De facto o metro é uma fonte de inspiração incrível. Que digam os ouvidos, que tanto e tão bem os inspirou! Um hip hip hurra para o metro!
Estava eu com a outra gaja ontem no metro (depois de nos termos enganado e de termos andado para a frente e para trás feitas parvas. Culpo a outra ursa! É que duas lisboetas enganarem-se no metro... NEM COMENTO!), quando dentro da carruagem vislumbro ao meu lado um moço roliço. De repente o mundo tornou-se mais claro e brilhante. Ele estava de calçõezinhos e tal. Com ar de verão. Morenaço e cheiroso. Giro e jeitoso. Assim mesmo carne fresca.
É que isto tem efeito mola, começando logo as piadas estupidas de pitas de 14 anos, do tipo:
eu: estou cheia de alergia *snif snif* É que põe-me fora de mim. Se bem que NÃO É SÓ A ALERGIA QUE ME PÕE FORA DE MIM.
Isto dito com ele mesmo à frente... E eu com cara de tarada, de padre que olha com ar guloso para os meninos de côro. Estou numa idade em que caguei. Perdi a vergonha. Quem venha atrás que feche a porta.
A outra gaja só me abria os olhos e só se ria... Devia estar a pensar "que mal fiz eu aos deuses para aturar isto. Com esta gaja ao lado é que nunca hei-de arranjar marido!".
MAS... De repente... A subir as escadas, com ele mesmo à nossa frente, deparamo-nos com um espectáculo no mínimo... Intrigante...
De repente entre nós e ele, mete-se um moço louro, muito aperaltadinho, com o cabelo mais arranjado que o meu (que sou gaja) (assim cabelinho à foudasse) (mas mesmo escorridinho)(pelos ombros) (daquele louro angelical agoniante) (ok, vou parar com os parêntesis), cheio de colares e sei lá mais o quê, e dá um encontrão ao gajo roliço moreno. Eu segui com atenção o resto da cena e pareceu-me que houve ali qualquer contacto estranho. Mas não consegui ver nada.
Pois bem, a outra gaja que vinha ao meu lado estava num angulo de visão em que conseguiu ver o que se passou.
O louro sussurrou-lhe qualquer coisa ao ouvido (imagino que tenha sido do género: "papava-te todo", ou "gostosão", ou "contigo era até os joelhos sangragrem").
O morenaço jeitoso virou-se, ficou horrorizado (e isto é verdade que eu vi o terror espalhar-se na cara dele e ficar sem pinga de sangue) e continuou a andar. Quando mais à frente se voltou a virar, com certeza perplexo pelo que lhe tinha acontecido uma vez que ele tinha um ar perfeitamente másculo, o louro meteu subrepticiamente as mãos nas calças e fez um gesto qualquer (nem imagino o que seja...). Eu só reparei depois que ele tinha um telemóvel enorme dentro do bolso (mentira, mentira que eu NUNCA olho para esses sítios...).
E eu só me pergunto isto: que fétiche é este que eu tenho por parêntesis (ou é parênteses? Hummmmm...)? E que raio é que o moreno tinha de tão especial para duas gajas boas como nós E um gajo louro se meterem com ele num espaço de tempo inferior a 5 minutos???!?!??!
2 Estrunfes que tentaram tirar o protagonismo:
HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHAHAHAHAHAHAHHAHAHA o "tal" post... Ao teu melhor estilo.
Porcotte, essa tua boca, dita assim altinha foi gloriosa, o gajo deve ter topado tãooooo bem que era boca para ele... enfim, até ficou encavacado, não fosse ele moçoilo já casado (esqueceste o pormenor fatídico... gajos destes, só de anelzinho ah pois é...).
Quanto ao outro gajo, é que nem comento a nojice... cara de taradão, e gestos obscenos... que nojo!
Agora, eu acho que todos reagimos porque... porque.... OLHA será que é porque é a primavera, o calor, as harmónias, a falta, a necessidade, o calor dos corpos no metro, a falta do calor do corpo ao lado..... eh pá não sei... porque sim olha(quefoudass).
By Sari, at 12 maio, 2006 21:54
Mais:
"subrepticiamente" é a palavra do dia... sem dúvida (ai esta Porcotte, dá-me cá um jeitaço, tipo dicionário ambulante... coisas como e.z. lay e tal...)
E ainda:
Parêntesis? Mulheres como nós porca, precisam de parêntesis, pontos de suspensão e muitas entrelinhas... mas estamos a brincar ou quê???
By Sari, at 13 maio, 2006 00:58
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