Quando as portas do inferno se abriram...
Eram 10 da noite duma segunda-feira. A minha senhoria bêbeda com duas cervejas e com os seus 48 anos, decide tirar a carpete da entrada. Tirar não... Arrancar.
Eram 10 da noite duma segunda-feira. A minha senhoria bêbeda com duas cervejas e com os seus 48 anos, decide tirar a carpete da entrada. Tirar não... Arrancar.
Como todos os trabalhos domésticos realizados por ela, ficou a meio. O papel de parede do corredor ficou a meio, e o chão cheio de bocados de papel ainda não foi limpo... O papel de parede do quarto dela ficou a meio... A carpete do corredor ficou a meio...
E quando estava com uma força sobre-humana a tentar arrastar um armário para arrancar a carpete, partiu o maldito armário, que agora jaz morto no corredor... Confesso que à parte da falta de limpeza dela (nunca limpa a ponta dum corno, aliás deslimpa), da barulheira que faz até quando anda (parece que tem cascos), de usar as coisas pessoais dos outros (tal como pentes e pasta de dentes e sabe-se lá mais o quê) e da fonice (dividimos a comida e ela nunca compra nada), realmente isto é a cereja no topo do bolo... Pensava eu na minha inocência...
Eram 3.30 da manhã duma segunda-feira à noite, ou madrugada, quando ela volta a casa podre de bêbeda com o grupo de espanhóis que se tinham alojado na minha casa tal qual carraças... Claro que foi inevitável o meu acordar com a barulheira e as conversas à entrada. Pensei que se ia ficar por aí. Mais uma vez dei provas da minha inocência e, direi mesmo mais, estupidez galopante.
Vão para a cozinha, onde começam a cozinhar e a falar. Supostamente com a porta fechada, mas custa-me a crer: a barulheira era muita. Não sei se aquilo é o chamado jantar espanhol, sempre às tantas da noite... A minha senhoria, sem mais medidas, põe música. Repito: eram 3.30 da manhã duma segunda-feira, quando eu, como qualquer pessoa normal, tinha que trabalhar no dia seguinte... Mas a quem é que isso interessa? A Porcotte que se foda...
Conversa para aqui, conversa para ali, sempre num tom de voz acima do limite para me deixar dormir. Eu já fumegava na minha cama.
Passos no corredor. As espanholas vão para o quarto. A minha senhoria fica na cozinha com um gajo que eu nem sabia quem era...
Ouve-se um estrondo enorme e louça partida pelo chão... Risos, música, conversa...
Porcotte levanta-se, fecha a porta da cozinha com estrondo e volta para o quarto onde fecha a porta do quarto com estrondo também... Aparentemente a porta da cozinha estivera fechada, mas não sei porquê estava aberta naquela altura...
A sua senhoria vai primeiro para a casa-de-banho com o gajo... Vai para o quarto dela depois, que fica ao lado do meu. Vai para a cama com ele, na cama encostada à parede onde eu tenho a minha.
Digamos que Porcotte só adormeceu quando eles satisfizeram a sua luxúria...
Digamos que Porcotte tinha tampões nos ouvidos e ouviu tudo, desde a cama a chiar num tom compassado, até aos gritos da senhoria a dizer: “Si, si, si”... Digamos também que a sua senhoria tem uma tara com Espanha e espanhóis, e aparentemente até a dar uma queca em vez de falar inglês, fala espanhol...
Digamos que o moço tinha 23 anos e que ela o conheceu a caminho de casa... Digamos também que o estrondo na cozinha foi porque partiram a mesa da cozinha quando estavam em cima dela (o que estariam a fazer...?). Digamos que despejaram coca-cola para o chão e para cima deles e o chão estava nojentemente pegajoso de manhã. Digamos por último que a casa-de-banho tinha um cheiro indefinido quando Porcotte lá entrou de manhã, que quase a fez vomitar...
Digamos que Porcotte está a pagar um quarto caro como o caraças, para não dormir, para limpar a merda dos outros, para comprar comida que outros usam, para ouvir outros a darem umas.
Digamos que Porcotte deu o grito do Ipiranga e que quando se levantou de manhã já não era a mesma. Pelo respeito que mostraram por ela bateu com as portas todas quando se levantou às oito da manhã. Quando chegou a casa á noite, despejou tudo para fora, e mostrou-se “ligeiramente” irritada. Passou também a fazer as coisas como lhe convêm, e se desagradar aos outros, digamos que se lixe. Está apenas à espera que a sua senhoria volte de Espanha para lhe dizer na cara que se recusa a ouvir as suas intimidades. Afinal não é para isto que estou a pagar um quarto.
Eram 3.30 da manhã duma segunda-feira à noite, ou madrugada, quando ela volta a casa podre de bêbeda com o grupo de espanhóis que se tinham alojado na minha casa tal qual carraças... Claro que foi inevitável o meu acordar com a barulheira e as conversas à entrada. Pensei que se ia ficar por aí. Mais uma vez dei provas da minha inocência e, direi mesmo mais, estupidez galopante.
Vão para a cozinha, onde começam a cozinhar e a falar. Supostamente com a porta fechada, mas custa-me a crer: a barulheira era muita. Não sei se aquilo é o chamado jantar espanhol, sempre às tantas da noite... A minha senhoria, sem mais medidas, põe música. Repito: eram 3.30 da manhã duma segunda-feira, quando eu, como qualquer pessoa normal, tinha que trabalhar no dia seguinte... Mas a quem é que isso interessa? A Porcotte que se foda...
Conversa para aqui, conversa para ali, sempre num tom de voz acima do limite para me deixar dormir. Eu já fumegava na minha cama.
Passos no corredor. As espanholas vão para o quarto. A minha senhoria fica na cozinha com um gajo que eu nem sabia quem era...
Ouve-se um estrondo enorme e louça partida pelo chão... Risos, música, conversa...
Porcotte levanta-se, fecha a porta da cozinha com estrondo e volta para o quarto onde fecha a porta do quarto com estrondo também... Aparentemente a porta da cozinha estivera fechada, mas não sei porquê estava aberta naquela altura...
A sua senhoria vai primeiro para a casa-de-banho com o gajo... Vai para o quarto dela depois, que fica ao lado do meu. Vai para a cama com ele, na cama encostada à parede onde eu tenho a minha.
Digamos que Porcotte só adormeceu quando eles satisfizeram a sua luxúria...
Digamos que Porcotte tinha tampões nos ouvidos e ouviu tudo, desde a cama a chiar num tom compassado, até aos gritos da senhoria a dizer: “Si, si, si”... Digamos também que a sua senhoria tem uma tara com Espanha e espanhóis, e aparentemente até a dar uma queca em vez de falar inglês, fala espanhol...
Digamos que o moço tinha 23 anos e que ela o conheceu a caminho de casa... Digamos também que o estrondo na cozinha foi porque partiram a mesa da cozinha quando estavam em cima dela (o que estariam a fazer...?). Digamos que despejaram coca-cola para o chão e para cima deles e o chão estava nojentemente pegajoso de manhã. Digamos por último que a casa-de-banho tinha um cheiro indefinido quando Porcotte lá entrou de manhã, que quase a fez vomitar...
Digamos que Porcotte está a pagar um quarto caro como o caraças, para não dormir, para limpar a merda dos outros, para comprar comida que outros usam, para ouvir outros a darem umas.
Digamos que Porcotte deu o grito do Ipiranga e que quando se levantou de manhã já não era a mesma. Pelo respeito que mostraram por ela bateu com as portas todas quando se levantou às oito da manhã. Quando chegou a casa á noite, despejou tudo para fora, e mostrou-se “ligeiramente” irritada. Passou também a fazer as coisas como lhe convêm, e se desagradar aos outros, digamos que se lixe. Está apenas à espera que a sua senhoria volte de Espanha para lhe dizer na cara que se recusa a ouvir as suas intimidades. Afinal não é para isto que estou a pagar um quarto.
Digamos também que Porcotte saturou e que vai mudar de casa assim que puder...
12 Estrunfes que tentaram tirar o protagonismo:
Digamos que a Porcotte tem que começar a peidar-se em frente a elas para resolver o assunto.
Chemical warfare is on, bitches!
By headache, at 18 abril, 2007 09:52
O alcoolismo e a badalhoquice deve ser uma caracteristica das escocesas. (deles também) como já te disse estive , há 20 anos , em jedbourg a passar uma semana para jogar e elas além de beberem que nem umas javardas (nós ficámos divididos em várias casas que os donos alugam os quartos e depois servem os pequenos almoços e a dona da casa encharcava-se todas as noites em vodcka) eram umas badalhocas do pior e agarravam-se a nós Portugueses a quererem comer-nos mesmo com os maridos e os namorados ao lado.
By asdrubal tudo bem, at 18 abril, 2007 10:19
asdrubal, neste caso é (quase) tudo espanholada.
By headache, at 18 abril, 2007 13:48
Porcottes amiga:
Espero ansosamente o dia em que escrevas um guião para um bom filme misto de Almodóvar, Fellini, Kusturica e Tarantino.
Levanto-me e apaluado a tua preleção. BRAVO!
Olhalá, isso do "GATES OF HELL", é prenúncio que a porcottes se vai passar e largar enxôfre?
Estou a imaginar uma Porcottes com chifres, a fufar enxôfre e a praguejar em espanhol.
SE NÃO OS PODES VENCER, JUNTA-TE A ELES!
sic HELLRAISER
ehehehehhehehehehehh
By Maria Vinagre, at 20 abril, 2007 12:36
Lamento, mas acho que ando com alzheimer, o gajo alemão.
*ansiosamente
*aplaudo
*fufar???? Ai porra! Leia-se "bufar"
Agora já sabem porque não tenho escrito no meu blog! :/
By Maria Vinagre, at 20 abril, 2007 12:39
Shoozinha, tás proíbida de ouvir o amolador hoje, tá bem? Pode ser?
Muitovrigados, e tal.
By headache, at 23 abril, 2007 14:23
Só agora é que li o provérbio japonês (Pensamento do Momento) e fiquei assim um bocado sem ar...
Shoozinha: estás apaixonada pelo amolador???
Diz pra ele para de tocar a gaita que chama a chuva e hoje eu vou ao cabeleireiro e não quero chuva para me estragar o penteado?
ESTÁS APAIXONADA PELO AMOLADOR?
Aqui com o Headache tão jeitoso mesmo ao pé... tsss!tsss!
Jinhozzzzz
By Maria Vinagre, at 24 abril, 2007 10:11
Mariazinha, não tentes arranjar o caldinho que a Shoo é comprometida com um italiano daqueles de cair para o lado, segundo consta. :)
By headache, at 24 abril, 2007 14:29
Já vivi em quartos alugados. Um deles pertencia a uma senhora por volta dos 50 anos ue tinha a mania de remexer nas minhas coisas e roubava tb coisas minhas de casa de banho.
By Anónimo, at 25 abril, 2007 22:56
Meninas, tenho saudades de vos ler.
By headache, at 29 abril, 2007 18:23
Também tenho saudades de mim própria...
;)
By Porcotte Pink, at 01 maio, 2007 20:56
Meninas, pelamordasanta, escrevam, apareçam, façam alguma coisa, mostrem que estão vivas!
Please please please please please!
By headache, at 03 maio, 2007 17:15
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