quarta-feira, abril 12, 2006

Memórias... euh... longínquas!


Todos os putos passam aquela idade manhosa em que, pelas influências dos outros, ou pela própria curiosidade, sentem a necessidade de experimentar cigarros. Para mim o momento decisivo foi quando um dia, no meio de um jardim, encontrei um bocado de bambu. Peguei nele, fui para casa, peguei numa caixa de fósforos e acendi o pauzinho, e dei um bafo. De repente entra-me fumo pela garganta abaixo e começo a tossir. Escusado seja dizer que passei o resto do dia a achar que ia morrer de cancro do pulmão por ter aspirado fumo de um pauzinho de bambu, hipocondríaca como sou.
Mas o verdadeiro momento da prova do cigarro, foi com a minha amiga Porcotte, só podia. Aquela gaja desviava-me que era uma beleza, dass... ou será que era o contrário? Afinal quem é que veio primeiro, o ovo ou o cagalhão?
Bom, mas de volta ao cigarro. Vai a boa da gaja aqui, toda convencidona num dos intervalos do liceu, para as amoreiras numa daquelas lojas tipo celeiro... claro que na altura aquilo não era tão “in” como agora não é. Entro e compro um maço de cigarros. Esperem, lindo lindo, é que não comprei dos verdadeiros (ora pois, isso iria nos fazer mal), comprei uns feitos de rosa. A ideia? Fumarmos, dar aquele ar, experimentar e tal... sem prejudicar demasiado gravemente os pulmõezinhos. Entretanto, estes cigarros eram vendidos lá porque eram feitos para as pessoas que queriam deixar de fumar... vejam bem o que fui comprar, sem comentários. Agora o problema: ONDE ir fumar? É que escola não porque não queríamos ser apanhadas. Casa não porque não queríamos ser apanhadas. Rua não porque... yadda yadda yadda. Onde foram estas duas mentes brilhantes fumar? Não me perguntem como, porque não me lembro (e a gaja muito menos que tem memória de mosca), mas só sei que de repente damos por nós na seguinte situação: eu, ela, os malditos cigarros de rosa, a fumar e cuspir no chão a gritar “esta merda sabe mal!!!” mas a continuar a aspirar na mesma... à porta do Hotel Sheraton no Saldanha.
Eu. Nem. Comento. Deve ter sido ideia da outra gaja com a mania que é fina. Acho que foi um momento muito bonito de facto... memorável. Duas pitas inconscientes, a fumar rosas, cuspir no chão, dizer palavrões à porta de um Hotel... e com estas belas figuras desde pitas, como podíamos nós crescer duas mulheres diferentes de como somos hoje? Claro que depois não arranjamos marido... duh.
Enfim... memories... como cantava a outra.

3 Estrunfes que tentaram tirar o protagonismo:

  • Eh pá, GLORIOSO! Se não fosses tu não me lembraria de metade das coisas! É que... Ridiculo! Que palhaçada! Momentos gloriosos! Cheios de finnesse e nivel! Assim mesmo à caturra!

    By Blogger Porcotte Pink, at 12 abril, 2006 22:29  

  • Os cigarros tinham nicotina ou eram daqueles só para enfeitar? É que nunca tinha ouvido falar em cigarros de rosas...

    By Blogger headache, at 13 abril, 2006 18:43  

  • eu sou uma triste, uma perdida, uma galdéria, uma rameiroca...

    fumei o meu primeiro cigarro aos 13/14 anos, à janela do 4º e fikei estendida no chão a curtir a zonzeira que me deu. curti tanto que não parei. que estupidez...

    podia-vos contar ao pormenor como foi sui generis o meu percurso de fumadora. bom, e agora tenho mesmo de contar né? mas vou deixar os pormenores de parte, pq como eu ja disse nao tou ca pica da escrita, e pq isto não interessa nem ao menino jesus, ora bem: eu fumava às escondidas pq tinha vergonha de contar aos amigos. pronto. já está.



    fotossintese: algarve estava maravilhoso, praia grande estava quentinha e SIM! QUERO MAIS!

    e nós juntas a sacar pelinhos das pernas ca pinça numa destas praias da grande lisboa e a dizer bardajonices como se fosse um blog, é um espetaculo que eu não perco!

    By Blogger B.A.B.E., at 13 abril, 2006 21:10  

Enviar um comentário

<< Home