmente.
Chegamos a Marselha e um calor de morte. Já não estávamos habituadas aquilo depois de quase um ano em Edimburgo: toca a despir finalmente e a pôr roupas de verão.
A semana foi muito bem passada em Aix. A parte velha da cidade é encantadora e eu e a minha colega gozámos bem a semana a pensar que finalmente tinhamos arranjado uma casa boa e que era nossa uma vez que tínhamos sido as únicas a mostrar interesse pela casa desde que ela tinha sido posta no mercado. Fomos à praia em Cassis onde tomámos o primeiro banho do ano. Enfim, embora tenhamos tido bastante trabalho nessa semana, também foi bem aproveitada ao máximo, sem preocupações nem nada! São mesmo ingénuas estas duas cretinas...





- Cassis


Na sexta, aeroporto de Marselha para o retorno.


Caguei-me toda nas cuecas com a perícia da merda do piloto da BMIBABY... NUNCA mas NUNCA mais voo naquela companhia. O cabrão não conseguia manter o avião direito nem na pista nem durante a descolagem toda. Nunca na minha vida tive uma descolagem tão má. A aterrar oh minha nossa senhora que me borrei toda outra vez. Desde uma velocidade completamente descabida a aterrar, a não conseguir manter o avião direito outra vez... Deve ter dado cabo dos pneus com a travagem. Não sei onde é que estas bestas aprendem a voar. O que é certo é que pouca pista havia à nossa frente quando aterrámos, mas enfim.
Chegamos a Brimingham e toca a esperar mais umas horas para o outro avião da BMIBABY para Edimburgo. Atrasos de horas, nós podres mas podres mesmo. Avião finalmente, a mesma merda de descolagem (mas não tão má) mas para compensar uma aterragem ainda pior que a primeira. Sobrevivi. Sobrevivi a dois voos da BMIBABY no mesmo dia...
Chego a casa podre, mas podre de todas as horas de falta de sono, das correrias. Mas pronto, foram boas faltas de horas de sono e por bons motivos. Quando se está no estrangeiro nunca se dorme muito para se poder ver o máximo possível.

No sábado a minha colega manda um sms a dizer que a casa já não estava posta na internet... Suores frios... Se a casa se tinha ido só tinhamos 2 semanas para encontrar outra. Tinhamos demorado 2 meses a encontrar a que queríamos... Não podia ser verdade... Não quisemos acreditar, inventámos desculpas para o sucedido.

Na segunda-feira balde de água fria: o processo tinha sido posto em andamento e já não íamos a tempo. Pedi a todas as forças da natureza para que as pessoas que ficassem com a casa dessem cabo dela, tal foi a raiva que senti e a impotência de não poder fazer nada.

Numa semana vimos uma média de 4 casas por dia. Os preços tinham baixado, mas continuávamos sem encontrar casas com quartos do mesmo tamanho, com uma sala razoável, limpos e com casa-de-banho sem meter nojo. Chegou segunda-feira (ontem) e decidimos acabar com aquilo. Já não aguentávamos mais. Escolhemos uma casa num sitío razoável, com tamanhos razoáveis, dentro do possível e limpinha. Tentamos telefonar à senhoria: nada... Tentamos e tentamos. Deixamos mensagem, nada. Esperamos duas horas, nada. Voltamos a tentar: nada. Acabamos por escolher outra casa como último recurso, e damos à mulher até à manhã seguinte para nos dizer qualquer coisa. Á noite tento outra vez: telemóvel desligado. Na manhã tento outra vez: ligado mas nada...
Enfim, ia mesmo ter que ser a casa de recurso. Não era má de todo embora ligeiramente fora de mão. Um dos quartos era bastante pequeno mas sempre dá para trocar o quarto com a sala e ficar com dois quartos grandes e uma sala jeitosinha. O hall de entrada também era bom, sempre dava para lá pôr coisas. Do mal ao menos, já nos estávamos a habituar à ideia de ficar com aquela casa. Aliás, já estávamos a ficar entusiasmadas com a ideia.
De manhã depois de falar para a agência a dizer que queríamos a casa de recurso, telefona-me a minha colega a dizer que havia gente interessada na casa e que queriam ficar com ela também. Uma vez que isto funciona como o primeiro que paga os "holding fees" é quem fica com ela corremos as duas desencabrestadas para a agência para pagar o devido e ficar com a casa. Foi uma luta até ao último segundo para poder ficar com a casa... Não tivemos um minuto de descanso desde que começáramos a procura. E demo-nos nós ao trabalho de começar a procura com tanta antecedência...

E ficámos com a casa (isto se não houver problemas com as referências, que com a minha sorte da merda já nada me espanta).
E enfim, a parte positiva é que finalmente fiquei a conhecer os cantos todos de Edimburgo pelo que andei feita tresloucada, não sem arranjar bolhas nos pés e dores nas costas e na cabeça. Desconfio que devemos ter visto todas as casas disponiveis na cidade em todos os tipos de prédios. Vimos muita merda, mas merda mesmo e vimos uns razoáveis. Acho que vi de tudo a preços de fugir...
Se o doutoramento não der nada acho que abro uma agência. Depois disto aposto que fazia uma pipa de massa...

segunda-feira, julho 16, 2007

Estou viva...
Juro que estou viva!

E daqui uns dias: oh minha terra que soidades tuas eu tinha!

Até já!


PS: o último Harry Potter (filme) é um bom cagalhão...

quarta-feira, julho 11, 2007

Eye Candy


Existem de todos os sabores, para todos os gostos.

Há quem goste deles insípidos, ácidos, intensos ou amargos.
E depois, há quem prefira quando são doces, muito doces,
até mesmo enjoativos.


Há também quem fique louco com os mais macios com
uma pitada de doçura.
E por cima, quiçá, ainda gostam de lhe acrescentar
uma camada açucarada.

Mas eles, podem ser pequenos e intensos, grandes e macios,
ou duros e saborosos.


São multicolores ou monocromáticos.
E arranjam-se sozinhos, mas por vezes também em grupos.

Há quem diga que comer doces faz mal.
Há quem julgue mal quem prove muitos.


Eu digo que ser um pouco gulosos é da nossa conta,
e estou-me nas tintas.

E mais, como boa apreciadora acrescento que, a meu ver,
é preciso explorar bem todos os sabores antes de se escolher
o nosso preferido.


Sugar rush. É oficial. Começou o período de transição.

domingo, julho 01, 2007

domingo, junho 24, 2007

Kodak Moment



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quinta-feira, junho 21, 2007

Vamos lá pôr um ponto final nisto.
E depois, bola para a frente.
E depois, nova atitude.

Ninguém vai entender.
Mas também, ninguém precisa.
Ou quase ninguém.

Hoje acordei: um ano depois.
E é isto que quero dizer.
Depois, vou me calar por uns tempos.

Até já :)

Sai, la gente e' strana
Prima si odia e poi ama
Cambia idea improvvisamente
Prima la verita', poi mentiranno senza serieta'
Come fosse niente

Sai, la gente matta
Forse troppo insoddisfatta
Segue il mondo ciecamente
Quando la moda cambia
Lei pure cambia
Continuamente, scioccamente


Tu, tu che sei diverso
Almeno tu nell'Universo
Un punto sei che non ruota mai intorno a me
Un sole che splende per me soltanto
Come un diamante in mezzo al cuore

Sai, la gente sola
Come puo' lei si consola
Non far si che la mia mente
Si perda in congetture, in paure
Inutilmente e poi per niente


Tu, tu che sei diverso
Almeno tu nell'Universo
Un punto sei che non ruota mai intorno a me
Un sole che splende per me soltanto
Come un diamante
in mezzo al cuore


Tu, tu che sei diverso
Almeno tu nell'universo
Non cambierai
Dimmi che per sempre sarai sincero
E che mi amerai davvero di piu' di piu' di piu'...

domingo, junho 17, 2007

Obrigada.

Pelas danças e conversas.
Pelos sms e telefonemas.
Pela partilha dos engates e paixões.
Pela compreensão e puxões de orelhas.
Pela risota e desabafos.
Por ontem e por hoje.

Porque quando as coisas correm mal,
vês quem é que tens realmente ao lado.
E eu, tenho muita sorte em vos ter aqui.

L. e F. os meus thank you's são vossos.

domingo, junho 10, 2007

Shoogirl que é shoe girl, adora sapatos.

Ultimamente a tara tem andado meia descontrolada, sendo que o espaço onde ponho estas minhas relíquias anda a diminuir considerávelmente (perceberam?). O que é irónico, é que mesmo sendo uma miúda que gosta tanto de sapatos, acabo por andar a maior parte do tempo a) descalça ou b) de havaianas.

É por isso que entre os últimos gastos em sapatos, uns se distinguiram:


estes.


O preço foi normal pela "chinela" que é. Visto assim só de passagem, se calhar não davam nada por eles não é? Pois. Mas eu há uns tempos tinha lido isto aqui, e não só tinha achado uma iniciativa particularmente inteligente, como tinha achado logo o sapato em si muito giro (é uma doença digo-vos... vocês não percebem...).
Calcei o bicho na loja, e fiquei apaixonada. E tenho a dizer que passou um mês, e ainda hoje a nossa relação é fogosa. Continuo in love.

Aconselho pelo sapato, pela comodidade, pelo lado fashion e sobretudo pelo lado mais social e de consciencialização.
Eu, acho que valeu muito a pena a compra.

sexta-feira, junho 08, 2007



Um

dia

ele

escreveu:



"És incrívelmente sensível. Pessoas assim são admiráveis.
Sofrem imenso de certeza. Mas vivem muito mais intensamente."


É este hoje o meu pensamento recorrente.

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quinta-feira, junho 07, 2007

Kodak Moment

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quarta-feira, junho 06, 2007

Diário Semanal:
A Masturbação Visual




Classics never go out of style.

Eu hoje acordei assim:


... numa onda muuuuuito soft e bem disposta.
A cantarolar isto
:




You think I'd leave your side baby?
You know me better than that
You think I'd leave down when your down on your knees?
I wouldn't do that

I'll do you right when your wrong
I... ohhh, ohhh

If only you could see into me

Oh, when your cold
I'll be there to hold you tight to me
When your on the outside baby and you can't get in
I will show you, your so much better than you know
When your lost, when your alone and you can't get back again
I will find you darling I'll bring you home

If you want to cry
I am here to dry your eyes
And in no time you'll be fine


PS: Bomba Inteligente, bendita hora que inventaste isto. Aliás, correcção: bendita hora que criaste o teu blog. Uma onda de ar fresco nesta blogosfera...

terça-feira, junho 05, 2007


"Deverias deixar de ter pena de ti própria", disse-me uma vez uma colega minha a consolar-me dum desgosto amoroso, tinha eu 16 anos, altura em que se tem desgostos de caixão à cova e parece que o mundo vai acabar e não há ar para respirar nem nada que console a perda do mais que tudo (que provavelmente é um imbecil por estas alturas, mas enfim).
A gaja agora é psiquiatra ou coisa que o valha... Porra, deve ser uma profissional do caneco... Dar-lhe com uma cadeira nas trombas era pouco. E ainda tinha a lata de dizer que o cão dela lhe lembrava o gajo de quem ela gostava... Enfim, não vou fazer comentários sobre isto, porque aliás já foram feitos no passado. Bons tempos, de total descuido e despreocupação...
Cá para mim em vez de psiquiatra deve estar mazé internada no Júlio de Matos e a história da psiquiatria era uma desculpa para passar tanto tempo naquele asilo de loucos. Adiante.

Sempre me perguntei porque raio é que as pessoas que eu conheço que foram para psicologia/psiquiatria/terapia são precisamente as que se conhecem tão mal a elas próprias e no fundo estão tão perdidas. Tanto ou mais que o resto das pessoas. Repito, estou a falar das que conheço, não estou a generalizar. Desconfio que se tentam encontrar a elas próprias de certa forma estudando o tema. Ou então tendo medo de se encontrarem a elas próprias e não gostarem do que poderiam encontrar focam-se nos outros e nos seus problemas e esquecem-se de si próprias.

Toca a generalizar agora, afinal é o que gostamos de fazer...
Algum leitor deste blog (se é que existem) que estude/exerça esta profissão que me perdoe mas sempre tive como filosofia de vida a de ultrapassar as coisas por mim própria com a ajuda da família e de amigos. No fundo são quem me conhece melhor. No fundo são quem me entende e quem melhor percebe o que sinto e o que sou. Não consigo entender porque raio iria desabafar e tentar perceber a minha vida com uma pessoa que veria uma vez por semana e não com amigos e familiares que me conhecem de fora para dentro há anos e anos e me conhecem os vícios todos. Físicos e de pensamento. É difícil ouvir verdades da boca de pessoas chegadas? Ou é uma desculpa para se poder dizer "ele não me conhece, sabe lá ele!"?

Chamem-me ignorante, porque o sou, sobretudo neste assunto, mas acho que humanos somos todos, e errar erramos todos, e por isso mesmo me faz confusão ouvir explicações e conselhos de estranhos que têem tantos problemas ou defeitos quanto eu, normalmente até mais, sobretudo se não me conhecem de lado nenhum e sobretudo se se conhecem a si próprios tão mal.

Respeito quem procure ajuda. Conheço gente que o faz. Até gente próxima. Mas não entendo.
Sei que a mente humana é fascinante, mas são tantas as variáveis na vida duma pessoa que a moldam, que na minha opinião se torna impossível conhecer as causas todas que possam gerar certas situações. Isto excepto as pessoas que cresceram comigo e as que me viram crescer.
Acho que a melhor maneira de me conhecer é a de analisar os outros, e a melhor maneira de conhecer os outros é analisar-me a mim própria.

Onde quero chegar com isto? Nem eu própria sei. Acho que estou a analisar isto demais. O então espero que me convençam do contrário. E com isto espero sinceramente que não haja ofensas.

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segunda-feira, junho 04, 2007

Príncipe procura-se.


E daí...!


É impressão minha ou anda todo tipo de moçoila à procura de príncipe destes tempos? Bom, todas não. A Porcotte Maria parece-me bem servida. E a outra gaja também não se queixa. Ah e aquela... essa até é casada. Se bem que um belo de um príncipe... acho que não o despachava assim tão rapidamente (cof cof).
Bom, mas no geral vá. E não estou a falar do Príncipe das histórias que nos contam quando somos miúdas, assunto que ainda para mais aqui a je e a Porcotte têm explorado em grande detalhe e minúcia. Não. Estou-me mesmo a referir a aquela espécie mais valiosa de homem. E tenho a dizer, que noto esta necessidade também nos homens. "Já me encontraste uma princesa?" é uma das frases mais frequentes do meu amigo F (a outra está empatada entre o "bom, vi alta gatinha no outro dia" e "call me! bjs").

Temos tendência para transformar todos os nosso desejos num estereótipo que denominamos de príncipes e princesas sabemos lá porquê. Eu não sei pelo menos. Já disse, e voltei a repetir, que deixei de acreditar nisso há muito tempo. Bem antes do Pai Natal, e bem depois de os M&M's terem todos um sabor diferente variante com a cor. Não acredito nessa entidade ideal e perfeita, e não busco isto. Mas pensando bem, hoje cheguei à (milagrosa) conclusão que acho que nenhum de nós busca isso na realidade.

Gostamos de usar estes termos, mas o cliché é que a única perfeição que queremos destes seres, é que sejam perfeitos para nós apenas. E isso... já acho mais ponderável, quiçá possível. Sobretudo se a fasquia não for muito alta. Sim, porque continuam a dizer que há por aí muito peixe. Cardumes, dizem. Não sei... eu devo andar a ver pelos lados errados, com certeza. Praí nas entranhas do Tejo ou assim. É que sinceramente só vejo peixes com três olhos, aquele bigodão manhoso, ou com uma das barbatanas meia atrofiada estilo Nemo. Mas às tantas não sei, poderá apenas ser que falo muito, mas a verdade é que a minha fasquia é demasiado alta. E entrar neste assunto demasiado filosófico agora maça-me.

Por isso o meu conselho é (isto porque fica sempre bem no final de um post uma moral ou um conselho, para ele não parecer totalmente disparatado, ou devaneio de louca, cansada no início de semana): se procuram príncipes ou princesas, não vão para o Tejo. De resto, you're on your own. Se soubesse onde isso se procura, não estaria aqui a escrever este post.

(E F. se dizes "isso não se procura, encontra-se" acho que te dou com o peixe da barbatana atrofiada nas trombas... mas com muito carinho claro... cof cof...).

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sábado, junho 02, 2007

A visita aos apartamentos começou.

Por enquanto ainda não há muitos para AgostoSetembro. Mas num rasgo de saturação por tudo o que se tem passado ultimamente na minha vida, a minha colega e eu começámos ontem a busca e as visitas.
Ora bem...
O primeiro que vimos era numa zona boa. Supermercados perto, farmácias, cafés, tudo o que fosse necessário sem ter que andar muito. Exactamente como na zona onde ambas moramos agora. Gostámos da zona e ficámos entusiasmadas.

Íamos primeiro ver um apartamento com 3 quartos.

Entramos no apartamento e a casa era toda remodelada e a cheirar a fresco. Pensámos que ia ser boa coisa.
Começamos pela sala que era um pouco acatitada, mas enfim, tinha televisão, uma mesinha rasa e dois sofás. Não mais que isso, mas também não é preciso muito mais. Eu há 9 meses que não vejo televisão por isso caguei.
Vemos a casa-de-banho que era bem acatitada também mas com o essencial embora a sanita estivesse quase dentro da banheira. Mas uma das coisas boas era que a casa-de-banho tinha janela.
Depois vemos o quarto "maior" da casa, segundo o senhorio. Qual não é o meu espanto quando o quarto era mais pequeno que o meu actual (que já de si é pequeno). Tinha uma cama mínima praticamente a bloquear a porta onde eu provavelmente ficaria com os pés de fora, um roupeiro pequeno e uma secretária. "Estamos mal", pensei eu. Se este é o maior...
Vamos pelo corredor e vemos a cozinha. Era pequena, sem espaço para mesa, mas com tudo o que era necessário e toda remodelada. Não haveria problema se na sala houvesse espaço para uma mesa para comer.
Vamos a ver o segundo quarto que só tinha espaço para uma cama individual e um roupeiro. Logo ao lado estava o terceiro quarto. Se vos disser que não tinha espaço para uma cama acreditam? De tal forma que o quarto não tinha cama. Estava dobrada num armário. E o mais genial disto tudo é que pedem mais dinheiro do que ao que estou a pagar pelo meu quarto.
Só gostava de saber quem é o cretino que vai alugar aquele quarto... Honestamente por vezes acho que as pessoas estão a gozar com a minha cara, ter a lata de oferecer um quarto daqueles. Ainda nos disseram que o preço era negociável, mas eu só ficaria com aquela casa se um dos quartos fosse de borla e os outros tivessem uma boa redução.
Vamos embora desanimadas, mas sempre a relembrar que foi a primeira que vimos.

A segunda que decidimos ver demo-nos conta que era longe de mais e pensámos que seria um disparate, mas decidimos ver a zona. Por vezes compensa. Não tinha nada á volta, apenas um cemitério e quando chegamos à porta damo-nos conta que era um rés-do-chão. Não um dos altos. Um verdadeiro rés-do-chão. Damos meia volta e cancelamos a visita que era daí a uma hora.

E hoje... Toca a ir ver mais dois apartamentos. Depois vos digo como foi. Um parece bem promissor! A ver vamos, já não digo nada... Depois de ter visto um quarto sem espaço para cama a cobrarem mais do que o meu onde cabe cama, secretária, roupeiro, mesa de cabeceira e estante, a mim já nada me espanta!

Enfim, o inferno da busca de casa começa... Desejem-me sorte faxavôr!

sexta-feira, junho 01, 2007

Rápido, rápido:


Qual consideram o contrário do amor?


... apeteceu-me.
(é animado... mas aposto que postado fica quieto, dass)

quinta-feira, maio 31, 2007

Hoje choveu torrencialmente. Relâmpagos e tudo. Lá consegui uma aberta ao príncipio da noite para voltar para casa (tenho trabalhado que nem um cão). Tenho a mania que é verão aqui e não ando muito agasalhada. Não faz frio, mas tem chovido que se farta. Até me dei conta de estar a comer um gelado com chuva a dar-me nas ventas e da minha colega Sueca me dizer: "Mas pensas que estás em Portugal? Aqui não há verão!". Dou-lhe alguma razão. Estou com as latitudes (ou longitudes? Nunca sei!) trocadas...
Chego a casa e pela segunda vez desde que aqui estou que cai água no meu quarto pelo tecto. Ora bem, isto faz-me perguntar que mal fiz eu para merecer isto. Não me chegava já ter criado asco à casa e a certas pessoas intervenientes (que ontem tiveram a lata de dizer à minha colega Italiana que nunca tinham reparado que a cozinha estava tão porca e que ninguém a limpa... Eu nem comento, porque não me quero irritar em demasia, para além do que já me irrito todos os dias, mas o que é facto é que o que está sujo foi sujo por ela), como ainda me chove no quarto. Não me chegava estar farta desta merda toda, como ainda ocorre isto por cima. Porquê? Com vontade de sair já eu estou. Decidida a sair já eu estou. Não preciso de mais.
Tem piada que a primeira vez que aconteceu fiquei nervosa, irritada, desesperada e descontrolada. Só pensava que tinha medo que acontecesse outra vez no "meu" quarto.
Desta vez, estou-me a cagar. Até pode cair o prédio que não me rala nada! Não veja é a hora de sair desta esterqueira. Qual "meu" quarto qual quê! Dass!

quarta-feira, maio 30, 2007


Por acaso acho:

  • Normal deixarem-se crianças tão pequenas sozinhas de noite, quer por meia hora quer por noites inteiras, não interessa.
  • Que se viaje para fora deixando os dois rebentos na terra natal, quando se acabou de perder uma filha.
  • Que se apareça nos jornais todos, a pousar para fotografias e a relatar o dia a dia como se fosse um vulgar diário.
  • Que se viaje pela Europa, quando se perdeu uma filha. Quer seja por divulgação quer seja por lazer.
  • Que haja esta histeria popular a apoiar e dinheiro para financiar a procura da miúda.
Devo ser mesmo anormal. Pessoalmente se tivesse perdido um filho, que mesmo com 50 olhos pode acontecer, quanto mais se é deixado sozinho por um razoável montante de tempo, estaria arrasada, enfiada na cama a chorar durante o dia inteiro com pensamentos suicidas a ssolarem-me de 5 em 5 minutos.
Para além do mais desaparecem crianças todos os dias e a todas as horas das suas casas. O que tem esta de especial, para gerar tanta notícia, apelo e financiamento?
Desculpem-me o septicismo e talvez mesmo uma certa insensibilidade, mas esta história toda cheira-me a esturro... Qualquer coisa não joga para mim.
Daí escrever isto para dar força à nossa PJ que é bem mal falada nesta terra. Pessoalemente espero que se apure a verdade, porque não sei porquê acho que a história está muito mal contada...

Hoje de manhã, lá fui eu ao site das citações que gosto muito de visitar from time to time, eis-se-não-quando leio isto:


Bizarro. Não?

terça-feira, maio 29, 2007

Adoro viver numa casa com a senhoria que decide fazer obras de pintura na sala de estar e no corredor e não avisa os moradores da casa...
Também adoro o facto de que ela vai aumentar a renda, me quer cá (ou não), mas não me diz que a renda vai aumentar...
Adoro isto tudo. Adoro não ter vontade nenhuma de ir para casa porque já não posso com ela. Adoro chegar a casa e trancar-me no quarto.
Adoro esconder papel higiénico e detergente para a roupa no quarto em conluío com a minha colega de casa porque ela em 9 meses nunca comprou a ponta dum corno das coisas comuns e espera que agente as compre... Mas contribuir com dinheiro? Está quieto...
Chega... Se quer cagar, que limpe o cu à mão!

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domingo, maio 27, 2007

Kodak Moment

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O ano da Porca



... como é que ainda não tinhamos feito esta piada óbvia?


Saudades. Invadem o meu dia-a-dia. Sofrimento. Sangue. Deixa de escorrer. Sangue. Morte. Sangue. Chouriço de sangue. Morcela. Salsichona. Escocesa. Italiana. Não somos esquisitas. Salsichona e couves. Gazes. Púns. Ácido sulfúrico. Bombas de gás mostarda. Mostarda nas salsichonas. Escocesa. Italiana. Já disse, não somos esquisitas. Couves lombardas. Púns. Desmaio. Bater cabeça. Sangue. Morte. The end. Or is it? Física quântica.

Epilogo: Saudades tuas Noja da merda.


Apetece-me afogar aquele meu lado mais ácido. Aquele lado que quando ouve (mais uma) coisa que correu mal, que deu para o torto, diz logo “já estava mesmo à espera” ou “típico”. Aquele sacana que está ali escondido, provavelmente entre o meu fígado meio gasto e o intestino cheio de gases (só assim lhe explico o mau humor constante) e que, naturalmente irritado com a sua situação, só casca nos acontecimentos e nas pessoas que encontra.

Gostaria então de acordar amanhã muito bem disposta. Olhar para fora e ver o céu cinzento, os ramos a esvoaçarem, as gotas a caírem, e sorrir. Ouvir as queixas das coisas que correm mal dos meus amigos e familiares com o mesmo positivismo e bom humor com que ouviria as coisas boas. Enfrentar um Domingo como enfrentaria um Sábado. Ver o lado bom do que me corre mal neste momento com o lema de “uma porta fecha-se, mas abre-se uma janela” sem pensar que a janela está aberta para dela possívelmente me atirar. Deleitar-me com a chegada de Segunda e do período, e se for o caso, de ambas as coisas juntas. Enfim, a lista é vasta, mas o propósito é bom e sincero.
Agora:
explicam-me como raio é que isto se faz?

Pois. Ora bem. É que já estava mesmo à espera. Típico.

sexta-feira, maio 25, 2007

Exmo Senhor Primeiro-Ministro,

Pessoalmente estou-me nas tintas se o senhor tem a sua licenciatura em Engenharia ou não. Eu sei que tenho a minha, e isso é que me interessa. O resto é pastagem.

Com os melhores cumprimentos,

Porcotte Pink

quinta-feira, maio 24, 2007

"Só sei que nada sei"
- Sócrates
Aparentemente é mesmo verdade...


Enquanto o outro cantava: "O bacalhau qu'eralho", eu canto: "A Porcotte quer bacalhau".

Não o cheiro, que isso arranja-se com facilidade (assola as moças menos asseadas) mas o bacalhau seco e ressequido (não me refiro à "fruta" das velhas, refiro-me ao peixe em si).

Confesso: se volto a comer salmão, o peixe volta a subir o "rio" e a sair do meu estômago (para quem não percebeu, "gomitava-me" toda).

Cadê o bom do bacalhau assado (... Não vou comentar com anedotas porcas...) regado com azeite...? Mas azeite do nosso! Nada desta merda que aqui têm que é acido como a merda (confesso que nunca provei merda, mas está-me a parecer que deve ser melhor que o azeite que aqui têm).
Cadê a morcela, o chouriço, a farinheira e o chouriço de sangue com a couve lombarda e as carnes todas e a batata cozida e o arroz?
Do arroz de pato?
Da açorda?
Cadê as "xaxixas" enroladas?
Cadê o bom do peixe grelhado?
Da caldeirada de peixe?
Da espetada de lulas?
Do bom do bitoque com o ovo a cavalo?

Já não posso com massa italiana. Já não posso com comida mexicana. Já não posso com sandes. Já não posso com sopa de tomate. Já não posso com nada de nada.

Já não posso com o cheiro a fritos que exala das" fish and chip shops", onde põem numa fritadeira funda a abarrotar de óleo tudo o que se possa imaginar: pizzas, salsichas, peixe, haggis, e pior que tudo, barras de chocolate Mars.
A pizza absorve o oleo todo. O chocoltae frito, esse então transcende-me completamente. Quem, mas QUEM é que quer comer um Mars que tenha sido frito em óleo? Quem...? QUEM? Porquê? Quando? Como?
Para além do mais sofro de falta de capacidade de processar comida gorda e oleosa que me põe doente em três tempos... Acho que estou no sítio certo...

Ai as saudades do meu Portugal, onde embora um senhor Primeiro Ministro possa aparentemente falsificar o seu diploma temos boa comida porra pá! Que se lixe! Quem quer saber se ele é engenheiro ou não? Vai-se a uma tasca, comem-se pipis e moelas seguidas dum bom bitoque e duma lambreta e aí vai disto! O senhor Primeiro que fasifique (ou não) o que quiser!

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quarta-feira, maio 23, 2007

Acho que se mais alguém me pergunta:

"Quando aqui são sete horas, que horas são em Portugal/Escócia?"

dou em doida...


SÃO AS MESMAS PORRA PÁ!

terça-feira, maio 22, 2007


Os dias aqui são frios...

Olho pela janela e faz sol. Abro a porta da rua e levo com uma rabanada de vento tal nas fuças que imediatamente desfaz o que o pente mal e porcamente fez.
As casas são frias e usa-se o aquecimento central...
Até aqui tudo bem...

A merda disto tudo é que seca a porra da garganta e do nariz. Acordo com a garganta a arder todas as manhãs e com o nariz cheio de macacos ressequidos que doem a tirar porque se agarram aos pêlos do nariz. Lá ficar com eles é que não...

Para além disto são os incríveis barulhos que o sistema de aquecimento central faz... Desde ao pingar descompassado

tim tim tim tim tim tim tim tim tim tim tim timtimtimtimtim tim tim tim tim

ao barulho de metal a estalar devido à água quente a passar, ao raio que me parta que por vezes me chega a acordar a meio da noite com os estalidos.

Queixo-me mas dizem que é normal... E eu ainda me espanto porque raio é que estou a dar em louca (sem contar com o desiquilíbrio mental que assola o apartamento onde moro...)

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Dei-me conta qual é o meu problema: odeio gente...

A cada dia que passa, odeio mais gente e tenho menos paciência. Estou-me mesmo a ver velha jarreta e sem dentes, metida num lar, abandonada, sozinha e rabugenta com uma cana na mão a dar com ela nas ventas de cada um que se tenta aproximar...


Tenho asco, verdadeiro asco ao tipo de pessoa que se "está a cagar" para os outros. Detesto egoismo e falta de respeito.

Desde à minha senhoria que tem um computador de merda e a abarrotar e culpa a caixa de internet por lhe falhar a ligação e decide desligar a internet de 5 em 5 minutos a ver se funciona melhor no computador dela, estando-se nas tintas se o resto da casa está a usar a internet ou não.

A colegas na faculdade que decidem usar o Skype durante tardes inteiras e se estão a cagar se o constante falar deles interrompe o racíocinio e concentração dos outros que estão ali para trabalhar.

Ao facto de estar a trabalhar no laboratório e um colega meu alto como a merda decidir entrar no laboratótio e pespegar-se atrás de mim como uma sombra e observar minuciosamente com olhos de falcão tudo o que faço e ainda ter a lata de cagar sentenças se acha que alguma coisa está a ser mal feita. Pior ainda é quando decide interferir fisicamente com o que estou a fazer.

Aos homens das obras que estão a trabalhar no edifício do meu laboratório e decidem fazer barulhos estranhos e deitar olhares lascivos de cada vez que passamos.

Sou eu o problema? Estarei a dar em louca? Estarei a ficar anti-social? Estarei a ficar anti-tudo?

quinta-feira, maio 17, 2007

- O Mistério do Toilet Paper -


Alguém me pode explicar COMO RAIO é que uma pessoa vai à casa-de-banho, usa o papel higiénico e deixa-o no chão? Onde pessoas pisam com sapatos da rua? QUEM? QUEM é que limpa o cu e a passarinha com papel higiénico que deixa no chão? MAS ISTO É NORMAL? Alguém que possua todas as suas capacidades mentais faz isto??? Ou é meramente uma NOJEIRA pegada? Expliquem-me que há mistérios que me ultrapassam por COMPLETO...

Dass-se, tirem-me daqui que estou farta desta merda!
* Porcotte num momento de crise, entre muitos, depois de viver 9 meses nesta casa com o que veio a descobrir ser uma pessoa desiquilibrada dos cornos!

quarta-feira, maio 16, 2007

Vira-se ele para mim: "Olha, este fim-de-semana vai estar bom tempo! Queres subir ao Cobbler? É perto do Loch Lomond, e não é muito alto. Uns 900 metros. Nem chega a ser um Monroe!".
Porcotte pensa: "Bem, com bom tempo, porque não? As vistas de lá de cima são sempre de cortar a respiração! Mais vale!" Aceitei o desafio.

Primeiro problema: o que vestir? Não me refiro a saltos altos e saias e vestidos e o raio que me parta. Refiro-me à imprevisibilidade do tempo nesta maldita terra: tanto faz sol como chuva e muda em menos de 5 minutos... Se ponho de menos, morro gelada. Se ponho de mais morro de calor e estou carregada que nem uma jumenta a subir um monte. Literalmente.
Lá fano algumas coisas XPTO do gajo, próprias para estas merdas de caminhadas e cortar frio e vento, feitas de gore-tex e o raio que me parta: assim ia leve e protegida. Até aqui tudo bem.

Metemo-nos no carro e eu aprecio as vistas. Acho que nunca me hei-de cansar do lado campestre desta terra. Um dia hei-de-me encher de coragem e hei-de contar todos os tons de verde que aqui já vi.

Chegamos ao destino e paramos o carro. Digo eu: "Olha lá, onde raio está o monte? Qual é?", borrada de medo porque só via montes gigantes à minha volta e estava a ver a minha vida a andar para trás. "Ah, não vês daqui, está ali escondido atrás daquele". Ah e tal, tudo bem...

Começa logo mal: o início era inclinado como a merda e eu ainda não tinha dado 3 passos já estava com os bofes de fora e já tinha bebido meia garrafa da minha água, o que quase gerou uma discussão porque eu feita xica esperta disse-lhe que mal bebia água e não precisava de muita... Acho que no fundo não queria era carregar com o pesunho da água... Esperta eu.

Subimos e subimos e ainda nada de ver o cume daquela merda... Até que de repente ele se vira para mim e diz que "vamos virar à esquerda e subir aquele", a apontar para o sítio. Olhei e ia desmaiando. Ocorreu-me que ele me tinha levado para ali para me empurrar e se ver livre de mim... Ia-me dando uma coisinha má...



Porcotte começa a cheirar a bacon frito tal eram os calores do nervoso... Só via subidas e descidas escarpadas e rochas e o raio que me parta. Pensei: "Então é aqui que termina a minha existência suína... Perdida no meio do nada, caída a sangrar que nem uma porca na matança do porco". Virei-me para ele e perguntei-lhe se "estava louco dos cornos e se se queria ver livre de mim". Ele ri-se, provavelmente habituado à minha latinice aguda de desvarios e honestidade expressada com linguagem crua. "Não te preocupes, parece pior do que é!". "O diabo mazé, que se me acontece alguma vou-lhe às ventas", pensei para os meus botões...

Continuamos a subir, depois de parar para comer debaixo duma rocha, que eu estava a ver que por mais um bocado me caía em cima e me esmigalhava ali, deixando-me "a sangrar que nem uma porca na matança do porco". Não sei quando me tornei tão paranoica e pessimista, mas adiante.

Subimos e subimos...


E subimos e subimos... Eu a suar e a cheirar a presunto, a beber a água que não tinha (a dele...), a pôr os pés, mãos, cu e tudo o que tinha para não cair, e subi e subi, a amaldiçoar o dia em que nasci, o dia em que ele me tinha sugerido subir aquilo, o dia em que me mudei para aqui...


Até que cheguei...

E pensei: "Sua estúpida, até foi fácil... Se não te queixasses tanto, tinhas aproveitado mais o passeio...!"

Mas o que não é defeito... É feitio!

terça-feira, maio 15, 2007


-A busca do apartamento encantado-



Se bem se lembram, no último episódio Porcotte tinha dado o grito do Ipiranga mais velho e decidira mudar de apartamento. Num ataque de loucura raivosa e espumando da boca Porcotte disse: "Chega, porra duma merda!". Não só decidiu mudar como também já não se cala se algo não lhe convêm! Ainda com alguma timidez mas chega de ser banana e ganhar tomates! Fruta por fruta, Porcotte prefere ter tomates!

Convenhamos que a perspectiva de mudar de apartamento e viver com completos desconhecidos não a entusiasmava muito. "Já não tenho idade para estas merdas, porra!", diz ela para com ela.

E se lhe calhava mais gente tresloucada como a actual senhoria? Que não lavam a louça, deixam comida durante dias em cima do fogão, não tiram os cabelos e pêlos do ralo, fazem barulho a andar, dormir, a dar umas, são forretas do mais forreta que há, tiram papel de parede como quem vai beber um copo de água, deixam roupa por todo o lado, que não tomam banho durante dias e tresandam?

A negrura adensava-se na cabeça de Porcotte... Suores frios e tremores com a perspectiva de começar uma busca completamente sozinha e perdida no meio de uma cidade que se deu conta que afinal mal conhece (Porcotte é uma triste duma imbecil e acha que mete nojo... Eu pessoalmente concordo).

Até que hoje... Hoje o dia clareou e Porcotte perguntou a uma colega se se queria mudar para um apartamento com ela, já que também ia andar à procura. A colega disse que sim. Uma moça normal como Porcotte (que risos são esses?). Uma moça silenciosa e sossegada. Asseada e limpa. De poucos deboches e badalhoquices.

E Porcotte sentiu de repente 20 kg que lhe sairam das costas. Agora é "só" encontrar um apartamento!


Claro está que daqui a uns meses Porcotte estará a dizer mal da moça, mas por enquanto tudo parece rosas...

quinta-feira, maio 03, 2007

Eu hoje acordei assim:


... a pensar que tenho vontade de voltar a escrever aqui, mas sem saber muito bem como, nem o quê.


Um comment aqui, outro ali (já agora: thanks headache), sabem muito bem. Comecei a pensar que apesar de tudo, o blog sempre foi uma maneira de desabafar tudo o que passa nesta minha cabecinha (semi) doente. A verdade, é que me pus a pensar que apesar de tudo, se este é o meu espaço, devia deixar de ter problemas em por vezes ter meses em que só escrevo “merda”. Ou meses em que só escrevo coisas deprimentes, ou mesmo posts ridículos. Escrevo o que sinto, e o que me sabe e faz sentir bem.

Tenho tido pouco tempo, é um facto. Pouca paciência, é outro facto. Li há poucos dias num comment de um post, que de facto já temos tantas preocupações/obrigações diárias, que mal seria se tivéssemos por obrigação que escrever no blog. E é isso mesmo que sinto. Nunca fui de fazer coisas contra a minha vontade. Quem me conhece sabe disso, e quando sismo... esquece.

Depois há o factor crítico. Quando me volto a ler e não gosto do que escrevo, é o fim. Não sou um Baudelaire, ou um Shakespeare, e muito menos um Stendhal. Tenho plena consciência disso. E porém... enervo-me sozinha por não escrever melhor e mais facilmente. Mas depois a realidade é que escrevo porque gosto, não tenho de ser igual a ninguém. Nunca vou escrever assim como eles, como também nunca irei escrever igual à minha hilariante Porcotte.
A verdade é que sei que nunca sequer tentaria ser igual a eles, mas por algum motivo (quiçá, admiração, a níveis muito diferentes?) de algumas destas pessoas (escritores, copys, bloguistas... etc.), apetece-me não escrever.

O que aconteceu hoje, é que achei isso tudo muito estúpido. Deu-me a volta, e decidi pôr fim a este silêncio rumoroso. Isto não quer dizer que não vá achar de novo o contrario do que acabei de escrever daqui a uns meses, ou mesmo amanhã. Mas é uma tentativa de explicação, muito mal explicada, dos cantinhos do meu cérebro mais rebuscados. Sim, aqueles mesmo mais escondidos, com colónias de aranhas a fazer muitas teias. Já deu para perceber, não?...

E é com este post escrito à pressa, com The Shirelles a cantar Will You Still Love Me Tomorrow (um clássico!!!) nas colunas, que quebro o enguiço do blog. A ver se pega.

terça-feira, maio 01, 2007



O Festival de Beltane

Até estava com vontade de ir. Na realidade chateei toda a gente que me rodeia para ir. Lá fomos uns quantos. Paguei 5.50 libras que até me lixei. Antigamente era de borla, agora nem por isso. Capitalistas dum camandro.

Arrota pelintra, faz-te Lorde.

Chegámos lá, e estava um frio de rachar. Era no topo duma colina, eram oito e meia da noite e eu vi-me a desejar pela minha cama... "Que triste que tu és... Tens 26 anos e pensas numa merda dessas?". A minha colega tremia de frio e eu praguejava. A italiana estava toda contente e essa nunca tem frio... Raios partam a gaja. Não sei se é da camada de pasta que a cobre, se e da camada de Nutela... Embora estivesse um frio de rachar pedra, a tarde estava limpa e a vista era de cortar a respiração. Vivo em Edimburgo hà 6 meses, mas há sempre alguma coisa que me surpreende.

Lá nos sentamos na relva e arrefecemos a olhos vistos. A italiana lá se levanta para ir ter com a espanhola (que entretanto mudou de casa e eu aqui enfiada ainda) e lá nos encontramos todos, um grupo já bem maior (aí uns sete ou oito). Sempre dava para nos aquecermos mais. Nada de más interpretações, não houve cá orgias, embora o festival represente algum deboche.

Lua cheia. Começa a anoitecer. O espectáculo ia começar ás nove. Eram dez e nada... Porcotte pragueja com os dedos dos pés enregelados.
Entretanto lá começa. Pequeno pormenor: havia tanta gente que mal vimos o ínicio... Mas do que deu para ver era bem engraçado e os tamborileiros (como raio se chamam as pessoas que tocam tambor???) eram espectaculares. A Rainha lá desceu em procissão com o gajo que se ia transformar em Verão e casar-se com ela.

Descem do edificio (Que parece um Partenon em ruinas... Aliás, segundo me disseram iam construir uma imitação mas ficou muito caro e ficou a meio. Daqui a milhares de anos hão-de dizer que aquilo é Grego ou Romano... Estou mesmo a ver). Quando desceram, deixámos de ver o que quer que fosse. Ainda gritei para as pessoas se sentarem e darem acesso aos mais baixos, mas isto é tudo uma corja de sacanas que se estão a cagar para os outros. Ficámos a mandar bocas aos da frente e lá nos resignamos que dali já não saía nada.

Desistimos de ver o resto da procissão e fomos para o lugar seguinte onde a procissão ia passar, para arranjarmos um bom lugar. Aquelas desgraçadas começaram a correr e eu quase as perdi de vista... Estive quase para lhes ir às trombas! A noite era escura como breu e era bem dificil ver quem estava aonde.

Lá conseguimos ver as coisas bem, mas infelizmente não percebemos o que aquilo tudo representava. Mas a encenação está muito boa e os acessórios eram 5 estrelas.

Quando aquela acabou era impossível ver mais e lá fomos para a zona final onde já havia algumas pessoas, embora tivessemos que esperar uma meia hora até que a procissão lá chegasse (acho que já não tenho idade para estas merdas, porra!).

Aí sim, valeu a pena, ver o gajo cornudo a ser despido e a casar-se lá com a Rainha, o que representava a vinda do Verão! Muito berrámos, e vimos gente nua a dançar lá pelo meio (acho que eram os "demónios").

Depois disso, xixi cama que hoje era dia de trabalho e o frio deu-me cabo da moleirinha! Dass!

terça-feira, abril 17, 2007


Quando as portas do inferno se abriram...

Eram 10 da noite duma segunda-feira. A minha senhoria bêbeda com duas cervejas e com os seus 48 anos, decide tirar a carpete da entrada. Tirar não... Arrancar.
Como todos os trabalhos domésticos realizados por ela, ficou a meio. O papel de parede do corredor ficou a meio, e o chão cheio de bocados de papel ainda não foi limpo... O papel de parede do quarto dela ficou a meio... A carpete do corredor ficou a meio...
E quando estava com uma força sobre-humana a tentar arrastar um armário para arrancar a carpete, partiu o maldito armário, que agora jaz morto no corredor... Confesso que à parte da falta de limpeza dela (nunca limpa a ponta dum corno, aliás deslimpa), da barulheira que faz até quando anda (parece que tem cascos), de usar as coisas pessoais dos outros (tal como pentes e pasta de dentes e sabe-se lá mais o quê) e da fonice (dividimos a comida e ela nunca compra nada), realmente isto é a cereja no topo do bolo... Pensava eu na minha inocência...

Eram 3.30 da manhã duma segunda-feira à noite, ou madrugada, quando ela volta a casa podre de bêbeda com o grupo de espanhóis que se tinham alojado na minha casa tal qual carraças... Claro que foi inevitável o meu acordar com a barulheira e as conversas à entrada. Pensei que se ia ficar por aí. Mais uma vez dei provas da minha inocência e, direi mesmo mais, estupidez galopante.

Vão para a cozinha, onde começam a cozinhar e a falar. Supostamente com a porta fechada, mas custa-me a crer: a barulheira era muita. Não sei se aquilo é o chamado jantar espanhol, sempre às tantas da noite... A minha senhoria, sem mais medidas, põe música. Repito: eram 3.30 da manhã duma segunda-feira, quando eu, como qualquer pessoa normal, tinha que trabalhar no dia seguinte... Mas a quem é que isso interessa? A Porcotte que se foda...

Conversa para aqui, conversa para ali, sempre num tom de voz acima do limite para me deixar dormir. Eu já fumegava na minha cama.
Passos no corredor. As espanholas vão para o quarto. A minha senhoria fica na cozinha com um gajo que eu nem sabia quem era...
Ouve-se um estrondo enorme e louça partida pelo chão... Risos, música, conversa...
Porcotte levanta-se, fecha a porta da cozinha com estrondo e volta para o quarto onde fecha a porta do quarto com estrondo também... Aparentemente a porta da cozinha estivera fechada, mas não sei porquê estava aberta naquela altura...

A sua senhoria vai primeiro para a casa-de-banho com o gajo... Vai para o quarto dela depois, que fica ao lado do meu. Vai para a cama com ele, na cama encostada à parede onde eu tenho a minha.

Digamos que Porcotte só adormeceu quando eles satisfizeram a sua luxúria...

Digamos que Porcotte tinha tampões nos ouvidos e ouviu tudo, desde a cama a chiar num tom compassado, até aos gritos da senhoria a dizer: “Si, si, si”... Digamos também que a sua senhoria tem uma tara com Espanha e espanhóis, e aparentemente até a dar uma queca em vez de falar inglês, fala espanhol...

Digamos que o moço tinha 23 anos e que ela o conheceu a caminho de casa... Digamos também que o estrondo na cozinha foi porque partiram a mesa da cozinha quando estavam em cima dela (o que estariam a fazer...?). Digamos que despejaram coca-cola para o chão e para cima deles e o chão estava nojentemente pegajoso de manhã. Digamos por último que a casa-de-banho tinha um cheiro indefinido quando Porcotte lá entrou de manhã, que quase a fez vomitar...
Digamos que Porcotte está a pagar um quarto caro como o caraças, para não dormir, para limpar a merda dos outros, para comprar comida que outros usam, para ouvir outros a darem umas.

Digamos que Porcotte deu o grito do Ipiranga e que quando se levantou de manhã já não era a mesma. Pelo respeito que mostraram por ela bateu com as portas todas quando se levantou às oito da manhã. Quando chegou a casa á noite, despejou tudo para fora, e mostrou-se “ligeiramente” irritada. Passou também a fazer as coisas como lhe convêm, e se desagradar aos outros, digamos que se lixe. Está apenas à espera que a sua senhoria volte de Espanha para lhe dizer na cara que se recusa a ouvir as suas intimidades. Afinal não é para isto que estou a pagar um quarto.

Digamos também que Porcotte saturou e que vai mudar de casa assim que puder...

segunda-feira, abril 16, 2007

Eu hoje acordei assim:


Com a cabeça a explodir.
É incrível o barulho que gera uma mente que não sossega.


Mas depois pensei assim:


E m'a nada.
Headache, esta foi para ti.

sexta-feira, abril 13, 2007

Estava mais que certa que, este fim de semana, a minha vida iria seguir um dos dois planos seguintes:


O Plano A
Sexta-feira ao final do dia, iria olhar para cima do monitor, acenar à Lu. Este iria ser o sinal para pegar nas trouxitas para nos encaminhar à fuga de Sevilla, con las amigas. Fim de semana de viagem, pagode, risos e sabe-se lá o quê... ¡de todo un poco!
Porém, sendo que aqui a miss shoo decidiu não investir em mais sapatos e toilettes, mas sim poupar para futuras férias e viagens, achou por bem stick to the plan, e por este mês o verbo chave foi: poupar.

Next...


O Plano B
Um fim de semana daqueles de vingança de um último passado muito ranhosamente. Acordar tarde, ouvir musica escolhida por mim, ao volume que gosto, rodando a casa descalça com um croissant fresco, passando pela varanda com mega sol, olhinho fechado e cadela aos pés. Seguido de um almoço daqueles bem saborosos, e pimbas toca pegar no carro e ir até ao guincho.
Pés descalços de novo, mas desta vez é na areia e água salgada... ahhhh paraíso. Depois de uma boa dose de praia, pegar no carro e ir até à marina, passear, olhar, pensar... ahhhh o auge. Voltar a Lisboa e quiçá, preparar-me para jantar fora, e o resto... não sei, mas logo se via.
Quanto ao domingo: festejar com calma os anos do meu pai, incluindo uma ida ao Jardim da Cerveja. Provavelmente a seguir um belo passeio casa-docas a pé, até ao Hawaii para comer simplesmente um dos melhores cachorros de todos os tempos (os cachorros do guincho que me perdoem, mas é uma realidade).

Mas... tudo isto, hélàs, foi substituído (destruído, arruinado, extinto, aniquilado... argh... pant...) pelo sacana do Plano C (C de... c**** t’a f*** que não estava à espera disto).



O Plano C
Acordar como todos os dias. Vestir-me e preparar-me como todos os dias. Seguir pelo parque como todos os dias. E chegar às portas da agência, tocar à porta, entrar no elevador, subir ao sétimo, sentar-me à mesa, ligar o mac e trabalhar... como todos os dias.

Alguém me traga a caçadeira...

... ou drogas pesadas.
Não sou esquisita.

Nem ligeiramente dramática.

quarta-feira, abril 11, 2007

Eu hoje
acordei, passei o dia, e vou adormecer,

assim:



Raiventa contro o Mundo.
E todas as suas injustiças instrínsecas e adjacentes.

segunda-feira, abril 09, 2007

Desculpem, não é para fazer inveja, é só para partilhar a beleza!


- North Berwick

Porca da merda, ainda estou à tua espera!

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Espanhóis


Ora bem, longe de mim generalizar. Odeio tal coisa...


Tenho uma colega de casa espanhola. Ela é simpática, mas tipicamente espanhola: quer borga minuto sim, minuto sim, não se cansa com nada, dorme pouco e parece que quer aproveitar a vida como se fosse morrer amanhã. Tudo bem, respeito o desenfreamento. Cada um com as suas.


Normalmente aos fins-de-semana isto enche-se de espanhóis amigos dela e amigos dos amigos. Não costuma ser muito tempo. Um jantar ou um dvd. Uma festa de quando a quando. Mas até está bem, não são muitos afinal e são agradáveis. A barulheira não é grande e convívio é sempre bom... Aos fins-de-semana. E há um pouco de tudo: alemães, franceses. A espanholice acaba por se diluir, e as conversas são sempre boas.


Agora, quando ficam 4 amigas dela cá a dormir em casa por uma semana, Deus me acuda que os meus instintos psicopatas afloram... Não chegava as amigas, ainda se alojam cá os amigos do costume também...


Tudo começa quando se levantam ao meio-dia, e juro que a primeira coisa que fazem é abrir aquela boca, e já não a fecham mais até ao dia seguinte.

Depois falam como se fossem metralhadoras de última geração. Não consigo entender como conseguem manobrar aquela língua com tanta rapidez. Deve ser o músculo mais desenvolvido que eles têm...

Para ajudar recusam-se a falar inglês, e eu como boa portuguesa com sangue espanhol, não entendo o que eles dizem (entendo praí 1/4 ou coisa que o valha...). Também confesso que a vontade de entender é pouca. Quando há pouca vontade de se fazer entender do outro lado, desligo, cago e viro as costas. Só falta mesmo começar à porrada tal qual Padeira de Aljubarrota... Vontade não me falta por vezes.

Almoçam ou tomam o pequeno almoço à 1 e saiem até à hora do jantar. Voltam e jantam às 10-11 da noite e voltam a sair até às quatro da manhã... Depois voltam para casa e dormem até à hora do almoço.
E se volto a cheirar "tortilla de patata", acho que vai haver "patatada" pela certa!


Por mim tudo bem, cada um que faça o que quer, agora como puta de vida sou eu suposta levantar cedo com a cabeça fresca para ir trabalhar se não consigo dormir com este basqueiral? Quando durmo estão eles acordados, quando me levantam, estão-se eles a deitar! Ah malditos nuestros hermanos...

segunda-feira, abril 02, 2007

Hoje adormeci a pensar assim:


Nice guys finish last.

(ao som da chuva a bater nos vidros do quarto... eu digo-vos onde podem enfiar a primavera, o karma e as boas maneiras...)