quarta-feira, setembro 27, 2006

Há momentos que não deviam durar tão pouco.
Que mereciam ter loop.
Momentos que deveriam poder ser vividos novamente,
em qualquer altura.



O concerto de ontem. Os seus violinos, violoncelos e violões...
Todos os instrumentos em perfeita harmonia com o maravilhoso som que deles sai.
Ouvir a Estate de Vivaldi ao vivo, e fechar os olhos de prazer.
Por momentos, esquecer tudo o que é ruim no Mundo,
e deliciar-se com cada nota, tempo, batida e movimento.
Ouvir o som de Albinoni e arrepiar-se... e de repente, silenciosamente, deixar escorrer uma lágrima no meio de um harpejo celestial.

A noite de anteontem. Os corpos, sentidos e emoções...
Sentir a pele quente de quem adoras ao teu lado, enquanto sossegadamente ele adormece.
Encostares a tua boca e nariz ao pescoço dele para absorveres o seu cheiro.
Sussurrar ao ouvido algo que não consegues mais conter e vê-lo a sorrir de volta.
Ouvir segredos e arrepiar-se... e de repente, silenciosamente, deixar escorrer uma lágrima no meio de uma noite celestial.

Pergunto-me se estes momentos tornam-se mais especiais por serem singulares, por serem intensamente privados. Por serem fortuitos, ou por serem partilhados com alguém especialmente único.
Será que também por não durarem tanto, por não se poder recorrer a um efeito irreal de duplicação, não ganharão mais importância, e por consequência os apreciamos mais?

1 Estrunfes que tentaram tirar o protagonismo:

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