quinta-feira, setembro 14, 2006

Ultimamente, devido a uma coisa, outra e ainda aquela tal, não tenho conseguido ir ao cinema. Quando isto acontece, o melhor remédio é comprar uns dvds, sacar uns filmes (senhores da bófia, deslarguem-me, é um dos meus poucos prazeres ultimamente... vão prender ladrões a sério!), e por-se ali no bem bom a vê-lo no total relaxamento do final do dia.
Como perdi uma data de filmes no cinema, e que aliás à partida nem iria ver ao cinema (porque uma coisa é ver um graaaande filme, outra é ver chick-flicks), lá saquei 3 que achei que iria gostar...


Oh... meu... Deus.


Começo eu a ver o Rumor Has It. Ok, ah... hum... tchi olha, a Shirley McLain... o gajo (yummi) e tal... Supostamente deveria ser a história, quase sequela, da filha da mulher principal do The Graduate (a Miss Robinson, por assim falar... sendo a Mrs a mãe dela). Que. Bosta. É absurdo. É ridículo. É pouco engraçado (sem ser uma ou duas cenas que me ri, mas que não posso contar porque se algum coitado ler isto por acaso até lhe estrago essa parte...), e é mal feito. Aspecto positivo: o gajo - o vestido preto da Jennifer Aniston numa cena, que tenho de arranajar - a Shirley McLain que adoro sempre (mesmo em papeis ridículos como este).

Desiludida com o meu primeiro filme, lá vou eu uns tempos a seguir, toda contente, sacar o Must Love Dogs. Pensei assim: um filme com o Cusack, ela que até é bacanita e cães, deve ter graça. Não tem graça. Tem, mais uma vez, um ou duas cenas que me caguei a rir (neste há mais que no primeiro), mas... mas... não sei, falta tudo. Falta química, tema, desenrolar... Enfim, antecipei o filme todo, e odeio quando isso acontece e nem sequer me faz divertir. Aspecto positivo: o gajo - o cão – o Christopher Plummer (que como a Shirley, pode até recitar as páginas amarelas e eu fico ali a observá-lo IN AW...), e mais nada.

Depois destes fracassos, deixei passar mais um pouco de tempo. Entretanto, a cara amiga Porcotte Pink tinha-me falado de uma tal cena (que não vou revelar, porque acentuaria a sua badalhoquice já muito reputada) de um filme que andava à tomates para ver: o Prime. Meryl Streep, Uma Thurman, gajo muito bom... promete. Ela toda carreira, toda fashion, mulher que poderíamos ser nós um dia. Ele, todo miúdo, mas homem, e querido e artista, e dooooce... puff... não é que foi outra desilusão. Damn. Aspecto positivo: Momentos giros entre eles - ambiente boa onda - casa dela linda - casting bom (Meryl Streep, como Shirley e Christopher...). Filme da treta. Nem sequer me deu aquele calorzinho de final de filme, em que se sonha um pouco. Pensei: I’m swearing off chick-flicks for a while...

MAS, de repente um dia, vou para a sala e diz a voz da mulher do sky: "...and now, the 9 o’clock premiere of 50 First Dates".


Colei-me no sofá e não larguei. Nos primeiros 10 minutos olhei para o lado e pensei Tirem-me daqui... Depois aquilo foi ganhando balanço: Hawaii, animais aquáticos, reggae, um spin (absurdo) engraçado, ele que me faz rir e rir e rir... Fiquei ali colada o filme todo.
Não, não é uma obra de arte, longe disso. É um filmezinho e é absurdo. Mas sem grandes pretensões é mais engraçado e doce do que o raio dos outros três filmes que tinha visto nos meses passados. Ele, não é lindo como eles, mas é uma personagem tão mais real e bonita. E no meio disto tudo, ri-me tanto, mas tanto, foi remédio santo.
Para finalizar, o filme tem uma das frases mais gloriosas de todos os tempos, que vem de um ser nojento que a um certo ponto diz com a maior das convicções: “I guess I prefer sausage to taco”.
Glorioso.

Afinal, um em cada 4 destes filmezecos, até vale a pena ver... quem diria!

4 Estrunfes que tentaram tirar o protagonismo:

  • Isso e o que chamo de pontaria...
    Mas realmente concordo contigo, desses 4 e o menos mau. Eu quando em duvida....repito filmes! e mais seguro!!

    By Blogger 9MM, at 15 setembro, 2006 08:16  

  • Completamente! Ver e rever... adoro... daí a vasta lista de dvds em casa...
    Mas depois também fico curiosa de ver os tais filmes que não apanhei quando sairam :-P desde que de vez em quando acerte!

    By Blogger Sari, at 15 setembro, 2006 09:32  

  • Desculpa, mas desculpa mas eu gostei do filme Prime por ser realista.
    Peco desculpa, mas uma relacao entre uma mulher de trinta e tais com um miudo de vinte e de facto dificil, e o facto de acabar como acaba, ou seja, de forma realista, fez-me gostar dele. Nao tem sonhos pindericos cor-de-rosa, em que tudo sao flores.
    Nao, e uma situacao plausivel do dia a dia, com um pouco de piada, devido a situacao entre o gajo e a Meryl Streep.
    E tenho dito.
    Nao achei desilusao nenhuma, antes pelo contrario.

    By Blogger Porcotte Pink, at 15 setembro, 2006 15:08  

  • ... bom, mas é assim, eu não digo que o Prime não seja realista, porque é! Uma relação com essa diferença, e sobretudo em termos do que eles querem da vida, objectivos, mais do que a própria idade, nunca poderia resultar. Eles mostram isso, sim óptimo, perfeito.
    O que achei, foi que a meio do filme o cria aquela sensação (A MIM) do desagradável... em que estás a assistir uma situação que já chegou já tão à saturação, à realidade do que é o dia a dia de uma relação que corre mal, que incomoda-me... Ele é realista. Tem partes boas. A vida não é flores e mel e música no ar, disso sei eu muito bem... se pelo menos me tivesse causado outro tipo de sensação, tudo bem... mas como nem a própria realidade a achei agradável, não gostei tanto como achava que ia gostar.
    Só por não se desmerdar no fim como muitos filmezecos contos de fada no fim, não foi o porquê de eu não gostar, antes pelo contrário... só não levantou voo como eu achava que ia levantar.
    Mas respeito, acho que muitos mais concordam contigo... isto, foi só mesmo a minha opinião...

    By Blogger Sari, at 15 setembro, 2006 22:21  

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