O dia aproxima-se devagar como um cágado, até que sem dar por ela, o cágado ganha balanço e ganha a lebre.
Nunca liguei nenhuma. Antes pelo contrário: sempre o detestei. Não pelo facto de quase sempre não ter com quem o passar. Não por rancor ou inveja, de vê-los agarrados pela rua, abraçados como se tivessem começado há pouco tempo, aos beijos languidos e demorados, com trocas de olhar ternos, a abarrotar de carinho.
É apenas pelo facto de que se sente como obrigação, quando no fundo todos os dias deveriam ser assim. Ou até nenhum dia. Afinal da contas a vida a dois é complicada. Não é num dia que de repente tudo fica bem, e se apaga tudo o que passou, para recomeçar do zero.
Não. A mesma pessoa continua lá, sempre com as mesmas qualidades e defeitos. E se de facto gostamos dela, devemos comemorar todos os dias. Ou nenhum. Apenas deixar andar. E quando se quer fazer alguma coisa especial, então fazê-lo por vontade. Não por imposição.
Sobre este dia não falarei mais. Agonia-me de morte e faz-me azia. E tenho dito...
2 Estrunfes que tentaram tirar o protagonismo:
Correndo o risco de levar com um presunto na tromba, porque já vi que o teu dia foi agreste, queria só agradecer a tua visita e dizer que já retribuí a honra da linkadela. E agora saio de fininho, que me cheira a presunto. Ah, e eu não cheiro a cão molhado! Só quando chove! ;)
By Rafeiro Perfumado, at 26 janeiro, 2007 18:19
Acho que a melhor postura em relação a esse dia é a minha. Ignorar pura e simplesmente. nem raiva nem nenhum tipo de sentimente. é exactamente como se não existisse.
By asdrubal tudo bem, at 29 janeiro, 2007 10:42
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