sexta-feira, janeiro 20, 2006

As quadras d'ele (I)

Em noites calmas, serenas
Quando passeia o luar,
Pára sempre à tua porta
E encosta-se a chorar...

E eu que passo também
Na minha dor a cismar,
Paro ao pé dele e ficamos
Abraçados a chorar!

As quadras d'ele (II)

De rastos ando a beijar
A terra que andas pisando;
Vale mais assim andar
Que longe de ti, penando.

A minha boca é feliz
Por essa terra que beija
Quero andar ao pé de ti
Mesmo de rastos que seja!

Florbela Espanca

PS: e eu a pensar que estava mal...

0 Estrunfes que tentaram tirar o protagonismo:

Enviar um comentário

<< Home