quinta-feira, maio 31, 2007
quarta-feira, maio 30, 2007
- Normal deixarem-se crianças tão pequenas sozinhas de noite, quer por meia hora quer por noites inteiras, não interessa.
- Que se viaje para fora deixando os dois rebentos na terra natal, quando se acabou de perder uma filha.
- Que se apareça nos jornais todos, a pousar para fotografias e a relatar o dia a dia como se fosse um vulgar diário.
- Que se viaje pela Europa, quando se perdeu uma filha. Quer seja por divulgação quer seja por lazer.
- Que haja esta histeria popular a apoiar e dinheiro para financiar a procura da miúda.
terça-feira, maio 29, 2007
Etiquetas: Lá está ela a queixar-se
domingo, maio 27, 2007
Epilogo: Saudades tuas Noja da merda.
Apetece-me afogar aquele meu lado mais ácido. Aquele lado que quando ouve (mais uma) coisa que correu mal, que deu para o torto, diz logo “já estava mesmo à espera” ou “típico”. Aquele sacana que está ali escondido, provavelmente entre o meu fígado meio gasto e o intestino cheio de gases (só assim lhe explico o mau humor constante) e que, naturalmente irritado com a sua situação, só casca nos acontecimentos e nas pessoas que encontra.
Gostaria então de acordar amanhã muito bem disposta. Olhar para fora e ver o céu cinzento, os ramos a esvoaçarem, as gotas a caírem, e sorrir. Ouvir as queixas das coisas que correm mal dos meus amigos e familiares com o mesmo positivismo e bom humor com que ouviria as coisas boas. Enfrentar um Domingo como enfrentaria um Sábado. Ver o lado bom do que me corre mal neste momento com o lema de “uma porta fecha-se, mas abre-se uma janela” sem pensar que a janela está aberta para dela possívelmente me atirar. Deleitar-me com a chegada de Segunda e do período, e se for o caso, de ambas as coisas juntas. Enfim, a lista é vasta, mas o propósito é bom e sincero.
Agora:
sexta-feira, maio 25, 2007
Pessoalmente estou-me nas tintas se o senhor tem a sua licenciatura em Engenharia ou não. Eu sei que tenho a minha, e isso é que me interessa. O resto é pastagem.
Com os melhores cumprimentos,
Porcotte Pink
quinta-feira, maio 24, 2007
Etiquetas: Lá está ela a queixar-se
quarta-feira, maio 23, 2007
"Quando aqui são sete horas, que horas são em Portugal/Escócia?"
dou em doida...
SÃO AS MESMAS PORRA PÁ!
terça-feira, maio 22, 2007
Etiquetas: Lá está ela a queixar-se
A cada dia que passa, odeio mais gente e tenho menos paciência. Estou-me mesmo a ver velha jarreta e sem dentes, metida num lar, abandonada, sozinha e rabugenta com uma cana na mão a dar com ela nas ventas de cada um que se tenta aproximar...
quinta-feira, maio 17, 2007
quarta-feira, maio 16, 2007
Porcotte pensa: "Bem, com bom tempo, porque não? As vistas de lá de cima são sempre de cortar a respiração! Mais vale!" Aceitei o desafio.
Primeiro problema: o que vestir? Não me refiro a saltos altos e saias e vestidos e o raio que me parta. Refiro-me à imprevisibilidade do tempo nesta maldita terra: tanto faz sol como chuva e muda em menos de 5 minutos... Se ponho de menos, morro gelada. Se ponho de mais morro de calor e estou carregada que nem uma jumenta a subir um monte. Literalmente.
Lá fano algumas coisas XPTO do gajo, próprias para estas merdas de caminhadas e cortar frio e vento, feitas de gore-tex e o raio que me parta: assim ia leve e protegida. Até aqui tudo bem.
Metemo-nos no carro e eu aprecio as vistas. Acho que nunca me hei-de cansar do lado campestre desta terra. Um dia hei-de-me encher de coragem e hei-de contar todos os tons de verde que aqui já vi.
Chegamos ao destino e paramos o carro. Digo eu: "Olha lá, onde raio está o monte? Qual é?", borrada de medo porque só via montes gigantes à minha volta e estava a ver a minha vida a andar para trás. "Ah, não vês daqui, está ali escondido atrás daquele". Ah e tal, tudo bem...
Começa logo mal: o início era inclinado como a merda e eu ainda não tinha dado 3 passos já estava com os bofes de fora e já tinha bebido meia garrafa da minha água, o que quase gerou uma discussão porque eu feita xica esperta disse-lhe que mal bebia água e não precisava de muita... Acho que no fundo não queria era carregar com o pesunho da água... Esperta eu.
Subimos e subimos e ainda nada de ver o cume daquela merda... Até que de repente ele se vira para mim e diz que "vamos virar à esquerda e subir aquele", a apontar para o sítio. Olhei e ia desmaiando. Ocorreu-me que ele me tinha levado para ali para me empurrar e se ver livre de mim... Ia-me dando uma coisinha má...
Porcotte começa a cheirar a bacon frito tal eram os calores do nervoso... Só via subidas e descidas escarpadas e rochas e o raio que me parta. Pensei: "Então é aqui que termina a minha existência suína... Perdida no meio do nada, caída a sangrar que nem uma porca na matança do porco". Virei-me para ele e perguntei-lhe se "estava louco dos cornos e se se queria ver livre de mim". Ele ri-se, provavelmente habituado à minha latinice aguda de desvarios e honestidade expressada com linguagem crua. "Não te preocupes, parece pior do que é!". "O diabo mazé, que se me acontece alguma vou-lhe às ventas", pensei para os meus botões...
E pensei: "Sua estúpida, até foi fácil... Se não te queixasses tanto, tinhas aproveitado mais o passeio...!"
Mas o que não é defeito... É feitio!
terça-feira, maio 15, 2007
quinta-feira, maio 03, 2007
Um comment aqui, outro ali (já agora: thanks headache), sabem muito bem. Comecei a pensar que apesar de tudo, o blog sempre foi uma maneira de desabafar tudo o que passa nesta minha cabecinha (semi) doente. A verdade, é que me pus a pensar que apesar de tudo, se este é o meu espaço, devia deixar de ter problemas em por vezes ter meses em que só escrevo “merda”. Ou meses em que só escrevo coisas deprimentes, ou mesmo posts ridículos. Escrevo o que sinto, e o que me sabe e faz sentir bem.
Tenho tido pouco tempo, é um facto. Pouca paciência, é outro facto. Li há poucos dias num comment de um post, que de facto já temos tantas preocupações/obrigações diárias, que mal seria se tivéssemos por obrigação que escrever no blog. E é isso mesmo que sinto. Nunca fui de fazer coisas contra a minha vontade. Quem me conhece sabe disso, e quando sismo... esquece.
Depois há o factor crítico. Quando me volto a ler e não gosto do que escrevo, é o fim. Não sou um Baudelaire, ou um Shakespeare, e muito menos um Stendhal. Tenho plena consciência disso. E porém... enervo-me sozinha por não escrever melhor e mais facilmente. Mas depois a realidade é que escrevo porque gosto, não tenho de ser igual a ninguém. Nunca vou escrever assim como eles, como também nunca irei escrever igual à minha hilariante Porcotte.
A verdade é que sei que nunca sequer tentaria ser igual a eles, mas por algum motivo (quiçá, admiração, a níveis muito diferentes?) de algumas destas pessoas (escritores, copys, bloguistas... etc.), apetece-me não escrever.
O que aconteceu hoje, é que achei isso tudo muito estúpido. Deu-me a volta, e decidi pôr fim a este silêncio rumoroso. Isto não quer dizer que não vá achar de novo o contrario do que acabei de escrever daqui a uns meses, ou mesmo amanhã. Mas é uma tentativa de explicação, muito mal explicada, dos cantinhos do meu cérebro mais rebuscados. Sim, aqueles mesmo mais escondidos, com colónias de aranhas a fazer muitas teias. Já deu para perceber, não?...
E é com este post escrito à pressa, com The Shirelles a cantar Will You Still Love Me Tomorrow (um clássico!!!) nas colunas, que quebro o enguiço do blog. A ver se pega.
terça-feira, maio 01, 2007
Até estava com vontade de ir. Na realidade chateei toda a gente que me rodeia para ir. Lá fomos uns quantos. Paguei 5.50 libras que até me lixei. Antigamente era de borla, agora nem por isso. Capitalistas dum camandro.
Arrota pelintra, faz-te Lorde.
Chegámos lá, e estava um frio de rachar. Era no topo duma colina, eram oito e meia da noite e eu vi-me a desejar pela minha cama... "Que triste que tu és... Tens 26 anos e pensas numa merda dessas?". A minha colega tremia de frio e eu praguejava. A italiana estava toda contente e essa nunca tem frio... Raios partam a gaja. Não sei se é da camada de pasta que a cobre, se e da camada de Nutela... Embora estivesse um frio de rachar pedra, a tarde estava limpa e a vista era de cortar a respiração. Vivo em Edimburgo hà 6 meses, mas há sempre alguma coisa que me surpreende.
Lá nos sentamos na relva e arrefecemos a olhos vistos. A italiana lá se levanta para ir ter com a espanhola (que entretanto mudou de casa e eu aqui enfiada ainda) e lá nos encontramos todos, um grupo já bem maior (aí uns sete ou oito). Sempre dava para nos aquecermos mais. Nada de más interpretações, não houve cá orgias, embora o festival represente algum deboche.
Lua cheia. Começa a anoitecer. O espectáculo ia começar ás nove. Eram dez e nada... Porcotte pragueja com os dedos dos pés enregelados.
Entretanto lá começa. Pequeno pormenor: havia tanta gente que mal vimos o ínicio... Mas do que deu para ver era bem engraçado e os tamborileiros (como raio se chamam as pessoas que tocam tambor???) eram espectaculares. A Rainha lá desceu em procissão com o gajo que se ia transformar em Verão e casar-se com ela.
Descem do edificio (Que parece um Partenon em ruinas... Aliás, segundo me disseram iam construir uma imitação mas ficou muito caro e ficou a meio. Daqui a milhares de anos hão-de dizer que aquilo é Grego ou Romano... Estou mesmo a ver). Quando desceram, deixámos de ver o que quer que fosse. Ainda gritei para as pessoas se sentarem e darem acesso aos mais baixos, mas isto é tudo uma corja de sacanas que se estão a cagar para os outros. Ficámos a mandar bocas aos da frente e lá nos resignamos que dali já não saía nada.
Desistimos de ver o resto da procissão e fomos para o lugar seguinte onde a procissão ia passar, para arranjarmos um bom lugar. Aquelas desgraçadas começaram a correr e eu quase as perdi de vista... Estive quase para lhes ir às trombas! A noite era escura como breu e era bem dificil ver quem estava aonde.
Lá conseguimos ver as coisas bem, mas infelizmente não percebemos o que aquilo tudo representava. Mas a encenação está muito boa e os acessórios eram 5 estrelas.
Quando aquela acabou era impossível ver mais e lá fomos para a zona final onde já havia algumas pessoas, embora tivessemos que esperar uma meia hora até que a procissão lá chegasse (acho que já não tenho idade para estas merdas, porra!).
Aí sim, valeu a pena, ver o gajo cornudo a ser despido e a casar-se lá com a Rainha, o que representava a vinda do Verão! Muito berrámos, e vimos gente nua a dançar lá pelo meio (acho que eram os "demónios").
Depois disso, xixi cama que hoje era dia de trabalho e o frio deu-me cabo da moleirinha! Dass!