Há séculos (para não dizer tomates) que não apanhava o metro. Não porque sou fina (senão também não diria tomates), mas porque conseguia ir a todo lado sem ter que ir debaixo de terra (não digam a ninguém mas sou ligeiramente claustrofóbica). E porque se não conseguia, tinha boleia. Afinal acho que sou um pouco fina... ou pelo menos sortuda.
MAS, como agora estou desempregada (Note to Self: tu nunca foste empregada, halo?), e não tenho grande coisa para fazer, decidi dedicar-me à aniquilação da celulite (que não tenho como é obvio... cof cof...), e à solidificação muscular do meu corpo (que já por si é bem rijo e roliço... cof... cof cof... há qualquer coisa no ar, não entendo...). Tradução: voltei à ginástica. Lá vou eu cheia de bons propósitos “é desta que faço o ano todo”, “paguei o mês, posso ir todos os dias”, “até tem sauna e tudo, vou para lá quando não tenho mais nada para fazer”. Até agora, está a correr bem... mas acho que vou inserir uma apostinha no betandwin pelo sim pelo não, com sorte ainda fico mais roliça e mais rica.
Portanto, já que estou no desemprego, e consequentemente não ganho nada, vou para lá de metro. Poderia ir a pé, mas cansar-me antes de ir para a ginástica não faz muito sentido.
À ida, ia pouquíssima gente. Uma senhora que ia me matando por ter uma mala gigante, quando ela própria era o invólucro de duas pessoas (que horror, coitada da mulher), sem comentários. Três jovens coreanos, de passagem um deles bem jeitoso. E o resto nem olhei bem, porque ia distraída a pensar no que ia fazer quando chegasse ao ginásio: passadeira, andar, correr, elíptica, pernas, braços... sim, parece-me bem.
Ora pois, e assim correu:
Passadeira - começo a correr e após 7 minutos achava que ia morrer com dor de burro. Inspiro, expiro, diminuo a velocidade e ando rápido mais um minuto. Entretanto o meu leitor de música (que não é um i-pod porque não sou fina já disse) decidiu dar o berro, o que implica ouvir a bela da música do ginásio e a conversa dos vizinhos – Sr. da camisola vermelha, acho que devia deixar de dizer mal da sua mulher em ginásios apertadinhos... assim só um aviso, mas é na boa. Melhora a dor e então aumento de novo a velocidade, e recomeço a correr, e a dor recomeça a aumentar proporcionalmente. Chego aos 10 minutos e dou forfait ao raio do bicho. Damn, a isto se chama: 3 meses parada (Note to Self: há certas ginásticas, que não contribuem para este tipo de actividade totó... boa?).
Elíptica – nível 5 porque sou muita boa. Este eu domino, e faz bem às nalgas. Tento pôr a música a funcionar de novo, e como por milagre lá vai o Justin dizer que o sexy tá na moda. Eu, aguento e canto ao mesmo tempo. De repente, parece que o som estava a ficar lento, as palavras começaram a distorcer e o ritmo deixou de ter propriamente a mesma batida. Merda de leitor do camandro. Desliga leitor, pragueja, e transpira litros e litros de água. O único senão deste bicho foi ter que pôr o nível 3 para os últimos 2 minutos porque achava que ia cuspir um pulmão. De facto quando parei de pedalar, e olhei à minha volta, parecia que tinha tomado 2 pastilhas de ácido e que tinha acabado de sair de uma sauna. (Note to Self: Belo estado, sim senhora... devias era ter vergonha de contar isto! Para a próxima: inventa!)
O resto dos exercícios – nada a dizer, esses fazem-se bem. Essencial não esquecer os peitorais que senão daqui a uns anitos, não quero ter que arregaçar certas partes dentro das calças (como diria a Porcotte).
Passamos ao duche. Eu não sou fã dos duches no ginásio, aliás, não sou fã dos balneários no geral. A ideia de andar por aí nua no meio das mulheres não me alicia propriamente. Não gosto de me pôr nua ao lado de pessoas que não conheço, e sobretudo de as ver nuas ao meu lado. Há quem não se importe, há quem não goste, o mundo é bonito porque é diverso... dizem. Eu nua, só com um pintor, médico e o meu gajo, o resto dispenso thank you very much (e não necessariamente nessa ordem). O duche é portanto feito naquelas mini cabines tão jeitosas que existem para pessoas como eu.
Primeira experiência: falhada. Sou um zero à esquerda em chuveiros públicos. A minha mala levou com mais água do que eu. (Note to Self: deixar a mala num sítio seguro, fora do chuveiro seria melhor... sem comentários). Sem ser a parte do escorrer shampoo nos olhos, que não aconteceu, tudo o resto que podia correr mal, correu. O que é certo é que no final, estava limpinha e lavadinha, e é isso que interessa.
E voltamos finalmente ao metro. Ah, o metro nas oras de ponta. Aquele vai e vem delicioso, aqueles empurrões, aqueles mal educados que esperam coladinhos ao lado da porta de entrada e não te deixam sair. Que saudades tinha eu deste meu metro.
Ironias à parte, é um sítio óptimo para analisar as pessoas, as suas diversidades e os seus hábitos. O rapaz ao meu lado, de phones nos ouvidos, estava a ouvir death metal praí (inventei agora) imóvel, com a maior carinha de santo do mundo. O rapaz uns metros à frente sacou da mala um calhamaço de um livro com letras microscópicas que começou a ler atenciosamente de pé enquanto baloiçava vigorosamente com as oscilações do metro, courtesy do fabuloso condutor. A senhora da frente tentava fazer com que a sua cria(nça) ficasse parada por mais de dois segundos de seguida, com pouco sucesso, enquanto sorria para os lados (Note to Self: evitar a procriação, para o teu bem e o bem dos teus vizinhos de carruagem). Acho um pouco por orgulho e um pouco por vergonha. Entra um senhor com um ar apressadíssimo e totalmente infeliz, que provavelmente se não estiver em casa nos próximos 5 minutos leva com o chinelo da sua esposa, uma mulher de bigode e braços de lutador de sumo. E finalmente, há sempre o gajo estoirado, que depois de inúmeros golos de cabeça, desiste e adormece completamente colado ao vidro.. e este, é o meu preferido.
Eu no meio deste circo também devia estar com um belo aspecto com o meu cabelo ainda molhado e mala gigante a importunar toda a gente. Mas como um bolo não está concluído sem uma cerejinha lá no topo: à saída, o senhor atrás de mim, com um ar pouco tarado, sussurra que tenho o cabelo que cheira bem. “Elvive Hydra Curl, se me tivesses cheirado o cabelinho 20 minutos, atrás havias de ver o que era um bom cheirinho, ui ui”. Anseio o próximo passeio, e não estou a ser irónica.
MAS, como agora estou desempregada (Note to Self: tu nunca foste empregada, halo?), e não tenho grande coisa para fazer, decidi dedicar-me à aniquilação da celulite (que não tenho como é obvio... cof cof...), e à solidificação muscular do meu corpo (que já por si é bem rijo e roliço... cof... cof cof... há qualquer coisa no ar, não entendo...). Tradução: voltei à ginástica. Lá vou eu cheia de bons propósitos “é desta que faço o ano todo”, “paguei o mês, posso ir todos os dias”, “até tem sauna e tudo, vou para lá quando não tenho mais nada para fazer”. Até agora, está a correr bem... mas acho que vou inserir uma apostinha no betandwin pelo sim pelo não, com sorte ainda fico mais roliça e mais rica.
Portanto, já que estou no desemprego, e consequentemente não ganho nada, vou para lá de metro. Poderia ir a pé, mas cansar-me antes de ir para a ginástica não faz muito sentido.
À ida, ia pouquíssima gente. Uma senhora que ia me matando por ter uma mala gigante, quando ela própria era o invólucro de duas pessoas (que horror, coitada da mulher), sem comentários. Três jovens coreanos, de passagem um deles bem jeitoso. E o resto nem olhei bem, porque ia distraída a pensar no que ia fazer quando chegasse ao ginásio: passadeira, andar, correr, elíptica, pernas, braços... sim, parece-me bem.
Ora pois, e assim correu:
Passadeira - começo a correr e após 7 minutos achava que ia morrer com dor de burro. Inspiro, expiro, diminuo a velocidade e ando rápido mais um minuto. Entretanto o meu leitor de música (que não é um i-pod porque não sou fina já disse) decidiu dar o berro, o que implica ouvir a bela da música do ginásio e a conversa dos vizinhos – Sr. da camisola vermelha, acho que devia deixar de dizer mal da sua mulher em ginásios apertadinhos... assim só um aviso, mas é na boa. Melhora a dor e então aumento de novo a velocidade, e recomeço a correr, e a dor recomeça a aumentar proporcionalmente. Chego aos 10 minutos e dou forfait ao raio do bicho. Damn, a isto se chama: 3 meses parada (Note to Self: há certas ginásticas, que não contribuem para este tipo de actividade totó... boa?).
Elíptica – nível 5 porque sou muita boa. Este eu domino, e faz bem às nalgas. Tento pôr a música a funcionar de novo, e como por milagre lá vai o Justin dizer que o sexy tá na moda. Eu, aguento e canto ao mesmo tempo. De repente, parece que o som estava a ficar lento, as palavras começaram a distorcer e o ritmo deixou de ter propriamente a mesma batida. Merda de leitor do camandro. Desliga leitor, pragueja, e transpira litros e litros de água. O único senão deste bicho foi ter que pôr o nível 3 para os últimos 2 minutos porque achava que ia cuspir um pulmão. De facto quando parei de pedalar, e olhei à minha volta, parecia que tinha tomado 2 pastilhas de ácido e que tinha acabado de sair de uma sauna. (Note to Self: Belo estado, sim senhora... devias era ter vergonha de contar isto! Para a próxima: inventa!)
O resto dos exercícios – nada a dizer, esses fazem-se bem. Essencial não esquecer os peitorais que senão daqui a uns anitos, não quero ter que arregaçar certas partes dentro das calças (como diria a Porcotte).
Passamos ao duche. Eu não sou fã dos duches no ginásio, aliás, não sou fã dos balneários no geral. A ideia de andar por aí nua no meio das mulheres não me alicia propriamente. Não gosto de me pôr nua ao lado de pessoas que não conheço, e sobretudo de as ver nuas ao meu lado. Há quem não se importe, há quem não goste, o mundo é bonito porque é diverso... dizem. Eu nua, só com um pintor, médico e o meu gajo, o resto dispenso thank you very much (e não necessariamente nessa ordem). O duche é portanto feito naquelas mini cabines tão jeitosas que existem para pessoas como eu.
Primeira experiência: falhada. Sou um zero à esquerda em chuveiros públicos. A minha mala levou com mais água do que eu. (Note to Self: deixar a mala num sítio seguro, fora do chuveiro seria melhor... sem comentários). Sem ser a parte do escorrer shampoo nos olhos, que não aconteceu, tudo o resto que podia correr mal, correu. O que é certo é que no final, estava limpinha e lavadinha, e é isso que interessa.
E voltamos finalmente ao metro. Ah, o metro nas oras de ponta. Aquele vai e vem delicioso, aqueles empurrões, aqueles mal educados que esperam coladinhos ao lado da porta de entrada e não te deixam sair. Que saudades tinha eu deste meu metro.
Ironias à parte, é um sítio óptimo para analisar as pessoas, as suas diversidades e os seus hábitos. O rapaz ao meu lado, de phones nos ouvidos, estava a ouvir death metal praí (inventei agora) imóvel, com a maior carinha de santo do mundo. O rapaz uns metros à frente sacou da mala um calhamaço de um livro com letras microscópicas que começou a ler atenciosamente de pé enquanto baloiçava vigorosamente com as oscilações do metro, courtesy do fabuloso condutor. A senhora da frente tentava fazer com que a sua cria(nça) ficasse parada por mais de dois segundos de seguida, com pouco sucesso, enquanto sorria para os lados (Note to Self: evitar a procriação, para o teu bem e o bem dos teus vizinhos de carruagem). Acho um pouco por orgulho e um pouco por vergonha. Entra um senhor com um ar apressadíssimo e totalmente infeliz, que provavelmente se não estiver em casa nos próximos 5 minutos leva com o chinelo da sua esposa, uma mulher de bigode e braços de lutador de sumo. E finalmente, há sempre o gajo estoirado, que depois de inúmeros golos de cabeça, desiste e adormece completamente colado ao vidro.. e este, é o meu preferido.
Eu no meio deste circo também devia estar com um belo aspecto com o meu cabelo ainda molhado e mala gigante a importunar toda a gente. Mas como um bolo não está concluído sem uma cerejinha lá no topo: à saída, o senhor atrás de mim, com um ar pouco tarado, sussurra que tenho o cabelo que cheira bem. “Elvive Hydra Curl, se me tivesses cheirado o cabelinho 20 minutos, atrás havias de ver o que era um bom cheirinho, ui ui”. Anseio o próximo passeio, e não estou a ser irónica.
3 Estrunfes que tentaram tirar o protagonismo:
Hydra Curl.... és tuuu, és tu que alimentas os teus proprios alfredos amiga!
ahahahahhahahahahahahhahahahahah
adoro.te e morro de saudades de tudo, enquanto nao podias ter essa rotina tão saudavel e levavas antes comigo e com o fumo dos meus cigarros e as nossas gargalhadas estridentes!
ahahahah
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By B.A.B.E., at 17 outubro, 2006 01:32
AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHAHAHAHAHAHAH pronto, está tudo dito!! Sou eu a fonte do meu próprio mal amiga... ai os alfredos, os alfredos... AHAHHAHAHHAH LINDO. Não sei como te lembraste disso! Mas tb levaste com eles ali do teu lado esquerdo durante tanto tempo!!! :S ... e sem ser a parte dos cigarros (o outro fumo era na boa eh eh eh), tb morro de saudades... baaaah o que vale são as gargalhadas estridentes silenciosas via msn! No comments... ahahahahah
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By Sari, at 17 outubro, 2006 10:15
Oh pa! Eu aqui nem metro tenho!!!
AI QUE SAUDADSH!
By Porcotte Pink, at 17 outubro, 2006 12:32
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